Quando a lua se levanta
lá no horizonte
e derrama sobre a aldeia
a luz pálida e convidativa,
já encontra minha doce moreninha
esquentando a nossa rede,
só pensando em namorar.
O cabelo cheirando a flores,
a cabeça cheia de amores,
o corpo todo rijo e sedoso,
incitado pelo clima à beira-mar
inflamado de paixão.
Quando a lua então se alteia,
a gente está se amando,
acho até que é essa a razão
de ela chegar assim, apressada,
empurrando o crepúsculo sonolento.
Toda noite penetra aqui, indiscreta e sorrateira
pelas frestas da choupana,
no nosso ninho, deita o seu luar lascivo,
beijando nossos corpos nus
como parceira experiente
num ménage à trois.
mariorecanto@yahoo.com.br
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