Quando a morte me levar,
feliz de mim que tive teu gozo.
Vou com teu cheiro em meu corpo,
com o teu sabor em minha boca...
Dormirei com teus mistérios na eternidade,
com teus segredos,
sofredora e vencedora do amor,
eu vou deliciosa e mansa...
Tristes aqueles meus dias de insônia,
meu crime foi ter escrito aquelas palavras,
por quê?
Cedo ou tarde eu iria mesmo morrer.
Um comentário:
Ser feliz independe do estado. Viva ou morta, como na poesia, ser feliz, no último ato, requer poesia, prazer de viver e de vencer a dora da morte. Para uns, um alívio; para outros, o início; para uma boa parcela que vive nas nuvens, um estado de profunda inspiração poética.
Aqui, a magia das letras bem construídas. Assim, que venha ela e leve, em nuvens claras, a musa inspiradora de tantos pedaços e retalhos e traga, numa nova vida, a herdeira de todas as fantasias.
Abraço,s
Raí
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