Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Resenha “Crepúsculo Antropológico”

Li Crepúsculo Antropológico, um excelente livro ganhador do projeto Rota Batida 2008-Funt-Um Rosado-Mossoró, capa do espetacular Rick Waekmann. Uma coleção de ensaios às Ciências Sociais e à compreensão do espírito humano, uma manifestação cultural do nosso amigo Vanderlan Silva. Estas marcas intelectuais guardadas com ele, hoje nos transmitidas tão vivaz, de um período intenso, como dizem suas próprias palavras. Uma viagem, diferenças vistas por observadores e filósofos como Rousseau e Hobbes, escolhi estes dois exemplos que me puseram diante de um muro alto e forte. O livro nos guia como uma esteira aos estudos culturais e magníficas diferenças. Marcando palavras do exemplar, grifando argumentos do próprio autor, fiz minha reflexão nas tais diferenças sociais, culturas distantes, incógnitas, viajei nas linhas filosóficas e deliciei-me em crônicas e tentativas de entender minha própria diversidade. As coisas se misturam, ciência, curiosidade, os primeiros antropólogos procuravam explicar as várias sociedades, um trajeto científico, Histórias, Literaturas, Sociologia, tudo em uma coisa só, tentativa de se construir um conceito sobre o homem e uma simples palavra para definir o estado de natureza do indivíduo seria sobrevivência. As desigualdades entre os homens, as diferenças, criaram empecilhos à vida? Almejamos construir um homem inteiramente bom ou mal? Somos primitivos e selvagens? O que nos leva a saciar a vida da forma que fazemos, fome? Frio? Vingança? Estas perguntas soam em mim como badalos dos sinos. O convívio em grupo é o que nos mata, não somos justos, não somos civilizados, queremos a paz fazendo a guerra, queremos coisas necessárias sem termos trabalho, desejamos construir o impossível! “É diante da diferença encontrada no estranho que se reconhece aquilo que nos é familiar”. Sempre temos um “ontem” para nos guiar, acho que nos dias de hoje somos um pouco de Rousseau e um tanto de Hobbes, somos dóceis e poéticos e extremamente miseráveis e imbecis. Temos essência? Somos realmente revolucionários em evolução? As crenças religiosas nos influenciam? O que trazemos da infância? A página 47, pos meu pensamento a latejar, a duvidar e entender muitas coisas, seres divinos, deuses, nascer, morrer, uma certa “configuração da vida humana”. Estrutura familiar? Somos um leque de opções e sempre muito polêmicos, como diz Malinowski “É necessário descobrir o esquema básico da vida tribal”, está aí a colcha de retalhos, temos nossas respostas através das nossas necessidades. “Observar” seria nossa chave mestra, se analisássemos os grandes nomes antropológicos, literários, filósofos e até os matemáticos, entenderíamos mais sobre do nosso “eu”, da sociedade, vida e obra, nosso percurso, difamaríamos menos este imenso espelho chamado vida. Seríamos mais passivos e racionais com nossas tribos. São deixamos os bens para agravarmos o estudo, nossa existência necessária, esta troca nos leva aos nossos valores, somos rivais de nós mesmo, somos elementos, aprendizes, temos diferenças biológicas e estamos presos no nosso tempo, com limitações que construímos. Charles Darwin, Boucher de Perthes, Lucrécio, Heródoto, Aristóteles, Carlos Liceu, Émile Durklem, Clifford Geertz...Tantos grandiosos nomes me fazem refletir, minhas dúvidas não claras, sou abstrata seguindo na história.


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