Debrucei já adormecida em teu peito,
pra mim como um agasalho de carinho
e perfume.
Minha infância nua desfilando no
teu pensamento perverso,
quisera que estivesse mentindo ou
fingindo esta lembrança, nada mais...
Já estou como um mito,
Como um corpo já esquecido e
este revólver em minha direção
já não tenho mais medo.
Estar encostada em teu peito,
furtando tuas saudades,
pra mim já basta!
Vou sair deste tempo,
um lento suicídio,
um imperfeito modo de amar,
jeito feliz de morrer.
Escolhi a madrugada para tua visita e
em teu peito, com minhas pernas
entrelaçadas nas tuas, minha mão
acariciando tua pele...
Foi meu jeito de dizer adeus.
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