Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Busca e Desapego


Nas minhas andanças pela Internet, a procura de reflexões e mensagens para minha vida, sabe aqueles momentos que precisamos de singelas palavras? Foi exatamente assim, na minha busca por palavras sobre amor, e sobre espiritualidade, me deparei com as palavras do escritor Flávio Siqueira, compartilhadas com muito carinho pela Caricaturista Ana Paula Medeiros: “Como desapegar das pessoas que amo? Você sugere que eu abandone pais, cônjuge, filhos… Isso é desapego?”. Amor é uma coisa, apego é outra. 

No primeiro caso, a base é a liberdade. No segundo, o sufocamento, o auto engano. Quem ama enxerga. Discerne a hora de ir, voltar, dizer, calar. Amar implica em ser sábio, paciente para maturação dos processos. É preciso ter calma para entender o tempo de cada coisa. É preciso ter calma e enxergar-se. Há situações difíceis envolvendo pessoas que se amam. 

Pais que sobrecarregam os filhos, cônjuges que não se respeitam mais, amigos que não se perdoaram, gente vinculada por alguma magoa, pesada como uma corrente presa aos pés, tropeçando, caindo, tentando levantar. Desapego é livrar-se da corrente, jamais das pessoas. Pode ser preciso afastar-se por um tempo para se recuperar, ter seu próprio espaço, mudar de ambiente. Talvez seja o contrário, hora de aproximar-se, diminuindo a distância que gerou o mal entendido, quem sabe uma conversa franca e aberta seja suficiente? Não há fórmulas prontas. 

Apenas livre-se das correntes e saberá o que fazer. Isso é desapego. Você pode pensar que “se apegou” a alguém. Isso é impossível. O apego está ligado à sua insegurança, aos seus medos, vazios, que se projetam em alguém. Você não está preso à pessoa, mas em si mesmo. Podem ser pais, amigos, marido, esposa, filhos, até o cachorro. Conheço uma mulher com quase 40 anos que trata seu bicho de pelúcia como filho. O apego não está no bicho, mas nos vazios dela. O bicho só recebe essa carga. Ela não precisa se livrar do bichinho, mas encarar seus vazios. Desapego é abrir mão do excesso. 

É a coragem de enxergar-se nos maus entendidos, assumir sua responsabilidade nos desgastes, repensar até que ponto tem contribuído para que as coisas estejam fora de controle. É livrar-se da corrente e prosseguir com leveza, em amor. Amor gera auto crítica porque amor é consciência. É a gênese das desconstruções, do livrar-se da sobrecarga, do silêncio necessário para entender as causas, enxergar aonde tem errado, ter coragem para abrir mão do que precisa ficar para trás. Jamais abandone as pessoas, ainda que em alguns casos a distância seja necessária. Jamais se omita diante da necessidade de alguém, mesmo que existam situações aonde o silêncio é mais eloquente. Nunca mate outro ser humano dentro de você, mesmo que seja importante afastar-se. Desapego é enxergar-se no que te aflige, seja o que for, abrir mão do sentimento de vítima, entender aonde alimenta os processos e assumir que não precisa ser assim. É pacificar-se e prosseguir, amando as pessoas em liberdade, deixando as correntes pelo caminho." 

 E mais ainda sobre a nossa eterna busca... “Toda busca espiritual deve levar ao encontro com o próprio buscador. Buscamos sem saber direito a razão, como se um vazio nos movesse na tentativa de preenchê-lo, ainda que quase nunca saibamos o que está realmente faltando. Santo Agostinho dizia que esse vazio somente seria preenchido por Deus, que é o espaço onde ele cabe, só ele, e então transformaram Deus em um negócio extremamente lucrativo. O tal "espaço de Deus" virou outra coisa e o vazio ficou entulhado. Despejaram Deus de dentro e disseram que está fora, nos templos, nas religiões, nos livros, fora, sempre fora. Nos perdemos em nossa busca quando deixamos de olhar para dentro. Nos perdemos e o vazio ficou barulhento. 

Nos perdemos e o caminho ficou confuso, as palavras difusas, os sentimentos enganosos, nos perdemos. É preciso encontrar-se. Saber que o vazio é a falta de nós mesmos, sufocados por tantos condicionamentos, tantas crenças, tantos medos, tanta culpa, tanta coisa que disseram que deveríamos ser. Nos transformamos em sub produtos culturais, reagimos a estímulos, nos moldamos conforme o ambiente, o tempo, a sociedade, a cultura, os interesses, as crenças, até percebermos que estamos longe. Saudade de nós mesmos. 

Nenhuma busca espiritual será frutífera se não houver espaço para o reencontro. Desintoxicar-se do ego, reconectar-se com o próximo, vincular-se à vida, perceber-se em tudo. Encontrar-se é ser quem é. Esvaziar-se. É desentulhar o "espaço de Deus", aceitando as desconstruções necessárias, se expondo a luz da consciência, até que tudo esteja limpo, vazio, desobstruído, espaço em silêncio.  

Não precisamos preencher vazios, precisamos retomá-los para que então nossa busca nos revele quem somos, nos preencha de Deus. Talvez Santo Agostinho tivesse razão”. 

Vamos refletir!

Amigas?!


2014, um ano inovador e cheio de surpresas... Tem-se cumprido esta frase em meus dias. Tenho amigas igual a pote de vitamina, de A a Z. A vitamina te faz bem, é boa até para os ossos, mais amiga... Nem sempre é o melhor remédio. A gente acha que conhece as pessoas, estamos tão enganados! E acho que realmente não estamos prontos para perdas, seja ela qual for. Perdi uma pessoa querida, não de morte morrida ou matada, perdi instantaneamente... Anos de momentos bons e de repente, que nem miojo preparado em noite de sábado, ela se foi... Mentalmente. 

O pior da história toda, de nossas vidas, é que não fizemos nada uma a outra, apenas paguei um preço, por ser amiga também de outras pessoas, e estas outras pessoas que hoje não são mais amigas dela, da amiga que mentalmente perdi. Como não ficar triste? Tenho amigas que conquistei e que fazem 20, 10 anos de convívio, não dia-a-dia mais, porque sou uma eterna andarilha, ainda bem que o poder da tecnologia me abraça firmemente, mais eu as tenho e cumpro meu dever de amiga, sempre. 

Outras amigas conquistei tem pouco tempo, 03...04 anos...E mesmo não podendo nos ver sempre, sempre que podemos tomamos um café, trocamos mensagens no Whatsapp ou fotos pelo Facebook, mais eu as tenho e com muito carinho preservo-as. Então, esta amiga que se distanciou de mim, era uma dessas de 03 anos, trocávamos figurinhas e tricotávamos e sempre numa oportunidade nos víamos pessoalmente e era legal, embora um errinho aqui e outro ali, era legal, risadas eram certas... Nunca tinha perdido uma pessoa desta forma, sem explicação ou justificativas... Sem adeus ou um por quê para tal situação. Por que me sinto triste? Sempre achei que poderíamos mudar as coisas, acertar os erros, dar ideias as coisas desajustadas... Percebi que não, não somos aptos para tais coisas, acho que não deveríamos investir tanto, porque a dor é muita, mesmo sabendo que apenas alguns quilômetros nos separam, sinto em nossa mente este espaço é muito maior, é uma lacuna eterna, um abismo de interrogações! 

E o abismo é escuro, e seus ecos apavoram, trazem à tona lágrimas tristes e pensamentos menores... Mais aprendi também, nesta vida de labuta diária, que devemos continuar, outros momentos surgem, outros amigos são conquistados e outras lembranças preenchem espaços mortos. Perdoo este episódio em minha vida, perdoo a amiga que se foi, se não me olhou nos olhos ou não aceitou uma xícara de café e um proseado, mesmo que poético, não valia à pena. 

Sei esquecer quem me fez mal, mais jamais esqueço quem realmente me faz bem, e hoje me sinto tão acalentada, que nem preciso dos meus amigos irreais, os poucos reais me bastam! 

Remediada estou.


Poesia by Sulla Mino --> Pássaro negro


Já não sou aquele pássaro feliz
Não sou da paz e nem da guerra
já não tenho alma, nem canto
nem choro no dia-a-dia.

O caos consome meu céu
Minhas asas já não voam mais
sou apenas um pássaro solitário
e nada mais me define.

Quero ser novo
quero ninho e colo.

sou uma ave de luto
e já não me cabe viver
e pra que preciso voar?

Pertenço a escuridão
a madrugada fria
e isto me torna mais um
ou uma coruja barulhenta da noite
faço parte do vazio,
das noites.

E aguardo uma manhã mais longa.

E assim consigo viver mais um dia

Encerrando Ciclos


Eu e minha busca constante em reflexões ou mensagens significantes para minha vida... E me deparo com este texto que muito me envolveu. Estou passando por um momento na minha vida e preciso realmente entender o porquê de tantas mudanças juntas. Estou encerrando ciclos! Mais não sei se realmente estou pronta para entender porque os degraus têm se tornados tão longos e altos... O texto é da psicóloga e colunista Colombiana Glória Hurtado. 

E diz assim: “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?  

Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?  Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. 

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.  Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. 

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.  e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. 

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.  Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. 

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é”.


Carta para deus_06




Querido Deus,

Estou tentando organizar as minha vida aqui. Com tuas ideias, com teus ensinamentos. Nem quero falar muito sobre a política daqui no momento... Precária como sempre, sem nexo e com suas doces mentiras... Estamos em tempos de guerra. Hora de votar. 

Hora de decidir os governantes desta Terra. Tão carente, tão precisada de novos rumos. Espero que o seu plano esteja dando certo. Ainda não entendemos o propósito de muitas coisas aqui. É cobra engolindo cobra, como dizem... É um povo estranho pra danado, eu não concordo com muita coisa, e fico de mãos atadas, sou tão pequenina, nem saberia por onde começar, o que precisaria primeiro fazer para melhorar. 

E será que tem algum jeito as coisas poucas daqui? Ó Deus, tende piedade da nossa raça! Temos conflitos, de todos os tipos... E nossa consciência ainda é falha e cruel. Espero que um dia tudo possa tomar um rumo diferente e que o ser humano possa ser mais humano. Gosto de lembrar deste trecho da música da Banda Capital Inicial: “ Vocês esperam uma intervenção divina. Mas não sabem que o tempo agora está contra vocês. Vocês se perdem no meio de tanto medo. De não conseguir dinheiro pra comprar sem se vender. E vocês armam seus esquemas ilusórios. Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez. Mas acontece que tudo tem começo. Se começa, um dia acaba, eu tenho pena de vocês. E as ameaças de ataque nuclear. Bombas de nêutrons não foi Deus quem fez. Alguém, alguém um dia vai se vingar. Vocês são vermes, pensam que são reis. Não quero ser como vocês. Eu não preciso mais. Eu já sei o que eu tenho que saber. E agora tanto faz”. 

E penso que a intervenção divina sempre será bem-vinda em minha vida. Minha vida, que no momento anda torta, anda freneticamente em dúvidas, em altos e baixos. Venho com esta, agradecer por tudo. Sei que não é fácil estar no comando. Imagino uma mesa com botões... E apertar muitos deles, deve ser decisões imensamentes terríveis... O Sr. Deve chorar de tristeza né? Dê mais um tempo pra nós! Ainda acredito em muitas coisas, tenho ainda fé, eu a sinto e é maravilhoso este sentir, que tenho todos os dias da minha vida. Venho agraceder meus dias. 

Uns turbulentos e profundos, outros numa calmaria, feito o dia seguinte da bonança. Tenho tentado. Todo dia um pouco, não é fácil bem sei. E sei que o Sr. não gosta quando choro, quando esperneio feito criança pequena... Mais tenho passado por momentos difíceis, e tive vontade de desistir, me desanimei, a desesperança tomou conta de mim por um tempo... Tenho me tornado forte e sei que ficas contentes com esta minha atitude. Perdoar é a coisa mais difícil que existe! É tão confuso... Esta confusão está dentro de mim, e vai corroendo as coisas boas, as escondidas em meus cantinhos... Hoje minha carta está uma confusão, uma misturas com meus dramas sentimentais e política, credo! Perdoe a minha ignorância querido Deus. Perdoe por eu ser tão falha, tão carente e ingrata. 

Tenho tentado me tornar outra, de outra forma, moldando-me dia-dia, incansavelmente... Minha Terra tem se tornado diferente, com linguajares melhores e eu me tornando uma parte melhor de mim mesma. Nossa política realmente é capaz de mudanças? 

Mesmo rude? Mesmo tosca?


Gostaria de mais tempo para refletir e perceber lentamente que vale a pena seguir, que vale a pena a melhora. O votar, o mudar. E que o melhor remédio realmente é este que o Sr. nos dá, tempo.

Encerrando Ciclos



Eu e minha busca constante em reflexões ou mensagens significantes para minha vida... E me deparo com este texto que muito me envolveu. Estou passando por um momento na minha vida e preciso realmente entender o porquê de tantas mudanças juntas. Estou encerrando ciclos! Mais não sei se realmente estou pronta para entender porque os degraus têm se tornados tão longos e altos... O texto é da psicóloga e colunista Colombiana Glória Hurtado. E diz assim: “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. 

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?  Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?  Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.  

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. 

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.  e às vezes perdemos. 

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. 

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.  Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. 

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. 

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é”.



Conto por Johnny Souza --> O Grande Dragão


O Grande Dragão

Mais um belíssimo conto do jovem de 13 anos, aluno do oitavo ano do Colégio São Paulo, Johnny Souza, meu filho mais novo e com um gosto incrível e textos maravilhosos. O conto deste mês é sobre dragões. Sabemos que os Dragos são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. Há histórias de dragões por todo o mundo, ele também pode ser um símbolo positivo em muitas culturas, como guardiões de tesouros ocultos e da imortalidade. 

Junto com o Unicórnio, a Fênix e a Tartaruga, era considerado um dos quatro primeiros animais que ajudaram na criação do mundo. Existem muitos significados e cores, por exemplos: O dragão Azul: Augúrio do Verão e Vermelho eram bestas ferozes cujas lutas causavam tempestades e outros desastres naturais. E conto do Johnny é assim: “Os humanos, além de diplomatas e muito inteligentes, são muito ambiciosos. Sempre buscando conforto e glória, achando que podem escolher o mundo que irão viver, fazendo regras e que um dia não irão se arrepender. Um dia, a cidade inteira foi ao encontro do Rei Varian Wrynn, todos pedindo que o rei fizesse alguma coisa para conter os ataques dos Ogros, os monstruosos Orcs. A cidade StormWind, é uma cidade vigorosa, embora nos últimos tempos vem sofrendo ataques terríveis. 

O exército do rei já não era o suficiente para conter tantos ataques, porque toda vez que um soldado era morto por Ogros, renascia como renegado, aliados dos Ogros mais velhos, e o povo de Storm não sabia desta crença, desta maldição aos jovens que se alistavam para a guerra. O povo não entendia o porque dos soldados não retornarem das batalhas, achavam que os soldados eram aprisionados na bastilha Órquica e que o rei não queria resgatá-los. Varian após o último ataque, não podia mais ser chamado de rei, foi preso por não ter a capacidade de proteger seu povo. 

O chefe da guarda pela manhã perguntou a Varian: - Meu amigo, você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo? - Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. Respondia Varian. Quando chegou o dia da execução do rei, ele caminhava lentamente para a forca, quando o capitão da guarda novamente perguntou: - Você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo? E Varian outra vez respondeu. Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. De repente uma grande explosão tomou conta de uma parte da cidade. Os guardas levaram o rei para a cela novamente e foram averiguar o ocorrido. 

Era um grande dragão, com cortes por todo o corpo, com várias placas de metal sobre a pele, assim como no queixo, e seu corpo era quente como lava. Incendiava a floresta e destruía as casas, e estava indo em direção ao castelo. E quando estava preste a atacar o capitão, um grande dragão azul ataca o dragão vermelho, afastando-o para longe e assim protegendo toda a StormWind. 

Depois deste conflito, o grande dragão azul, fala ao povo: - Hoje usei toda minha força para protege-los! - E voou para longe. O capitão olhou para a prisão, viu destruída e desmaiou”...

Feliz Aniversário à Mim_2014



 Em certa ocasião alguém perguntou a Galileu Galilei:
- Quantos anos tens?
- Oito ou dez, respondeu Galileo, em evidente contradição com sua barba branca.
E logo explicou:
Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais.

*Desconhecido

A Casa Nova By Johnny Souza




Como já diz o ditado “ Filho de peixe, peixinho é”, e eu acredito. Meu filho Johnny Santos, que esta semana completa 13 anos, um orgulho, gosta muito de ler e escrever. Fico atenta quando ele lê as histórias pra mim e um tanto boba também. Ele consegue dizer tantas coisas com poucas palavras, enquanto eu preciso de um “tantão” para sair alguma coisa. Estamos em um eterno aprendizado. 

De histórias, de tentar se soltar, temos tantas coisas guardadas, mais na hora de passar para o papel é que são elas. Dou valor a qualquer enredo. Gosto do entusiasmo da garotada na hora de escrever uma bela história e se certa ou não, com pouco conteúdo ou não, não importa muito, pra mim o que vale é a tentativa de criar, é soltar o verbo e deixar fluir a imaginação. Parabéns pelo texto desta vez e siga assim, nesta conquista entre você e a sua arte. E esta semana ele escreveu uma bem simpática, do jovem Lucas e sua namorada chata... Gostei de como ele revidou para a namorada. 

Que diz assim ó: “ Lucas, um jovem de 17 anos, saiu com a namorada para comprar uma casa, no caminho, Mariana perguntou: 
- Olha que mesa linda! Seis lugares, maravilhosa, vamos comprar esta mesa? 
- Claro, quando eu comprar a casa, compro esta mesa para nós. Indagou Lucas. E continuaram caminhando em direção à Imobiliária. Porém, não levou muito tempo, e mais uma vez surge outra pergunta: -- Meu Deus! Olhe só para este sofá! É grande e confortável! Vamos comprar? 
– Sim. Mais só quando comprarmos a casa, respondeu Lucas impaciente. Quando estavam chegando, Mariana chata como sempre foi, logo disse: 
- Olhe só este microondas! Que lindo! Nós precisamos comprar esse... - Chega! Disse Lucas morrendo de raiva. 
– Depois que eu comprar a casa, eu compro este maldito microondas pra você, está bem?! Para! Protestou Mariana. – Eu tenho o direito de querer. Você gostar ou não, é problema seu. 
– Ah é?! Tá bom então me desculpe. Disse Lucas sarcasticamente. Após finalmente terem comprado a casa, e todas as outras coisas que Mariana pediu, voltaram para casa. No caminho, encontraram uma garota linda, loira... E que corria para exercitar-se... E logo Lucas falou: 
- Olhe só que loira linda, magrinha...Eu quero uma dessas pra mim. 
– O que é isso? - Esqueceu que tem namorada? E Lucas rapidamente falou: 
- Eu tenho o direito de querer! Você gostar ou não, já é problema seu!” 


Por Johnny Souza

ESCRITOR E JORNALISTA FLÁVIO REZENDE LANÇA LIVRO_15 Julho 2014





Militando em diversas áreas como jornalismo, ativismo social e literatura, 
Flávio Rezende
​apresenta nesta terça, 15 de julho, das 19 às 22h, na livraria Saraiva do Natal Shopping, seu mais novo produto literário:
 "Quero que este livro vire um filme"
​.

     Este é seu
24º livro,
​programado para ser apresentado na 
data em que comemora seus 53 anos de
​vida
.
​ 
  
     O livro narra o desejo de um escritor de que um livro de sua autoria vire um filme e a partir dai ele descreve como se fosse o roteiro de uma película, uma estória em Nova Iorque, no futuro, com os EUA dominados por radicais cristãos. Um crime na 5ª Avenida desencadeia uma reação mundial e a trama ganha vida neste cenário.


​     O livro vai ser vendido por R$ 35,00 e, após o lançamento continuará exposto nas livrarias Saraiva do Midway e Natal Shopping e algumas cigarreiras de Natal.

O Infinito que me habita



O infinito me recebeu de braços abertos. 

Este infinito que tanto sonhei, de alguma forma almejei, na minha vida inteira. Uma flexão que mesmo sem rimas, não planejei como seria, determinei que fosse apenas me atirar, sem remorso. E tanto tempo se passou. Tive muitas dúvidas. Eu não estava  ainda pronta para cair, apenas me derrubei, sem querer. Meu corpo era fraco, delicado demais para se jogar, creio que simplesmente desisti de ser tão frágil e catar cacos seria mais reconfortante. 

E caindo, desajeitada e um tanto medrosa, fui recitando poesias mentalmente. E quando meu corpo virava, sentia mais forte um vento quente nas costas, aí abria meus olhos e contava as estrelas no céu. O céu estava lindo naquele momento. Seria o inferno ali? Daquele modo tão brilhante e bonito? Eu lembrava das palavras bíblicas. Todas. Não poderia ser meu castigo! Estou somente apreciando este infinito que me ronda. E seu abraço é um acalanto. Feito um Santo que me conforta, e me sinto vestida assim. 

E embora sinta que o fogo me queima, um fogo sinistro e forte, em tons alaranjados e azuis. Um fogo que arde em mim enquanto caio. E caindo vou me desfazendo... Feito cócegas na barriga, fogos de artifícios em noites de São João. Talvez o veneno que tomei esteja fazendo efeito, embora misturado com doses de amor. Este infinito que me habita. Ó doce momento das minhas madrugadas. Ó Senhor dos meus pesadelos mais secreto e estranhos. Estou realmente caindo, ou simplesmente sonhando outra vez? Este infinito que me beija, que se delicia de mim, e sinto-o feito pêssego em minha pele quente. 

O seu laço é apertado em minha garganta e dói e mesmo assim, me torno sua Deusa. Com poderes e forças embora finitas, me torno de alguma maneira forte e abstrata. Já não sou mais daqui, mesmo lentamente caindo em um infinito... Feito um enroscar em lençóis macios. E mesmo com minha armadura contra a sofreguidão, sinto meu lado mais escuro melhor, e que ganhara minhas lágrimas de prazer. 

Do meu sofrer. E por que sofro tanto com este cafajeste que me tomas as noites mais tranquilas? Este cavaleiro sem elmo e sem uma capa vermelha, muito menos um cavalo branco! Ó guerreiro sem escudo e honra, por que fazes isto comigo? Já tem o meu coração partido, o que mais queres de mim? Se tú es meu infinito, este doce tormento que habita em mim! 

Não deveria ter tirado a tampa deste poço maldito. 
A maldição da alucinação se apossa de mim. 
Sim, o infinito em mim sorri, enquanto vou morrendo de amor. 

Contos que conto-->Anjo na Praia




Me envolvi em seus braços naquela noite. Foram alguns instantes que passei naquele quarto de hotel. Envolvida e acalentada, uma mistura de carícias e suor. Não é amor. Não é sentimento. E o que seria então? Esta vasta vontade de beijos gostosos e abraços fortes... Ainda sinto a pele morena na minha, ainda sinto aquele momento, tão breve, mais parecia que tudo passava bem rápido diante de mim, ao meu redor o mundo não existia, somente ele e eu e aquela voz suave ao ouvido. 

Uma voz rouca, pouca, que repetia palavras delicadas e mansas. Me senti um anjo. E sinto que pairei sobre as nuvens mais brancas no céu, uma mistura fantasiosa de mim e alguém que me ronda. Me faço menina, tentando achar estrelas, e sei que ainda nem noite é, mais no meu céu há tantas coisas juntas, que nem sei explicar...Uma constelação que me invade, me acanha e me torna tão calma feito um rio solitário. Sinto trovões por cima de minha cabeça, vultos sinuosos e primaveris. Estou sã? Porque sei que sou completamente louca e sinto ainda em meu corpo as marcas de amor deixadas, sinto como se tivesse levado muitas flechadas do cupido maldito. 

Por que ele me quer? Não quero a certeza de nada e sim as tempestades venenosas deste prazer. Não sei porque acham que me escondem tantos segredos, se o segredo sou eu... Não sei porque tapam a noite da minha face miúda, ou abafam o cheiro bom de jasmim que vem de fora. É o fervor que me deixa ranzinza e um tanto perigosa. E minhas asas imagináveis me levam alto, um voar com tantos sonhos dentro de mim, e giro...Rodopio...Um looping  colorido dentro de mim... Mais ainda estava naquele quarto e era real, feito o dia que se vai e a noite que chega tão logo, feito o preto e branco, Rapunzel e seu longo cabelo. Quatro paredes, champanhe...A cama macia e lençóis sedosos... A tv fora de sintonia, e um pequeno abajur aceso, um momento romântico...E apenas tenho comigo desejos juvenis. Amarro o laço do cabelo e me ajeito para ir embora. 

Ir dali, voltar para a triste realidade, para minha sofreguidão interminável. Embora dolorida por dentro, lá no fundo do peito, vou sem resmungar, e mesmo que me coce a garganta, doida para cantarolar versos de felicidade, não me atreveria... Não gostaria de um conflito entre a raiva e o sorriso no canto da boca. O nó foi feito com muito esmero dentro de mim, sou agora apenas um anjo com medo, medo de não poder ser abraçada novamente, medo de apodrecer e não conseguir morrer de outra forma. Este hotel que minha mente retém, é apenas o primeiro degrau estúpido para fugir daqui, este alguém de braços amáveis é apenas o  meu desamor sem importância, um deslize e desdém da minha dor, da minha alma fatigada e estragada, sem juízo e sem pudor. 

Levo comigo este momento apenas. Talvez uma leve lembrança do letreiro quebrado e da calçada lavada. Um flash ignorante de um lugar que não existe mais. E um gosto doce de pêssego na boca. Fim. Meu corpo jogado na praia... Um beijo apenas era o que eu precisava. 

Exatamente como estava no livro que li. Torname-ei somente uma moça de vestido vermelho ou anjo perdido na praia...

Lagoa Santa & Peter Wilhelm Lund





Dos meus muitos passeios por este mundo de Deus, um lugar me chamou a atenção, Lagoa Santa. Conheci este lugar em Belo Horizonte-Minas Gerais e o poder de sua água curadora. Isto mesmo, a origem da cidade está ligada às propriedades das águas ali encontradas. Segundo crenças locais, a lagoa que dá nome ao local possui minerais com propriedades curativas, daí a associação ao nome do município. Muitos foram os visitantes que procuravam a Lagoa Santa para melhorar a saúde banhando-se na lagoa. Foi fundada em 1733 por Felipe Rodrigues, tropeiro viajante que se estabeleceu no local. Era chamada de Lagoa Grande e Lagoa das Congonhas do Sabarabuçu. 

Foi Felipe Rodrigues, tropeiro viajante, quem primeiro sentiu o efeito benéfico destas águas. Ao lavar os eczemas de sua perna, sentiu-se aliviado de suas dores e obteve a cicatrização de suas feridas. A notícia da cura milagrosa logo se espalhou pelos arredores e o pequeno arraial passou a receber peregrinos em busca da cura para seus males. A perenidade da lagoa é atestada pelos relatos dos naturalistas viajantes, desde o século XVII. Sua profundidade não ultrapassa três metros, sendo que, a aproximadamente 40 metros de sua base, encontra-se um aquífero que contribui para a sua existência. E também, em grande parte, alimentada por águas pluviais. 

Seu formato é triangular e, no período das cheias, seu vertedouro lança suas águas no Rio das Velhas através do Córrego do Bebedouro. E o que tem Peter Wilhelm Lund com a Lagoa? O cientista dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801à1880) é considerado o pai da paleontologia brasileira, o ramo da ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados, a partir dos seus fósseis. De acordo com a revista Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em artigo de Raquel Aguiar, o pesquisador descobriu mais de 12 mil peças fósseis em cavernas da região de Lagoa Santa (MG), que permitiram escrever a história do período pleistocênico brasileiro, o mais recente na escala geológica. Entre as descobertas de Lund, figura o denominado Homem de Lagoa Santa, que revelou a presença humana no local há mais de 10 mil anos. Contam-se também exemplares do tigre-dente-de-sabre, da preguiça gigante e do tatu gigante, entre outras espécies. Lund também é reconhecido como o pai da espeleogia no Brasil, o estudo da formação de grutas e cavernas. Explorou mais de 800 delas, algumas das quais foi o primeiro a localizar e a entrar. No campo da arqueologia, relatou a descoberta de importantes pinturas rupestres (feitas na rocha) e instrumentos de pedra. 

Acho que foi também um verdadeiro poeta... "Nunca meus olhos viram nada de mais belo e magnífico nos domínios da natureza e da arte", resumiu o cientista. Ele se referia aos efeitos cênicos provocados pelas estalactites e estalagmites. "Todos estes deslumbrantes primores da natureza são realçados pelos mais delicados ornatos tanto de formas fantásticas quanto de bom gosto, franjas, grinaldas e uma infinidade de outros enfeites", Lund escreveu. Em 1843, Lund descobriu ossos humanos de cerca de 30 indivíduos, misturados a fósseis de animais. Do ponto de vista antropomórfico (referente à forma humana), os fósseis descobertos eram bastante distantes dos indígenas americanos e próximos dos negróides. 

Suas características físicas eram homogêneas, o que indica seu isolamento genético (aqueles indivíduos não teriam se misturado com outros grupos). Essa identidade configurou o perfil daquele que ficou conhecido como o Homem de Lagoa Santa. As ossadas mais antigas foram datadas entre 11 mil e 8.000 anos. 

Bom conhecer histórias e pessoas interessantes que fizeram parte dela, não acham?!

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