“No final do dia, tudo
que queremos é nos sentir bem. E seja um beijo longo e molhado durante a noite
ou uma agulha no braço, isso irá te atormentar até que consiga... Até que
permita se sentir bem de novo. E não há sensação melhor no mundo do que ceder a
seu monstro interior.
Cada monstro tem sua própria versão de um vício. E parte
da sua natureza. Precisamos de sangue, da força, do poder. Mas a maldição de
cada um com desejos obscuros é que quando deixamos tais desejos tomarem conta,
alguma outra pessoa paga o preço”.
Lembrei-me da fábula do lobo... A batalha entre dois ‘lobos' que vivem dentro de todos nós, o bom e o
mal e vence aquele que alimentamos. Cada monstro tem uma versão, um jeito
estranho de dominar. Não percebemos quando acontece este domínio, e mesmo tendo
tantos anjos em nossa volta para nos ajudar, pessoas amadas por nós, não
ligamos e sempre alimentamos demais o lobo errado, este monstro embutido por
dentro de todos nós. Que lobo você prefere alimentar melhor?
“Até na batalha
mais desesperançosa, há um momento em que a maré pode mudar. Os suprimentos são
suficientes... Reforços aparecem no topo da montanha. Onde não havia
possibilidade de resgate... Uma maneira se apresenta... Mas, quando a ajuda
finalmente chega... Ela veio para você ou para o inimigo?”. Estejamos então
sempre em alerta a chegada do nosso resgate, com olhos bem abertos, não podemos
nos confundir perante a montanha da nossa vida. Tudo um dia pode passar.
Pode
ser rápido, devagar... Mas realmente passa. Ainda me ponho a refletir, neste
destino de viver e morrer, qual deles é nosso verdadeiro castigo? “Uma das
partes pior de morrer acho que é aquela fração de segundo quando ocorre...
Mamãe e papai não irão te salvar disto...
Você fecha seus olhos, esperando ser
um pesadelo, do qual você acha que mamãe vai te salvar, mas ao invés disto,
você acorda nisto. Você não percebe até ser tarde demais, e o que seus pais
fizeram para protegê-lo de verdade? Nossos pais leem conto de fadas para nós
achando que nunca terão de explicar que não são reais.
Achando que terão
morrido antes da realidade nos atingir. Mas sangue é para sempre. 20, 30, 300
anos mais tarde... Ainda precisamos de uma mão para nos alcançar no escuro.
“Seus laços com algumas pessoas o farão deixar tudo de lado, ignorar o que se
tornaram. Você ficará com a versão da qual lembrar, não a de agora. Amigos,
pais, mentores... Nós nos seguramos às margens idealizadas deles, mesmo que
seja uma ilusão. Pois se não acreditamos neles...
O que isso diz sobre nós?
Lembrar da melhor versão de nossos amigos nos lembra que já fomos tão
promissores um dia. Tão fortes e tão vivos. Impecável”. “Gosto de pensar que somos fortes. Que somos
capazes de resolver nossos problemas. Atravessar o período difícil e emergir
mais confiante, mais realizado. Às vezes, são necessários foco, direção e sua
própria vontade para continuar. Mas, para resolver o problema, primeiro você
precisa aceitar que ele existe.
E o obstáculo mais desafiador não é a
circunstância, nem uma força externa, ou outra pessoa. É você. E no final, a
maioria de nós não tem força para enfrentar essa música... De admitir que somos
falhos. E então fica preso. Não pode se salvar se não sabe o perigo que está
correndo”. Por isto e outros tantos motivos, saiba escolher o lobo.
CONTINUA..
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