Foi a Lua quem me disse:
“Ela te espera, deixa de
tolice rapaz!
Eu mesma desenhei a sua
sombra
que se alonga tal que sua
esperança.
Também fui eu quem fez
brilhar
uma lágrima solitária,
carregada de amor e ternura,
que rolou preguiçosa e
sofrida,
riscou silenciosa o seu
rosto
e se escondeu entre os
seios,
cheios da sua ausência,
que esperam, generosos, o
seu amor.”
Então eu senti, como uma
lufada de vento,
a minha chama se avivar,
pela sensação gostosa de
ser amado,
de ouvir o amor sussurrado,
cantado pelo vento no meu
ouvido,
da menina ávida de mim.
E do tamanho do seu fascínio
eu me dei conta, enfim.
E o meu barco rumou sereno,
apressando a lentidão do
tempo,
trazendo seu homem de volta
ao cais.
E, sob o olhar prateado da
lua alcoviteira,
estreitei o seu corpo ao
meu
e me fundi, feliz, com meu
amor.
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