Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Busca e Desapego


Nas minhas andanças pela Internet, a procura de reflexões e mensagens para minha vida, sabe aqueles momentos que precisamos de singelas palavras? Foi exatamente assim, na minha busca por palavras sobre amor, e sobre espiritualidade, me deparei com as palavras do escritor Flávio Siqueira, compartilhadas com muito carinho pela Caricaturista Ana Paula Medeiros: “Como desapegar das pessoas que amo? Você sugere que eu abandone pais, cônjuge, filhos… Isso é desapego?”. Amor é uma coisa, apego é outra. 

No primeiro caso, a base é a liberdade. No segundo, o sufocamento, o auto engano. Quem ama enxerga. Discerne a hora de ir, voltar, dizer, calar. Amar implica em ser sábio, paciente para maturação dos processos. É preciso ter calma para entender o tempo de cada coisa. É preciso ter calma e enxergar-se. Há situações difíceis envolvendo pessoas que se amam. 

Pais que sobrecarregam os filhos, cônjuges que não se respeitam mais, amigos que não se perdoaram, gente vinculada por alguma magoa, pesada como uma corrente presa aos pés, tropeçando, caindo, tentando levantar. Desapego é livrar-se da corrente, jamais das pessoas. Pode ser preciso afastar-se por um tempo para se recuperar, ter seu próprio espaço, mudar de ambiente. Talvez seja o contrário, hora de aproximar-se, diminuindo a distância que gerou o mal entendido, quem sabe uma conversa franca e aberta seja suficiente? Não há fórmulas prontas. 

Apenas livre-se das correntes e saberá o que fazer. Isso é desapego. Você pode pensar que “se apegou” a alguém. Isso é impossível. O apego está ligado à sua insegurança, aos seus medos, vazios, que se projetam em alguém. Você não está preso à pessoa, mas em si mesmo. Podem ser pais, amigos, marido, esposa, filhos, até o cachorro. Conheço uma mulher com quase 40 anos que trata seu bicho de pelúcia como filho. O apego não está no bicho, mas nos vazios dela. O bicho só recebe essa carga. Ela não precisa se livrar do bichinho, mas encarar seus vazios. Desapego é abrir mão do excesso. 

É a coragem de enxergar-se nos maus entendidos, assumir sua responsabilidade nos desgastes, repensar até que ponto tem contribuído para que as coisas estejam fora de controle. É livrar-se da corrente e prosseguir com leveza, em amor. Amor gera auto crítica porque amor é consciência. É a gênese das desconstruções, do livrar-se da sobrecarga, do silêncio necessário para entender as causas, enxergar aonde tem errado, ter coragem para abrir mão do que precisa ficar para trás. Jamais abandone as pessoas, ainda que em alguns casos a distância seja necessária. Jamais se omita diante da necessidade de alguém, mesmo que existam situações aonde o silêncio é mais eloquente. Nunca mate outro ser humano dentro de você, mesmo que seja importante afastar-se. Desapego é enxergar-se no que te aflige, seja o que for, abrir mão do sentimento de vítima, entender aonde alimenta os processos e assumir que não precisa ser assim. É pacificar-se e prosseguir, amando as pessoas em liberdade, deixando as correntes pelo caminho." 

 E mais ainda sobre a nossa eterna busca... “Toda busca espiritual deve levar ao encontro com o próprio buscador. Buscamos sem saber direito a razão, como se um vazio nos movesse na tentativa de preenchê-lo, ainda que quase nunca saibamos o que está realmente faltando. Santo Agostinho dizia que esse vazio somente seria preenchido por Deus, que é o espaço onde ele cabe, só ele, e então transformaram Deus em um negócio extremamente lucrativo. O tal "espaço de Deus" virou outra coisa e o vazio ficou entulhado. Despejaram Deus de dentro e disseram que está fora, nos templos, nas religiões, nos livros, fora, sempre fora. Nos perdemos em nossa busca quando deixamos de olhar para dentro. Nos perdemos e o vazio ficou barulhento. 

Nos perdemos e o caminho ficou confuso, as palavras difusas, os sentimentos enganosos, nos perdemos. É preciso encontrar-se. Saber que o vazio é a falta de nós mesmos, sufocados por tantos condicionamentos, tantas crenças, tantos medos, tanta culpa, tanta coisa que disseram que deveríamos ser. Nos transformamos em sub produtos culturais, reagimos a estímulos, nos moldamos conforme o ambiente, o tempo, a sociedade, a cultura, os interesses, as crenças, até percebermos que estamos longe. Saudade de nós mesmos. 

Nenhuma busca espiritual será frutífera se não houver espaço para o reencontro. Desintoxicar-se do ego, reconectar-se com o próximo, vincular-se à vida, perceber-se em tudo. Encontrar-se é ser quem é. Esvaziar-se. É desentulhar o "espaço de Deus", aceitando as desconstruções necessárias, se expondo a luz da consciência, até que tudo esteja limpo, vazio, desobstruído, espaço em silêncio.  

Não precisamos preencher vazios, precisamos retomá-los para que então nossa busca nos revele quem somos, nos preencha de Deus. Talvez Santo Agostinho tivesse razão”. 

Vamos refletir!

Amigas?!


2014, um ano inovador e cheio de surpresas... Tem-se cumprido esta frase em meus dias. Tenho amigas igual a pote de vitamina, de A a Z. A vitamina te faz bem, é boa até para os ossos, mais amiga... Nem sempre é o melhor remédio. A gente acha que conhece as pessoas, estamos tão enganados! E acho que realmente não estamos prontos para perdas, seja ela qual for. Perdi uma pessoa querida, não de morte morrida ou matada, perdi instantaneamente... Anos de momentos bons e de repente, que nem miojo preparado em noite de sábado, ela se foi... Mentalmente. 

O pior da história toda, de nossas vidas, é que não fizemos nada uma a outra, apenas paguei um preço, por ser amiga também de outras pessoas, e estas outras pessoas que hoje não são mais amigas dela, da amiga que mentalmente perdi. Como não ficar triste? Tenho amigas que conquistei e que fazem 20, 10 anos de convívio, não dia-a-dia mais, porque sou uma eterna andarilha, ainda bem que o poder da tecnologia me abraça firmemente, mais eu as tenho e cumpro meu dever de amiga, sempre. 

Outras amigas conquistei tem pouco tempo, 03...04 anos...E mesmo não podendo nos ver sempre, sempre que podemos tomamos um café, trocamos mensagens no Whatsapp ou fotos pelo Facebook, mais eu as tenho e com muito carinho preservo-as. Então, esta amiga que se distanciou de mim, era uma dessas de 03 anos, trocávamos figurinhas e tricotávamos e sempre numa oportunidade nos víamos pessoalmente e era legal, embora um errinho aqui e outro ali, era legal, risadas eram certas... Nunca tinha perdido uma pessoa desta forma, sem explicação ou justificativas... Sem adeus ou um por quê para tal situação. Por que me sinto triste? Sempre achei que poderíamos mudar as coisas, acertar os erros, dar ideias as coisas desajustadas... Percebi que não, não somos aptos para tais coisas, acho que não deveríamos investir tanto, porque a dor é muita, mesmo sabendo que apenas alguns quilômetros nos separam, sinto em nossa mente este espaço é muito maior, é uma lacuna eterna, um abismo de interrogações! 

E o abismo é escuro, e seus ecos apavoram, trazem à tona lágrimas tristes e pensamentos menores... Mais aprendi também, nesta vida de labuta diária, que devemos continuar, outros momentos surgem, outros amigos são conquistados e outras lembranças preenchem espaços mortos. Perdoo este episódio em minha vida, perdoo a amiga que se foi, se não me olhou nos olhos ou não aceitou uma xícara de café e um proseado, mesmo que poético, não valia à pena. 

Sei esquecer quem me fez mal, mais jamais esqueço quem realmente me faz bem, e hoje me sinto tão acalentada, que nem preciso dos meus amigos irreais, os poucos reais me bastam! 

Remediada estou.


Poesia by Sulla Mino --> Pássaro negro


Já não sou aquele pássaro feliz
Não sou da paz e nem da guerra
já não tenho alma, nem canto
nem choro no dia-a-dia.

O caos consome meu céu
Minhas asas já não voam mais
sou apenas um pássaro solitário
e nada mais me define.

Quero ser novo
quero ninho e colo.

sou uma ave de luto
e já não me cabe viver
e pra que preciso voar?

Pertenço a escuridão
a madrugada fria
e isto me torna mais um
ou uma coruja barulhenta da noite
faço parte do vazio,
das noites.

E aguardo uma manhã mais longa.

E assim consigo viver mais um dia

Encerrando Ciclos


Eu e minha busca constante em reflexões ou mensagens significantes para minha vida... E me deparo com este texto que muito me envolveu. Estou passando por um momento na minha vida e preciso realmente entender o porquê de tantas mudanças juntas. Estou encerrando ciclos! Mais não sei se realmente estou pronta para entender porque os degraus têm se tornados tão longos e altos... O texto é da psicóloga e colunista Colombiana Glória Hurtado. 

E diz assim: “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?  

Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?  Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. 

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.  Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. 

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.  e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. 

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.  Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. 

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é”.


Carta para deus_06




Querido Deus,

Estou tentando organizar as minha vida aqui. Com tuas ideias, com teus ensinamentos. Nem quero falar muito sobre a política daqui no momento... Precária como sempre, sem nexo e com suas doces mentiras... Estamos em tempos de guerra. Hora de votar. 

Hora de decidir os governantes desta Terra. Tão carente, tão precisada de novos rumos. Espero que o seu plano esteja dando certo. Ainda não entendemos o propósito de muitas coisas aqui. É cobra engolindo cobra, como dizem... É um povo estranho pra danado, eu não concordo com muita coisa, e fico de mãos atadas, sou tão pequenina, nem saberia por onde começar, o que precisaria primeiro fazer para melhorar. 

E será que tem algum jeito as coisas poucas daqui? Ó Deus, tende piedade da nossa raça! Temos conflitos, de todos os tipos... E nossa consciência ainda é falha e cruel. Espero que um dia tudo possa tomar um rumo diferente e que o ser humano possa ser mais humano. Gosto de lembrar deste trecho da música da Banda Capital Inicial: “ Vocês esperam uma intervenção divina. Mas não sabem que o tempo agora está contra vocês. Vocês se perdem no meio de tanto medo. De não conseguir dinheiro pra comprar sem se vender. E vocês armam seus esquemas ilusórios. Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez. Mas acontece que tudo tem começo. Se começa, um dia acaba, eu tenho pena de vocês. E as ameaças de ataque nuclear. Bombas de nêutrons não foi Deus quem fez. Alguém, alguém um dia vai se vingar. Vocês são vermes, pensam que são reis. Não quero ser como vocês. Eu não preciso mais. Eu já sei o que eu tenho que saber. E agora tanto faz”. 

E penso que a intervenção divina sempre será bem-vinda em minha vida. Minha vida, que no momento anda torta, anda freneticamente em dúvidas, em altos e baixos. Venho com esta, agradecer por tudo. Sei que não é fácil estar no comando. Imagino uma mesa com botões... E apertar muitos deles, deve ser decisões imensamentes terríveis... O Sr. Deve chorar de tristeza né? Dê mais um tempo pra nós! Ainda acredito em muitas coisas, tenho ainda fé, eu a sinto e é maravilhoso este sentir, que tenho todos os dias da minha vida. Venho agraceder meus dias. 

Uns turbulentos e profundos, outros numa calmaria, feito o dia seguinte da bonança. Tenho tentado. Todo dia um pouco, não é fácil bem sei. E sei que o Sr. não gosta quando choro, quando esperneio feito criança pequena... Mais tenho passado por momentos difíceis, e tive vontade de desistir, me desanimei, a desesperança tomou conta de mim por um tempo... Tenho me tornado forte e sei que ficas contentes com esta minha atitude. Perdoar é a coisa mais difícil que existe! É tão confuso... Esta confusão está dentro de mim, e vai corroendo as coisas boas, as escondidas em meus cantinhos... Hoje minha carta está uma confusão, uma misturas com meus dramas sentimentais e política, credo! Perdoe a minha ignorância querido Deus. Perdoe por eu ser tão falha, tão carente e ingrata. 

Tenho tentado me tornar outra, de outra forma, moldando-me dia-dia, incansavelmente... Minha Terra tem se tornado diferente, com linguajares melhores e eu me tornando uma parte melhor de mim mesma. Nossa política realmente é capaz de mudanças? 

Mesmo rude? Mesmo tosca?


Gostaria de mais tempo para refletir e perceber lentamente que vale a pena seguir, que vale a pena a melhora. O votar, o mudar. E que o melhor remédio realmente é este que o Sr. nos dá, tempo.

Encerrando Ciclos



Eu e minha busca constante em reflexões ou mensagens significantes para minha vida... E me deparo com este texto que muito me envolveu. Estou passando por um momento na minha vida e preciso realmente entender o porquê de tantas mudanças juntas. Estou encerrando ciclos! Mais não sei se realmente estou pronta para entender porque os degraus têm se tornados tão longos e altos... O texto é da psicóloga e colunista Colombiana Glória Hurtado. E diz assim: “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. 

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?  Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?  Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.  

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. 

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.  e às vezes perdemos. 

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. 

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.  Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. 

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. 

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é”.



Conto por Johnny Souza --> O Grande Dragão


O Grande Dragão

Mais um belíssimo conto do jovem de 13 anos, aluno do oitavo ano do Colégio São Paulo, Johnny Souza, meu filho mais novo e com um gosto incrível e textos maravilhosos. O conto deste mês é sobre dragões. Sabemos que os Dragos são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. Há histórias de dragões por todo o mundo, ele também pode ser um símbolo positivo em muitas culturas, como guardiões de tesouros ocultos e da imortalidade. 

Junto com o Unicórnio, a Fênix e a Tartaruga, era considerado um dos quatro primeiros animais que ajudaram na criação do mundo. Existem muitos significados e cores, por exemplos: O dragão Azul: Augúrio do Verão e Vermelho eram bestas ferozes cujas lutas causavam tempestades e outros desastres naturais. E conto do Johnny é assim: “Os humanos, além de diplomatas e muito inteligentes, são muito ambiciosos. Sempre buscando conforto e glória, achando que podem escolher o mundo que irão viver, fazendo regras e que um dia não irão se arrepender. Um dia, a cidade inteira foi ao encontro do Rei Varian Wrynn, todos pedindo que o rei fizesse alguma coisa para conter os ataques dos Ogros, os monstruosos Orcs. A cidade StormWind, é uma cidade vigorosa, embora nos últimos tempos vem sofrendo ataques terríveis. 

O exército do rei já não era o suficiente para conter tantos ataques, porque toda vez que um soldado era morto por Ogros, renascia como renegado, aliados dos Ogros mais velhos, e o povo de Storm não sabia desta crença, desta maldição aos jovens que se alistavam para a guerra. O povo não entendia o porque dos soldados não retornarem das batalhas, achavam que os soldados eram aprisionados na bastilha Órquica e que o rei não queria resgatá-los. Varian após o último ataque, não podia mais ser chamado de rei, foi preso por não ter a capacidade de proteger seu povo. 

O chefe da guarda pela manhã perguntou a Varian: - Meu amigo, você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo? - Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. Respondia Varian. Quando chegou o dia da execução do rei, ele caminhava lentamente para a forca, quando o capitão da guarda novamente perguntou: - Você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo? E Varian outra vez respondeu. Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. De repente uma grande explosão tomou conta de uma parte da cidade. Os guardas levaram o rei para a cela novamente e foram averiguar o ocorrido. 

Era um grande dragão, com cortes por todo o corpo, com várias placas de metal sobre a pele, assim como no queixo, e seu corpo era quente como lava. Incendiava a floresta e destruía as casas, e estava indo em direção ao castelo. E quando estava preste a atacar o capitão, um grande dragão azul ataca o dragão vermelho, afastando-o para longe e assim protegendo toda a StormWind. 

Depois deste conflito, o grande dragão azul, fala ao povo: - Hoje usei toda minha força para protege-los! - E voou para longe. O capitão olhou para a prisão, viu destruída e desmaiou”...

Contos que conto --> A Tempestade,


Hoje a tempestade avança por dentro de mim. Rodopia por entre as minhas dúvidas, me assombra. Me sinto um caos! Um pedido soa longe: “socorro”! E gritos me atordoam... 

O pequeno barco já partiu do cais, agora minha viagem não tem volta. Minha jornada na solidão começa assim, apenas um cais vazio, sem acenos ou despedidas. Apenas vou, com meus farrapos na pele e minhas verdades não esclarecidas. 

Meu barco passará pelas insônias e pelos rios vermelhos, e acordarei na neblina dos meus próprios sonhos. Estúpida e mansa, como na infância... Tola e covarde, como na juventude. Apenas sigo, navegando no mar de ideias, tentando não naufragar nas agonias presas na garganta, apenas sussurrar tem sido meu escape, breves e pavorosos. 

Louca! Uma voz suave ao meu ouvido, toda noite. Louca? Acho que já não é tanta loucura assim que me mantém. Deixei meu monstro interior preso no baú das minhas delícias, não sou dele mais, sou apenas uma moça que navega na imensidão das águas claras, procurando uma parte da infância, procurando outra metade. A tempestade é verdadeira agora e faz meu barco balançar de um lado para o outro, não tenho mais controle dele, nem de mim. 

O vento é forte, a tempestade me alcançou e agora faço parte dela... E ela consegue me atirar no mar gélido e sinistro, e agora faço parte dele, sou agora mais uma de suas ideias. E lentamente meu corpo se vai, feito um bailado em câmera lenta. 

E meu corpo cintila, vultos claros me envolvem, como se saíssem de dentro mim, saíam os medos e os pesadelos, saíam as sobras, os desamores... Acordei na praia. Um praia colorida, sua areia brilhava feito cristal. Paralisei-me, olhando minhas mãos transparentes... Uma música soava, igual aquelas caixinhas com bailarinas... E eu corria ao encontro da música, as folhas no chão corriam comigo, e eu brincava com elas e sorríamos, éramos crianças... E cada folha era um sorriso, e eu já não sabia se era uma criança correndo ou uma daquelas estranhas folhas. 

O mar já não existia dentro de mim, já não sentia saudade do monstro que tranquei, e já não lembrava da tempestade... Sou agora apenas uma rocha ou flor? Uma folhagem que corre ou abismo sem cor? Fumaça do vulcão ou música secreta? Sou a caixinha ou a criança tentando dar corda? Estou perdida na praia, não estou?! 

O sol queima na pele... Já é manhã dentro de mim. 
A tempestade me abraçara forte, sou agora uma moça perdida, tentando achar o caminho de volta pra casa.

Sulla Mino,

4º níver Midnigth Riders. Chácara Castelo em Sorocba-SP. Dias 02,03 /08/2014





















Aviador e Eu



Na rota dos acontecimentos,
meu plano era voar.
Sentir as estrelas bem perto,
E nas nuvens poder tocar.

Além das montanhas do sucesso,
muito acima do nível do mar.
Planar sob a floresta do zelo e
abastecer nas paradas de amar.

Em qualquer rota ou pousos suaves,
ele pilota com muita emoção,
e com decolagens bonitas e seguras
ganhou todo o meu coração.

Escalas para passear,
e um grande beijo poder roubar.
A fonia para uma declaração de amor,
lindas palavras à declamar.


O avião faz parte do Aviador,
Ele faz parte de mim,
E a história do Aviador e Eu,
É um brigadeiro de amor sem fim.




Contos que conto_ A Tempestade



Hoje a tempestade avança por dentro de mim. Rodopia por entre as minhas dúvidas, me assombra. Me sinto um caos! Um pedido soa longe: “socorro”! E gritos me atordoam... O pequeno barco já partiu do cais, agora minha viagem não tem volta. 

Minha jornada na solidão começa assim, apenas um cais vazio, sem acenos ou despedidas. Apenas vou, com meus farrapos na pele e minhas verdades não esclarecidas. Meu barco passará pelas insônias e pelos rios vermelhos, e acordarei na neblina dos meus próprios sonhos. Estúpida e mansa, como na infância... Tola e covarde, como na juventude. Apenas sigo, navegando no mar de ideias, tentando não naufragar nas agonias presas na garganta, apenas sussurrar tem sido meu escape, breves e pavorosos. Louca! Uma voz suave ao meu ouvido, toda noite. 

Louca? Acho que já não é tanta loucura assim que me mantém. Deixei meu monstro interior preso no baú das minhas delícias, não sou dele mais, sou apenas uma moça que navega na imensidão das águas claras, procurando uma parte da infância, procurando outra metade. 

A tempestade é verdadeira agora e faz meu barco balançar de um lado para o outro, não tenho mais controle dele, nem de mim. O vento é forte, a tempestade me alcançou e agora faço parte dela... E ela consegue me atirar no mar gélido e sinistro, e agora faço parte dele, sou agora mais uma de suas ideias. E lentamente meu corpo se vai, feito um bailado em câmera lenta. 

E meu corpo cintila, vultos claros me envolvem, como se saíssem de dentro mim, saíam os medos e os pesadelos, saíam as sobras, os desamores... Acordei na praia. Um praia  colorida, sua areia brilhava feito cristal. Paralisei-me, olhando minhas mãos transparentes... Uma música soava, igual aquelas caixinhas com bailarinas... E eu corria ao encontro da música, as folhas no chão corriam comigo, e eu brincava com elas e sorríamos, éramos crianças... E cada folha era um sorriso, e eu já não sabia se era uma criança correndo ou uma daquelas estranhas folhas. 

O mar já não existia dentro de mim, já não sentia saudade do monstro que tranquei, e já não lembrava da tempestade... Sou agora apenas uma rocha ou flor? Uma folhagem que corre ou abismo sem cor? Fumaça do vulcão ou música secreta? Sou a caixinha ou a criança tentando dar corda? Estou perdida na praia, não estou?! 

O sol queima na pele... Já é manhã dentro de mim. A tempestade me abraçara forte, sou agora uma moça perdida, tentando achar o caminho de volta pra casa.
Aos casados há muito tempo
aos que não casaram, aos que vão casar,
aos que acabaram de casar,
aos que pensam em se separar,
...aos que acabaram de se separar,
aos que pensam em voltar...

Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado
uma ótima posição no ranking das virtudes,
o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o coração
e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro,
babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa,
cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Tem algum médico aí???
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que?

O amor.
Mas não o amor mistificado,
que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho.
É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor,
assim como não existem três tipos de saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento,
seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido
e mulher não há laços de sangue,
a sedução tem que ser ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade,
qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza,
e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar
uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá.
Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento
exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto,
tem que haver muito mais do que amor,
e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios.
Alguma paciência... Amor, só, não basta.

Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras
que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos,
acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.

Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais,
rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos,
dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio
tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância,
vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu,
fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa,
necessariamente, fusão.
E que amar, 'solamente', não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia,
falta discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre,
mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós.

Feliz Aniversário à Mim_2014



 Em certa ocasião alguém perguntou a Galileu Galilei:
- Quantos anos tens?
- Oito ou dez, respondeu Galileo, em evidente contradição com sua barba branca.
E logo explicou:
Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais.

*Desconhecido

A Casa Nova By Johnny Souza




Como já diz o ditado “ Filho de peixe, peixinho é”, e eu acredito. Meu filho Johnny Santos, que esta semana completa 13 anos, um orgulho, gosta muito de ler e escrever. Fico atenta quando ele lê as histórias pra mim e um tanto boba também. Ele consegue dizer tantas coisas com poucas palavras, enquanto eu preciso de um “tantão” para sair alguma coisa. Estamos em um eterno aprendizado. 

De histórias, de tentar se soltar, temos tantas coisas guardadas, mais na hora de passar para o papel é que são elas. Dou valor a qualquer enredo. Gosto do entusiasmo da garotada na hora de escrever uma bela história e se certa ou não, com pouco conteúdo ou não, não importa muito, pra mim o que vale é a tentativa de criar, é soltar o verbo e deixar fluir a imaginação. Parabéns pelo texto desta vez e siga assim, nesta conquista entre você e a sua arte. E esta semana ele escreveu uma bem simpática, do jovem Lucas e sua namorada chata... Gostei de como ele revidou para a namorada. 

Que diz assim ó: “ Lucas, um jovem de 17 anos, saiu com a namorada para comprar uma casa, no caminho, Mariana perguntou: 
- Olha que mesa linda! Seis lugares, maravilhosa, vamos comprar esta mesa? 
- Claro, quando eu comprar a casa, compro esta mesa para nós. Indagou Lucas. E continuaram caminhando em direção à Imobiliária. Porém, não levou muito tempo, e mais uma vez surge outra pergunta: -- Meu Deus! Olhe só para este sofá! É grande e confortável! Vamos comprar? 
– Sim. Mais só quando comprarmos a casa, respondeu Lucas impaciente. Quando estavam chegando, Mariana chata como sempre foi, logo disse: 
- Olhe só este microondas! Que lindo! Nós precisamos comprar esse... - Chega! Disse Lucas morrendo de raiva. 
– Depois que eu comprar a casa, eu compro este maldito microondas pra você, está bem?! Para! Protestou Mariana. – Eu tenho o direito de querer. Você gostar ou não, é problema seu. 
– Ah é?! Tá bom então me desculpe. Disse Lucas sarcasticamente. Após finalmente terem comprado a casa, e todas as outras coisas que Mariana pediu, voltaram para casa. No caminho, encontraram uma garota linda, loira... E que corria para exercitar-se... E logo Lucas falou: 
- Olhe só que loira linda, magrinha...Eu quero uma dessas pra mim. 
– O que é isso? - Esqueceu que tem namorada? E Lucas rapidamente falou: 
- Eu tenho o direito de querer! Você gostar ou não, já é problema seu!” 


Por Johnny Souza

ESCRITOR E JORNALISTA FLÁVIO REZENDE LANÇA LIVRO_15 Julho 2014





Militando em diversas áreas como jornalismo, ativismo social e literatura, 
Flávio Rezende
​apresenta nesta terça, 15 de julho, das 19 às 22h, na livraria Saraiva do Natal Shopping, seu mais novo produto literário:
 "Quero que este livro vire um filme"
​.

     Este é seu
24º livro,
​programado para ser apresentado na 
data em que comemora seus 53 anos de
​vida
.
​ 
  
     O livro narra o desejo de um escritor de que um livro de sua autoria vire um filme e a partir dai ele descreve como se fosse o roteiro de uma película, uma estória em Nova Iorque, no futuro, com os EUA dominados por radicais cristãos. Um crime na 5ª Avenida desencadeia uma reação mundial e a trama ganha vida neste cenário.


​     O livro vai ser vendido por R$ 35,00 e, após o lançamento continuará exposto nas livrarias Saraiva do Midway e Natal Shopping e algumas cigarreiras de Natal.

O Infinito que me habita



O infinito me recebeu de braços abertos. 

Este infinito que tanto sonhei, de alguma forma almejei, na minha vida inteira. Uma flexão que mesmo sem rimas, não planejei como seria, determinei que fosse apenas me atirar, sem remorso. E tanto tempo se passou. Tive muitas dúvidas. Eu não estava  ainda pronta para cair, apenas me derrubei, sem querer. Meu corpo era fraco, delicado demais para se jogar, creio que simplesmente desisti de ser tão frágil e catar cacos seria mais reconfortante. 

E caindo, desajeitada e um tanto medrosa, fui recitando poesias mentalmente. E quando meu corpo virava, sentia mais forte um vento quente nas costas, aí abria meus olhos e contava as estrelas no céu. O céu estava lindo naquele momento. Seria o inferno ali? Daquele modo tão brilhante e bonito? Eu lembrava das palavras bíblicas. Todas. Não poderia ser meu castigo! Estou somente apreciando este infinito que me ronda. E seu abraço é um acalanto. Feito um Santo que me conforta, e me sinto vestida assim. 

E embora sinta que o fogo me queima, um fogo sinistro e forte, em tons alaranjados e azuis. Um fogo que arde em mim enquanto caio. E caindo vou me desfazendo... Feito cócegas na barriga, fogos de artifícios em noites de São João. Talvez o veneno que tomei esteja fazendo efeito, embora misturado com doses de amor. Este infinito que me habita. Ó doce momento das minhas madrugadas. Ó Senhor dos meus pesadelos mais secreto e estranhos. Estou realmente caindo, ou simplesmente sonhando outra vez? Este infinito que me beija, que se delicia de mim, e sinto-o feito pêssego em minha pele quente. 

O seu laço é apertado em minha garganta e dói e mesmo assim, me torno sua Deusa. Com poderes e forças embora finitas, me torno de alguma maneira forte e abstrata. Já não sou mais daqui, mesmo lentamente caindo em um infinito... Feito um enroscar em lençóis macios. E mesmo com minha armadura contra a sofreguidão, sinto meu lado mais escuro melhor, e que ganhara minhas lágrimas de prazer. 

Do meu sofrer. E por que sofro tanto com este cafajeste que me tomas as noites mais tranquilas? Este cavaleiro sem elmo e sem uma capa vermelha, muito menos um cavalo branco! Ó guerreiro sem escudo e honra, por que fazes isto comigo? Já tem o meu coração partido, o que mais queres de mim? Se tú es meu infinito, este doce tormento que habita em mim! 

Não deveria ter tirado a tampa deste poço maldito. 
A maldição da alucinação se apossa de mim. 
Sim, o infinito em mim sorri, enquanto vou morrendo de amor. 

Carta para Deus_5




Querido Deus,

Gostaria de agradecer por todos os meus dias, por hoje. E obrigada também por me conceder serenidade. Deus, por aqui as coisas não andam tão bem assim. Acho que o ser humano confundiu o que significa “ lutar para viver”. Estamos vivendo crises e tortuosos conflitos. Continuamos com a audácia e a insensatez, desequilibrados mentalmente, bichos do mato, retornando a era das cavernas... Cruel! Sofremos com a nossa condição, extraordinária. Por que somos tão estúpidos? Por que somos tão ordinários e cabruncos na arte de viver? E me pego pensando inutilmente em alguma artimanha, em fazer o povo mudar de ideias, mudar caminhos. 

Ó Deus! Estranhamente meus olhos cerros não conseguem ver além, e o que poderia fazer. Não sei o que fazer. Choro! Um choro descontrolado e triste. Estamos indo ao pó. Fazendo guerras, sangrando a alma humana. Ainda não matamos a fome e não cuidamos das crianças. Maltratamos idosos, roubamos e matamos por nada. Ainda existem drogados e não temos aparelhos nos hospitais, nem remédios, nem macas e nem médicos, na verdade, estamos sem hospitais também. 

Oh Deus, ainda ganhamos um salário mínimo e conseguir chegar ao nosso sonho é apenas um sonho distante, não podemos depender de transporte público aqui no Brasil, aéreo, ferroviário e marítimo... Nem sei mais o que realmente é bom, ou o que devemos aproveitar realmente. Mais 2013 foi um ano ruim não só para o mundo, o Brasil... Foi um ano ruim pra mim também, sei que tem algum motivo para isto e que vai melhorar, porque aguardo ansiosa a bonança, esta calmaria extrema pra mim e para a humanidade. 

Graças ó Deus! Não podemos reclamar tanto assim...Sei que portas abrirão e caminhos serão menos estreitos...Sei que melhoraremos nos contrabandos sujos desta vida e que a paz vai reinar, a bandeira branca será cravada no chão que não será mais tão árido assim. Creio e isto já basta. Grata pelas oportunidades que tivemos e desde já pelas próximas que surgirão.... Perdoe-nos ó Deus. 

Ainda não aprendemos a arte de viver, não entendemos ainda o que naturalmente deveríamos entender. Compreender ainda está muito acima das nossas expectativas... E agradeço pelas gotas de esperança... Estou enchendo-me, transbordando-me com elas. 

Anos passam... E cada vez mais me enriqueço na maneira que contemplo as estrelas, o sol, o céu inteiro que reina infinitamente dentro de mim.


By Sulla Mino
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