Lindo dia,
céu azul e
infinitos ao seu lado.
O ar puro e único,
sem guerra ou Comulonimbus*,
brigadeiro...
Abaixo de mim o verde e
suas montanhas,
vento forte soprando em minhas asas.
Meu coração batendo forte no peito em segredo...
Em uma altura constante eu
tremia e sentia medo,
poderia este pensamento saltar desta realidade,
mesmo assim, não voltaria,
algo era tão forte dentro de mim,
que mal conseguia sorrir,
somente sentir, sentir...
Corria em mim liberdade,
acho que eu era um pássaro, livre...
Sentia-me veloz feito máquina moderna!
Repousei uns instantes na sombra de uma
árvore em meio ao deserto, fui longe...
A brisa me acordava, devagar...
Era hora de voltar para o meu
horizonte artificial.
* Comulonimbus ou CB são nuvens de trovoadas que se desenvolvem verticalmente até grandes altitudes, com a forma de montanhas, torres ou de gigantescas couves-flores.
Um comentário:
Uma estranha se apossa do ser quando ele alça voo feito pássaro. Seja um voo mecânico, seja em fantasia. Aqui o sonho se fez realidade nas asas de quem a poeta admira. E, apesar do medo - que pode ter de voar ou, até mesmo, de perder a quem deu o voo - a magia se faz presente em versos que traz as metáforas próprias de uma linda poesia.
Abraço,s
Raí
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