O cão raivoso
Um cachorro costumava atacar sorrateiramente e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente. Seu dono então, pendurou um sino em seu pescoço pois assim ele alertava as pessoas de sua presença onde quer que estivesse. O cachorro cresceu orgulhoso, e, vaidoso do seu sino caminhava tilintando-o pela rua. Um velho cão de caça então lhe disse:
- Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega não é, acredite, nenhuma honra ao mérito, mas ao contrário, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.
Autor: Esopo
Moral da História:
Engana-se quem pensa que Notoriedade é fama.
Fonte: sitededicas.uol.com.br
Lobisomem
http://sitededicas.uol.com.br/folk03.htm
Por Sulla Mino
Não vivia
Chorar
Sofrer
Sentir
Beijar
Correr
Andar
Dormir
Acordar
Falar
Sorrir
Saber
Sonhar
Pensar
Amar
Plantar
Colher
Comer
Mastigar
Nascer
Morrer.
Eu continuava sozinha,
Em um mundo distante que existia,
eu nem nascia e nem morria.
"Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."
Narciso e sua imagem
Solange Firmino
Texto integral na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.
Imagem: Eco e Narciso. John William Waterhouse, 1903.
Flor sem amor
Não mais amo,
dizia uma Rosa,
com um sentimento dentro de si
chamado dor.
Não mais quer chorar,
muito menos se ferir com lembranças,
com fotografias que foram tiradas e
estão na parede da sala.
Sem mãos para aparar
lágrimas de um rosto que não sente,
nem lábios para recordar os beijos.
As pétalas estão se soltando,
morrendo aos poucos em instantes
em que tenta viver.
Não mais ama, por quê?
O Cravo fora arrancado do
seu lado,
agora simplesmente só uma flor
no jardim da saudade restou.
A cantoria começa no “jardim sagrado”
ou será o céu aquele belo lugar?
L indo campo florido, bancos alvos,
tudo tão lírico e entusiástico...
T odos prontos para o sarau,
um verdadeiro coro de orquestra.
I niciaram com uma bela viola,
um verdadeiro espetáculo,
M aria das Neves (Altino Alagoano) que é feliz,
Já reserva “O Conde de Monte Cristo”.
A migos, cantadores,poetas, Filósofos,
rimadores, cronistas, Cordelistas, teatrólogos,
R epentistas, advogados, familiares...
“Puxaram” o fole, um bonito e azul...
P rosas e versos, depois longos rabiscos,
“Francisco” já ditava seu Cordel..;.
I nstantâneamente bailaram em letras e
poesias como boas vindas...
M undo mágico! Lá é assim, é
“Como nasce um Cabra da peste”...
E eu não fiquei de fora, meu pensamento
está lá recitando uma bela poesia,
N Ada mais nada menos que “Despedida
De Ana” que muito gostaram.
T erminada à parte reservada aos visitantes,
todos os que moram lá aplaudiram,
E aplaudiram mais alto, se colocaram de pé,
receberam Altimar no jardim sagrado...
L amentei não poder ficar mais e voltei
para casa com lágrimas de saudades.
Altimar Pimentel ( Alagoas, 30/10/1936 - 21/02/2008 ) Era natural de Maceió, Alagoas, mas viveu na Paraíba desde 1952. Professor, jornalista, dramaturgo, folclorista, deixa um acervo de várias centenas de artigos, peças teatrais e livros sobre teatro, folclore, ensaio literário e história.
Mossoró, 21/02/08.
Madrugada.
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