![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfGMXIq8J07mtQkt1htRojdKBU29PjI61pBssRwYAKwNpNZFnXvb_bbbv8HRluP_CEfK4EBNln6-OxkyAP83weOvuzSiA3zoMVz1491xbIh01J4pklk4AUIWN7XV5cywjHHAIN8gGwLRgj/s200/piedra.jpg)
O corpo está imóvel na margem do rio,
tivera uma vida estúpida,
sonhando o amor,
no sono da alma.
A pele já fria ao entardecer que se alastra,
a tarde que chega sem pressa e
sem aviso algum.
Será mais um corpo jaz?
Uma sonhadora qualquer,
um belo vulto no fim de tarde
aos olhos de ninguém.
Um mérito morrer!
Quando a dor aflora, o mundo chora...
O corpo insípido cai no rio,
sob a noite que chegara depressa.
O ordinário correra mata adentro e
em sua companhia uma simples recusa
de uma manhã anterior.
Um comentário:
Esse lado obscuro da poesia, trágica até, é interessante. Dizer sobre coisas tristes, funestas, expressar-se sobre a morte, devanear sobre as mazelas da vida, requer um refinado tato de poeta. Você consegue dar esse toque e quem lê a sua poesia percebe a diferença entre a dor dos versos e a obsessão doentia da depressão. Gosto das entrelinhas que causam rflexões.
Beijos!
Ra´pi
Postar um comentário