A carne sem brilho algum,
jogado na escuridão,
no poço de algum momento qualquer.
Caminhar nas mágoas
já não é mais destino,
nem contratempo de palavras haverá.
O traje já não é moda,
o gosto já não tem sabor,
a ferida está cicatrizando.
A morte faz companhia,
os cabelos brancos,
as rugas de um tempo passado.
O enterro acontece sem flores,
sem cadáver.
Escuta-se ao longe um trecho do Pai Nosso...
A carne aqui sem brilho algum,
na vertigem, na loucura,
no desequilíbrio humano.
Quem chora agora?
Neste mundo parecem todos vivos.
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