Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Pássaro Triste



Minha asa branca está quebrada. Oh Deus! Como poderei voar agora? Não poderei dar lindos rasantes por aí, e como poderei alimentar minha dor? A sensação no momento é de estar caindo do alto do prédio, não poderei bater fortes as minhas belas asas. Não quero beijar o chão, quero somente que estas correntes se quebrem, as correntes que minha memória retém. Se já um pássaro não posso ser... Não é fácil conviver com monstros. Eles estão por toda a parte! Tenho medo, e caminhar pelas ruas já não é prazeroso. Às vezes pássaro, às vezes menina. 

Deus, quando deixarei esta dor amena? Minha meiguice já não basta. Terei de ter um novo plano para viver. E viver tem sido meu fim, constantemente. O céu já não é tão azul, e já não admiro contar estrelas a noite. Apenas durmo. Durmo pássaro e acordo menina. Ou sou uma menina querendo ser pássaro? E já não é um sono tranquilo, os pesadelos atordoam. E pela manhã já não sou aquela menina feliz. Sou agora uma mísera jovem em busca de um novo caminho. 

Ou um Merro tentando ser Ícaro! E qual deverei seguir? Seguir não sei como, não posso voar. Um corvo solitário? Que não se despede... Já não sou aquele pássaro feliz. Não sou da paz e nem da guerra, já não tenho alma, nem canto, nem choro no dia-a-dia. O caos consome meu céu. Minhas asas já não voam mais, sou apenas um pássaro solitário e nada mais me define. 

Quero ser novo, quero ninho e colo. Sou uma ave de luto e já não me cabe viver. E pra que preciso voar? Pertenço a escuridão, a madrugada fria e isto me torna mais um ou uma coruja barulhenta da noite. Coruja agora sou? Faço parte do vazio, das noites. E aguardo uma manhã mais longa e quente. E assim consigo viver mais um dia. 

Minh’alma grita; um grito rouco e estúpido. Mais não canto! Era um tanto ela, um pouco de mim, éramos nós! Evolução plena, mesmo sem ninho. Cinzas. Asa quebrada. Dor infinita. Serei Fênix algum dia? Agora apenas uma ave desordenada e infeliz. Voltarei para a gaiola, lá consigo fingir ser alegre, embora tão triste. 

E nunca mais serei criança, nunca mais andarilha das ruas de barro, de chinelos rasgados... Nem serei fêmea, nem consigo mais ser uma doce menina... Agora só passarinho.

Reflexão



...Porque viver é meu melhor castigo...

(...)

REENCONTRO AO LUAR





Foi a Lua quem me disse:
Ela te espera, deixa de tolice rapaz!
Eu mesma desenhei a sua sombra
que se alonga tal que sua esperança.

Também fui eu quem fez brilhar
uma lágrima solitária,
carregada de amor e ternura,
que rolou preguiçosa e sofrida,
riscou silenciosa o seu rosto
e se escondeu entre os seios,
cheios da sua ausência,
que esperam, generosos, o seu amor.”

Então eu senti, como uma lufada de vento,
a minha chama se avivar,
pela sensação gostosa de ser amado,
de ouvir o amor sussurrado,
cantado pelo vento no meu ouvido,
da menina ávida de mim.
E do tamanho do seu fascínio
eu me dei conta, enfim.

E o meu barco rumou sereno,
apressando a lentidão do tempo,
trazendo seu homem de volta ao cais.

E, sob o olhar prateado da lua alcoviteira,
estreitei o seu corpo ao meu
e me fundi, feliz, com meu amor.


ahlanaC (Canalha)

Estive pensando nestes dias sobre canalhas. E também por coincidência passou um canalha em minha vida. Um não, vários! Como passa na vida de qualquer um, todo dia. Canalha, uma pessoa sem moral e verdadeiramente um patife. Canalha também é o rótulo que a sociedade dá ao homem que procura a mulher com finalidades outras que não os compromissos sócio-conjugais (namoro, casamento). Sedutor, possui habilidade para relaxar suas parceiras a ponto delas se sentirem desejadas por um homem que conhece a alma feminina e suas fragilidades. 

O canalha aparece quando a mulher deixa de se sentir especial pelo homem em questão. Tenho procurado uma definição para tal palavra e se poderia, de alguma formar, mudar este rótulo. Creio que não há! Desde que o indivíduo foi tachado por estas piores qualidades, não tem muito o que fazer mesmo. Adorei o texto do Jornalista Chico Garcia, que dia: O canalha não tem jeito mesmo. E nunca terá. Ele é o sociopata do amor. Inspira confiança e expira mentiras. E você, na falta de algo melhor, vai respirando esse ar sedutor. 

No alto dos seus 1,70m de mulher independente, forte e sedutora, você sempre acha que pode consertá-lo. Esqueça, você está apaixonada e o antídoto para o canalha é o desprezo. O canalha finge que não é um canalha. Posa de bom moço, carente, apaixonado e infeliz. E você acredita ser a salvação dessa alma perdida, depois de tantas desilusões amorosas. O canalha cria uma nova identidade, mas sem registro em cartório. Ele age por instinto, não sabe ser de outra forma. A sedução faz parte da sua sobrevivência emocional. Ele é uma fera e você o prato de comida. Mas ele tem um jeitinho tão meigo, uma conversa tão bacana, não é mesmo? O canalha é inteligente, sagaz, enigmático e te faz rir. Pronto, o cara perfeito. O único porém é que ele nunca será completamente seu. Amar um canalha é entrega sem devolução. A submissão é ingrata: revolta, mas apaixona. O canalha é o disfarce da conquista, máscara do engano. E é justamente isso que te encanta nele. Ele sorri em versos, fala em melodia e te decifra com os olhos. O canalha parece ter o manual de instruções para seduzir. E faz isso sem nenhuma força. Você consegue ver sensualidade nele caminhando na rua, tomando whisky, acendendo um cigarro e até dirigindo. 

O canalha nem bonito é, mas parece ter nascido para desafiar o seu bom gosto. Ele faz você escutar músicas que você nem sabia que existiam, faz você pesquisar textos e frases que traduzam o que você está sentindo. Faz você acordar de manhã e lembrar dele, pelo menos, na hora de passar o perfume. O canalha não pede, manda. Você adora e depois se odeia. Tenta escapar e horas depois, cai numa armadilha. Mas não fique triste, o canalha é o “teste drive” para qualquer corrida amorosa. É pré-requisito para as provas de amor. 

Toda mulher precisa de um bom e cruel canalha no seu caminho para encontrar o próprio valor. Somente depois de alguns meses mendigando atenção e se alimentando de mentiras cobertas por uma camada de ilusão, que você vai encontrar a correspondência do seu amor. Não nele, claro. Mas antes do coração achar o endereço certo para se apaixonar, é preciso primeiro ter garantias. É a conquista do chamado amor próprio. Amar um canalha faz parte da vida, é a construção de si mesma, leitura obrigatória para o vestibular sentimental que vem pela frente. 

Estar com um canalha é mais do que necessário. É gostoso”. Vivemos a “Era Canalha”, a verdade é esta. Não podemos rotular apenas os homens casados, e sim a sociedade, o mundo. E existem muitos tipos de canalhas. Por Bezerra da Silva: “ Canalha, tu é um verdadeiro canalha. Rapinou o dinheiro do povo, Saiu esbanjando. E fazendo bandalha”. Música dos Titãs: Não tarda nem falha. Apenas te espera. Num campo de batalha. É um grito que se espalha. É uma dor. É uma dor canalha. Que te dilacera. É um grito que se espalha. Também pudera. 

Canalha! No livro de crônicas do escritor gaúcho Fabrício Carpinejar, ele mostra que o canalha mantém seu charme sexual. Interessantes frases: “Quando eu penso que já conheci todos os babacas e canalhas do mundo, percebo que a espécie é infinita”. “E há mulheres tão canalhas que deveriam ter nascido homens”. E termino contemplando Millôr Fernandes : “Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos”. 

Mais será que a culpa é realmente inteira do canalha? Ele pode escolher o tipo que quer ser. E quando está completamente inteiro, pode ser você ou... Eu.


Moço

A vida passa correndo, eu sei. E realmente estou vivendo? Ou apenas remexendo os velhos baús de histórias? Decifrando as inúmeras palavras soltas e ignorando as que estão no ar... Deus é generoso, e embora eu seja apenas uma poetisa louca, com pele aveludada, uma errante singela e apaixonada, uma amante desnuda, escondendo amores perfumados, pensamentos que abocanham-me, feito gula infantil. Acelera-me o cio, fora de prumo, gritos roucos, atordoada de amor. 

Mas, minh’alma ainda debruçada na janela da solidão, eu nua, tentando atrair o moço bonito do outro lado da rua. E penso como seria nós dois abraçados e fadigados... Sem razão, feito andar nos trilhos, enamorados. Isto seria uma alegria macia, me arrepia a nuca em pensar, numa intensa ansiedade, feito jogo provocante, e sigo extasiada neste fervor absoluto... Neste querer de enredos breves e suor derramado no corpo. Mais agora só penso nos beijos quentes, nas mãos tateando minhas curvas e uma simples taça de vinho sobre a mesa. 

E embriagada deste sonho pouco, que estreita minha tristeza, tento não dormir sobre a colcha colorida da solidão, porque agora tenho sede e não quero a insônia e seu veneno estúpido, sinto-me encharcada de volúpias sem fim, em mim, delicadamente... E banhada, feito flor que se abre na primavera e perfuma pedestres na calçada, sigo pulverizando um sabor carente, delírios... Numa cadeia frenética, exalando minhas agonias, e desatando todos os meus desafetos, pétala por pétala, todos os tesões e palavrões da minha língua afiada e doce. 

E os restos de mim, os espinhos sangrentos, enrosco em meus passos, antes miúdos e agora apressados na noite que aponta na minha janela. Isto sim é amor! Porque me dói inteira. Porque ainda estou faminta de calafrios, porque ainda sou abelha sem mel. Isto é loucura! Disto também sei. Porque me delicio nas frases perversas de desamor. E um simples café pela manhã já não basta, não me desperta para o dia, e lampejos de solidão ainda me encontram, tento me esconder e não sei onde, viajar para fora de mim é inútil. 

O moço já se foi? Me lambuzo com medos bobos e me disfarço com qualquer motivo, porque agora sou o fracasso. Torname-ei sã, deixando meu eu antiga ir embora, e prefiro a liberdade serena, fitando apenas um gozo tosco e fora de moda. Porque estou à flor da pele. Porque não quero derramar lágrimas na minha pele jovem novamente. Amor... Amor... Amor... 

O refrão da música soa repetidamente em minha memória, feito lembrete tatuado na palma da mão. Vou continuar o remendo no pobre coração que ainda me resta, enquanto aguardo o moço voltar.

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, uma história de amor.

No meio da vasta e prestigiada obra literária do escritor Jorge Amado, encontra-se esta joia rara que só poderia ter surgido em um momento muito especial de sua vida. Trata-se de uma história de amor criada especialmente para presentear seu filho, João Jorge, no seu primeiro aniversário, em 1948. Jorge Amado morava em Paris com a mulher, Zélia Gatai, e o garotinho. 
Colocado no meio das bagulhadas infantis, o texto se perdeu e só reapareceu em 1976. Foi quando o artista plástico Carybé o leu, e resolveu ilustrá-lo. Diante disso, Jorge Amado cedeu aos pedidos e publicou sua obra secreta. Carybé foi um pintor, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, muralista, pesquisador, historiador e jornalista argentino naturalizado e radicado no Brasil. Durante a época que morou no Rio de Janeiro, foi escoteiro. Lá, era costume cada um ser identificado por um nome de peixe e ele recebeu o seu apelido (nome de um tipo de piranha). 
É a história de um romance impossível, uma paixão avassaladora e fatal entre um gato malhado, tido como um ser mal e egoísta, e uma andorinha alegre e vibrante, que arrasa corações por onde passa. Um amor fadado a terminar mal.. Uma história que o Vento contou para a Manhã, que teve de contar para o Tempo para ganhar uma rosa azul, e toda criança merece conhecer. Toda criança e todo adulto também. O temperamento do Gato Malhado não era nada bom: bastava aparecer no parque para todos fugirem. E ele ia tocando a vida com a indiferença habitual. Até que, chegada a primavera, o Gato nota que a Andorinha Sinhá não tem receio algum dele. Foi o suficiente para que dali nascesse a amizade dos dois, que se aprofunda com o tempo. 
No outono, os bichos já viam o Gato com outros olhos, achando que talvez ele não fosse tão ruim e perigoso, uma vez que passara toda a primavera e o verão sem aprontar. Durante esse tempo, até soneto o Gato escreveu. E confessou à Andorinha: Se eu não fosse um gato, te pediria para casares comigo. Mas o amor entre os dois é proibido,não só porque o Gato é visto com desconfiança, mas também porque a Andorinha está prometida ao Rouxinol. 
Jorge Amado colheu essa história de amor de uma trova do poeta Estêvão da Escuna, que a costumava recitar no Mercado das Sete Portas, em Salvador, e a colocou no papel com o tom fabular dos contos infanto-juvenis. A história é um universo de afeições e toca diretamente no problema do preconceito e da intolerância. E, apesar de tudo, traz a mensagem positiva de que amar vale a pena. Personagens que condenam o amor impossível...A moral deste livro é que o mundo só vai avançar e ser melhor quando as pessoas aceitarem as suas diferenças, sejam elas raciais, sociais, educativas... 
“O mundo só vai prestar Para nele se viver No dia em que a gente ver Um gato maltês casar Com uma alegre andorinha Saindo os dois a voar O noivo e sua noivinha Dom Gato e Dona Andorinha”. Uma fábula na verdade, sobre o amor impossível de um gato solitário. E se o gato fosse você? O livro é extraordinário, um desencadear magnífico do amor e à evolução que este sentimento vai sofrendo, as alterações comportamentais que vai provocando nos seus protagonistas ao longo das quatro estações do ano. 
O livro encanta e mostra que nem sempre existe um final feliz. Amei!



Solidão


A solidão ainda é fria, sinto esta velha amiga tão ardente dentro de mim. As paredes da casa vazias me envolvem, e abasteço-me de tragos do passado e singelos goles de lembranças, todas elas... E eu que achava que o amor fazia parte de mim, me enganei profundamente, novamente. Então embriago-me, mesmo sem vinho bom, apenas um teatro febril com a taça vazia na mão. 

Estou presa no calabouço das minhas delícias, dos pesadelos que sempre consumiram a minh’alma; e ela grita... Grita em tons agudos, atordoando-me. Ficarei presa no meu próprio conto de fada? Estou presa na história de princesa que um dia me deleitei, e não há príncipe e nem sapo. Palavras malditas estão presas na garganta, feto nó apertado... A solidão é capaz de coisas assim, estúpidas... Entra de mansinho e depois não quer ir embora. E quando vai, nem adeus ou um aceno bobo, somente deixa marcas, sofreguidão e desespero. Queria um basta! Desejo poder dormir tranquila, desejo olhar-me no espelho sem um olhar triste e amargo. Desejo não sentir este desamor que nutri minha agonia. Desejo não sentir este dessabor suave e gentil. 

O mostro sombrio que adormecia dentro de mim acordou e sente fome, sente sede. Sente raiva também! Tentei dobrar meus desejos, e redobrar meu amor, feito origami... Até tentei ajustes e prumos para salvar o que já havia se perdido, e papel quando amassado uma vez, nunca mais se torna igual. “A criação e a destruição são processos interdependentes, existe uma ausência de vida na escuridão da terra que recebe os mortos, mas também é a terra escura que abriga e promove o desabrochar das sementes, que renascem - assim como os mortos nela enterrados - para uma Nova Vida”. A minha solidão ainda é imatura, e aguardo tranquilamente que nos tornemos verdadeiras. E espero ansiosamente que ela me torne uma outra pessoa, que me torne artista, e com esta terapia tão lúcida entre nós, que eu me torne muito mais que meros rascunhos e rabiscos tolos. 

Quero ser guerreira e engajar com avidez no meu melhor combate, nesta deliciosa guerra que é o viver. Apesar de querer tanto lutar na guerra, queria mesmo, somente paz. Não paz de hastear uma bandeira... Queria não ter dentro de mim estas coisas todas que sinto agora. Este turbilhão de coisas inúteis em minha volta, estas gargalhadas falsas. 

Quero colo! “Sou uma gota d’água, sou um grão de areia”

Pedra




A pedra rola de um lado para outro,
tropeço, caio...

Num estalar de dedos tiro o segundo lugar,
meu pensamento tarda.

Eu falho, corro, grito.

Corro.


A pedra cai, rolo.

Cha Cha Cha



Considera-se que este estilo de dança teve inicio em Havanna-Cuba, em 1951 , tornando-se uma mistura de ritmos Africano com a guitarra espanhola chamado “mambo-rumba”. Foi criado a partir do barulho que os dançarinos faziam nas pistas de dança. Cha-cha-cha é o nome de uma dança latino-americana riginária do México,12 construída sobre a música de mesmo nome. É considerada uma variação do mambo. Na dança de salão é popularmente chamado por cha-cha

Com origens cubanas, o Chá-Chá-Chá pode muito bem ter sido a primeira dança pop de que há memória, devido ao seu carácter divertido, alegre e muito dinâmico. Relativamente fácil de aprender, o Chá-Chá-Chá pode ser dançado por qualquer pessoa, não exigindo obrigatoriamente um homem e uma mulher, como muitas outras danças. 

Existem três tipos de Chá-Chá-Chá: o cubano e a dança original, é marcada por um ritmo mais lento e sensual, mas por vezes complexo; o Internacional, que integra as competições de danças de salão, sendo mais energético e contínuo; e ainda o Country/Western ou o Latin Street que, adoptando ritmos mais rápidos e soltos, é também mais inovador. normalmente latina, latina-rock ou pop-latina – ganhou vida própria ao servir de inspiração para muitas estrelas musicais do passado e presente, ecoando hoje nos tops da música latino-americana onde constam nomes como Ricky Martin

Um atento: Na cultura da dança de salão, em um evento social de dança, não se deve recusar um convite de alguém para dançar, e nem ter ciúmes se alguém chamar o parceiro para dançar. Dentro dessa cultura, é considerado um ato de educação um homem circular pelo salão e dançar com todo mundo. Extremamente contagiante e bem-disposta, o ritmo de forte percussão que domina o Chá-Chá-Chá é um convite para saltar para a pista, onde se ouvem instrumentos como timbales, bongos, congas e o badalo. Música maestro… Toca a Chá-Chá-Chá. “... Ya nadie la mira, Ya nadie Ya nadie la mira, Ya nadie suspira, Ya sus almohaditas... Nadie las quiere apreciar. Cha cha cha. Cha cha cha. Es un baile sin igual…” Vamos que vamos!

A Cabana



A Cabana é um livro escrito pelo canadense William P. Young, lançado originalmente em 2007, primeiro lugar dos mais vendidos do The New York Times e desde então já vendeu dois milhões de cópias, foi publicado em português pela primeira vez em 2008. O livro, que se tornou um best-seller desde seu primeiro lançamento não foi escrito para ser publicado, conta o autor.

A história havia sido criada como um presente que Young imprimiu para 15 amigos no natal de 2005. Young afirma que muito da história tem a ver com sua própria experiência de vida e que escreveu o livro em uma ocasião que "ele próprio precisava de consolo". "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você, tanto quanto ele.
Vivemos em um mundo cruel, temos marcas e tristezas de “coisas” que nos aconteceram no passado, este livro governa nossa leitura como uma oração e pode mudar nossa vida, como mudou completamente a de Mack.

“Quem não duvidaria ao ouvir um homem afirmar que passou um fim de semana com Deus e, ainda mais, em uma cabana?”. Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada. 
Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. 



 Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Até hoje me pergunto o que eu faria se recebesse um bilhete de Deus para um encontro, acharia primeiro não ser verdade, Deus não mandaria um simples bilhete... Como eu me comportaria diante de Deus, Jesus e o Espírito Santo? E você caro leitor, como reagiria? 

“Se formos como pássaro, cuja natureza é voar, mas se optássemos somente por andarmos e permanecermos no chão. Não deixamos de ser pássaro, mas isso altera significantemente nossa existência de vida”. Vida, morte, fé. “Este livro é sensivelmente transformador”

Sulla Mino,

Filho da Lua

Ela estava lá, bem distante de casa, sentada embaixo daquela grande árvore sinistra, o seu pulso pedindo um basta, um final, com o olhar triste e cabisbaixo, uma tamanha solidão em meio aos devaneios sofridos, sua visagem como a melhor companhia naquele instante.

A dor não doía tanto e nunca conseguira entender a sensação tão intensa nestes anos todos, a lástima de uma paixão avassaladora que corrói na veia sem nunca ter amado, que desgasta os sorrisos poucos e falsos ao mundo, a puberdade chegara e as dúvidas eram muitas, sensações intermináveis, como o começo de um parto natural. Não, ela não é uma jovem tristonha e carente de amor, as lamúrias são canções que ela mesma criou no seu obscuro prazer. A grande árvore já não tem folhas nem flores, somente galhos secos e fracos. 

A belatriz aguarda a noite cair no seu corpo pálido e virgem, o soprar do vento forte do cair da tarde, o sereno misterioso, o frio manso e calmoso. É assim que ela aguarda a chegada da lua no céu escuro, hoje ela será cheia e brilhante. É assim mesmo que ela renasce, a moça ganha mais poder para continuar aqui, neste globo que chamam de Terra, este imenso espelho, seu pavor. A noite chega feito um cavalo, calopando no seu passo ordinário em direção daquela árvore seca e velha. E o ato de ligação sucumbe e não há como ceder aos esforços, morrer é necessário. 

Esta volúpia extrema, apenas uma noite do ano se faz necessária assim, sem dor, copular ao sangue de uma besta humana. A noite penumbral rouba um pouco de vida e ali mesmo naquele campo que divide o tempo e o medo, nasce mais um órfão de pai, fora cuspido do espelho pela lua maldita, os lobos uivam celebrando... Miriam agora é apenas um zumbi, filha do demônio plantado na grande árvore e do seu ventre saíra o filho da lua. 

Ela já não é mais uma simples virgem, seu pecado agora está latente e a morte se encontrará com ela novamente próximo ano. O dia amanhece, a árvore seca e velha continua erguida sob a luz do sol delicado. O menino chora, o cesto fora colocado no limiar da casa da velha, a anciã do vilarejo macabro, a morte caduca.

Samba de Gafieira



O samba de gafieira é um estilo de dança de salão derivado do maxixe, dançado no inicio do século XIX. O maxixe foi a primeira dança urbana, a dois, que apareceu no Brasil, não era atrelada a nenhum ritmo, era dançado nas ruas do Rio de janeiro em 1875, mais depois foi dançado ao som de vários gêneros brasileiros baseados no tango. Na verdade, a dança era utilizada para distrair a corte e hoje em dia é um estilo de vida. 

E falar em samba não tem como lembrar da sua malandragem e elegância, o dito "malandro" sempre protege sua dama, dando a ela espaço para que ela possa se exibir para ele e para o baile inteiro ao seu redor e, ao mesmo tempo, impedindo uma aproximação de qualquer outro homem para puxá-la para dançar. Daí também a atitude de se sambar com os braços abertos, como se fosse dar um abraço, além de entrar no ritmo da música, proteger sua dama. É o nosso samba de salão brasileiro, matriz carioca, popularmente denominado de Samba de Gafieira, predominante na cidade do Rio de Janeiro, que constitui referência atual das danças de salão no Brasil. 

Pode-se dizer que no meio da dança de salão de São Paulo e Rio de Janeiro o samba de gafieira é o gênero mais dançado atualmente. Gafieira é o local onde por volta do fim do século 19, tradicionalmente as classes mais humildes podiam frequentar para praticar a dança de casal, ou dança de salão. A gafieira é uma das misturas que saiu do samba, porém diferentemente dessa manifestação popular, a gafieira tem um código de ética, onde predomina a elegância e o respeito, mantendo em vigor a malandragem e a magia da boemia. A procura pelo gênero tem aumentado sensivelmente desde meados da década de 90. Novos estilos foram criados, porém percebe-se que atualmente há uma tendência da mescla da modernidade com o samba de gafieira tradicional. 

Antes era o Batuque, dado como dança, um ritmo que os africanos mostravam sua cultura, era um tipo de dança de roda, acompanhada por palmas e eles chamavam de umbigada, no dialeto luanda, esta seria uma denominação genética e histórica. Existem as ramificações deste estilo, como: samba breque, samba no pé, samba de bossa nova, samba reggae, samba funk, samba rock... Todos com seus estilos, passos e mudanças ao longo do tempo. Com a vinda dos escravos da áfrica para o brasil, com eles vieram suas músicas e suas danças e , ao que tudo indica foi na bahia onde começaram as primeiras sessões de samba, ou seja danças de negros, sagradas e profanas. 

Desde o século XVII já se dançava ao ar livre, danças de origem provavelmente portuguesa, que com a influência negra deu origem a danças rurais que recebiam o nome de xiba, no Rio de Janeiro, cateretê,em Minas Gerais e fandango nos estados do sul. Uma curiosidade na história deste estilo de dança de salão é que tem origem nos bailes das cortes reais europeias, tomando forma na corte do rei Luis XIV, na França. É possível que o abraço lateral venha do fato de que, na época, os soldados carregavam a espada do lado esquerdo. “Não deixa o samba morrer...” Vamos que vamos!




O Grande Dragão --> By Johnny Souza



Mais um belíssimo conto do jovem de 13 anos, aluno do oitavo ano do Colégio São Paulo, Johnny Souza, meu filho mais novo e com um gosto incrível e textos maravilhosos. O conto deste mês é sobre dragões. Sabemos que os Dragos são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. Há histórias de dragões por todo o mundo, ele também pode ser um símbolo positivo em muitas culturas, como guardiões de tesouros ocultos e da imortalidade. 

Junto com o Unicórnio, a Fênix e a Tartaruga, era considerado um dos quatro primeiros animais que ajudaram na criação do mundo. Existem muitos significados e cores, por exemplos: O dragão Azul: Augúrio do Verão e Vermelho eram bestas ferozes cujas lutas causavam tempestades e outros desastres naturais. 

E conto do Johnny é assim: “Os humanos, além de diplomatas e muito inteligentes, são muito ambiciosos. Sempre buscando conforto e glória, achando que podem escolher o mundo que irão viver, fazendo regras e que um dia não irão se arrepender. Um dia, a cidade inteira foi ao encontro do Rei Varian Wrynn, todos pedindo que o rei fizesse alguma coisa para conter os ataques dos Ogros, os monstruosos Orcs. A cidade StormWind, é uma cidade vigorosa, embora nos últimos tempos vem sofrendo ataques terríveis. O exército do rei já não era o suficiente para conter tantos ataques, porque toda vez que um soldado era morto por Ogros, renascia como renegado, aliados dos Ogros mais velhos, e o povo de Storm não sabia desta crença, desta maldição aos jovens que se alistavam para a guerra. 

 O povo não entendia o porque dos soldados não retornarem das batalhas, achavam que os soldados eram aprisionados na bastilha Órquica e que o rei não queria resgatá-los. Varian após o último ataque, não podia mais ser chamado de rei, foi preso por não ter a capacidade de proteger seu povo. O chefe da guarda pela manhã perguntou a Varian: - Meu amigo, você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo? - Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. Respondia Varian. 

Quando chegou o dia da execução do rei, ele caminhava lentamente para a forca, quando o capitão da guarda novamente perguntou: - Você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo? E Varian outra vez respondeu. Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. De repente uma grande explosão tomou conta de uma parte da cidade. Os guardas levaram o rei para a cela novamente e foram averiguar o ocorrido. 

Era um grande dragão, com cortes por todo o corpo, com várias placas de metal sobre a pele, assim como no queixo, e seu corpo era quente como lava. Incendiava a floresta e destruía as casas, e estava indo em direção ao castelo. E quando estava preste a atacar o capitão, um grande dragão azul ataca o dragão vermelho, afastando-o para longe e assim protegendo toda a StormWind. 

Depois deste conflito, o grande dragão azul, fala ao povo: - Hoje usei toda minha força para protege-los! - E voou para longe. O capitão olhou para a prisão, viu destruída e desmaiou”...

Ser Humano - Parte I


Ser Humano (Being Human) é uma série de televisão transmitida pela Syfy nos EUA e pela Space no Canadá. É baseada na série britânica de mesmo nome feita pela BBC. A série gira em torno de três colegas de quarto que parecem estar nos seus vinte anos, que tentam viver uma vida normal apesar de serem um vampiro, um lobisomem e um fantasma. Os personagens sendo interpretados pelos talentosos Samuel Witwer como Aidan McCollin - o vampiro, Sam Huntington como Josh Radcliff - o lobisomem e Meaghan Rath como Sally Andrews - a fantasma. 
O destino se encarregou de unir três criaturas que ninguém pensaria que poderiam viver sob o mesmo teto. Com passados e características diferentes, o que une esses três improváveis amigos é a vontade de viver como humanos — uma espécie da qual eles não fazem mais parte. Humor e drama se misturam em suas vidas, enquanto os amigos tentam se adaptar às suas condições, ao mesmo tempo em que querem viver como pessoas “normais”, e ainda devem enfrentar seus inimigos também sobrenaturais. 
Por que falar da série? As vastas palavras narradas em cada episódio faz a gente refletir na nossa existência, nos nossos próprios dramas e aflições. Também sou capaz de achar que realmente carregamos um tipo de monstro por dentro, não necessariamente com dentes afiados, um bebedor de sangue ou um canino que corre nu pela floresta, mas um monstro tão assustador quanto eles. Podemos listar muitos exemplos, como um assassino em série, um político corrupto, um estuprador... Hitler, Jack Estripador, Henri Lee Lucas, Jefrey Dahmer... E monstros têm medos, se escondem e durante tempos e tempos esperam uma oportunidade. Se formos listar psicóticos desde o século 17 seria um enorme livro. E o que realmente escondemos dentro de nós? O que realmente somos? No que nos transformamos desde tempos remotos? O primeiro episódio desta belíssima série, nos faz pensar no que somos. Se aceitamos ou não. E no que fazer com nossa escolha. A gente vive em busca de respostas... Será que estamos fazendo as perguntas certas? Se podemos nos transformar em algo diferente, o que fazer com tal fato?. “Todos nós escondemos algo, não é mesmo? Da hora que acordamos, olhamos no espelho, tudo o que fazemos é construir nossas mentiras. Encolher a barriga, pintar o cabelo, tirar a aliança do dedo. 
E por que não? Qual é a penalidade? Quais são as consequências?. “Sou apenas humano”, vocês dizem, e tudo é perdoado. E se alguma fatalidade o transformasse em outra coisa, algo diferente? Quem perdoaria você? Byron escreveu sobre Prometeu. “A eternidade és teu dom miserável, e tens que suportá-lo”... “Fazendo da morte uma vitória”. A vida é uma série de escolhas, a morte é a mesma coisa. Não para os que estão preparados. 
Eles aceitam seu destino, seguem em frente. Para o resto de nós, nós prolongamos. Depois que os vivos oram e jogam terras em nossos caixões, ainda estamos esperando, porque para alguns de nós, há uma questão maior...O que sou agora? Para onde vou daqui? Nos encontramos em um “lugar nenhum” eterno. 
Entre humano...E algo. Monstros. Alguns desses monstros escolhem simplesmente aceitar no que se transformaram. Alguns não. O que nos deixa com a escolha mais importante. Você aceita o que é? Ou recusa? E qual é a verdadeira maldição?”. Então podemos pensar que somos amaldiçoados, de alguma forma não definida ou preparada. Somos realmente aptos para sermos o que somos? Qual seria o melhor caminho para trilhar? 
Existe uma verdade ou mentira no trajeto? Neste percurso divino e infinito de “ser ou não ser”. Vamos refletir!





CONTINUA...

Por Cecília Meireles

Cecília Meireles
Recolhida, tímida, deslumbrada, me debruçava no mistério das palavras e do mundo. Queria saber, mas tinha imenso pudor de confessar minha ignorância.

Amar _Drummond


Que pode uma criatura senão entre criaturas, amar?
Amar e esquecer?
Amar e malamar
Amar, desamar e amar
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
Sozinho, em rotação universal,
se não rodar também, e amar?
Amar o que o mar trás a praia,
O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amor inóspito, o áspero
Um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte,
e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este é o nosso destino:
amor sem conta, distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor
Amar a nossa mesma falta de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito e a sede infinita.

O Grande Dragão By Johnny Souza


Os humanos, além de diplomatas e muito inteligentes, são muito ambiciosos. Sempre buscando conforto e glória, achando que podem escolher o mundo que irão viver, fazendo regras em que um dia não irão se arrepender.
Um dia, a cidade inteira foi ao encontro do Rei Varian Wrynn, todos pedindo que o rei fizesse alguma coisa para conter os ataques dos Ogros, os monstruosos Orcs.
A cidade StormWind, é uma cidade vigorosa, embora nos últimos tempos vem sofrendo ataques terríveis. O exército do rei já não era o suficiente para conter tantos ataques, porque toda vez que um soldado era morto por Ogros, renascia como renegado, aliados dos Ogros mais velhos, e o povo de Storm não sabia desta crença, desta maldição aos jovens que se alistavam para a guerra.
O povo não entendia o porque dos soldados não retornarem das batalhas, achavam que os soldados eram aprisionados na bastilha Orquica e que o rei não queria resgatá-los.
Varian após o último ataque, não podia mais ser chamado de rei, foi preso por não ter a capacidade de proteger seu povo. O chefe da guarda pela manhã perguntou a Varian:
- Meu amigo, você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo?
- Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo. Respondia Varian.
Quando chegou o dia da execução do rei, ele caminhava lentamente para a forca, quando o capitão da guarda novamente perguntou:
- Você não acha que poderia ter feito mais pelo seu povo?
E Varian outra vez respondeu. Um dia, usarei toda a minha força para protege-los, inclusive você, velho amigo.
De repente uma grande explosão tomou conta de uma parte da cidade. Os guardas levaram o rei para a cela novamente e foram averiguar o ocorrido.
Era um grande dragão, com cortes por todo o corpo, com várias placas de metal sobre a pele, assim como no queixo, e seu corpo era quente como lava. Incendiava a floresta e destruía as casas, e estava indo em direção ao castelo. E quando estava preste a atacar o capitão, um grande dragão azul ataca o dragão vermelho, afastando-o para longe e assim protegendo toda a StormWind. Depois deste conflito, o grande dragão azul, fala ao povo:
- Hoje usei toda minha força para protege-los! - E voou para longe.
O capitão olhou para a prisão, viu destruída e desmaiou...


Amigas?!


2014, um ano inovador e cheio de surpresas... Tem-se cumprido esta frase em meus dias. Tenho amigas igual a pote de vitamina, de A a Z. A vitamina te faz bem, é boa até para os ossos, mais amiga... Nem sempre é o melhor remédio. A gente acha que conhece as pessoas, estamos tão enganados! E acho que realmente não estamos prontos para perdas, seja ela qual for. Perdi uma pessoa querida, não de morte morrida ou matada, perdi instantaneamente... Anos de momentos bons e de repente, que nem miojo preparado em noite de sábado, ela se foi... Mentalmente. 

O pior da história toda, de nossas vidas, é que não fizemos nada uma a outra, apenas paguei um preço, por ser amiga também de outras pessoas, e estas outras pessoas que hoje não são mais amigas dela, da amiga que mentalmente perdi. Como não ficar triste? Tenho amigas que conquistei e que fazem 20, 10 anos de convívio, não dia-a-dia mais, porque sou uma eterna andarilha, ainda bem que o poder da tecnologia me abraça firmemente, mais eu as tenho e cumpro meu dever de amiga, sempre. Outras amigas conquistei tem pouco tempo, 03...04 anos...E mesmo não podendo nos ver sempre, sempre que podemos tomamos um café, trocamos mensagens no Whatsapp ou fotos pelo Facebook, mais eu as tenho e com muito carinho preservo-as. 

Então, esta amiga que se distanciou de mim, era uma dessas de 03 anos, trocávamos figurinhas e tricotávamos e sempre numa oportunidade nos víamos pessoalmente e era legal, embora um errinho aqui e outro ali, era legal, risadas eram certas... Nunca tinha perdido uma pessoa desta forma, sem explicação ou justificativas... Sem adeus ou um por quê para tal situação. Por que me sinto triste? Sempre achei que poderíamos mudar as coisas, acertar os erros, dar ideias as coisas desajustadas... Percebi que não, não somos aptos para tais coisas, acho que não deveríamos investir tanto, porque a dor é muita, mesmo sabendo que apenas alguns quilômetros nos separam, sinto em nossa mente este espaço é muito maior, é uma lacuna eterna, um abismo de interrogações! 

E o abismo é escuro, e seus ecos apavoram, trazem à tona lágrimas tristes e pensamentos menores... Mais aprendi também, nesta vida de labuta diária, que devemos continuar, outros momentos surgem, outros amigos são conquistados e outras lembranças preenchem espaços mortos. Perdoo este episódio em minha vida, perdoo a amiga que se foi, se não me olhou nos olhos ou não aceitou uma xícara de café e um proseado, mesmo que poético, não valia à pena. 

Sei esquecer quem me fez mal, mais jamais esqueço quem realmente me faz bem, e hoje me sinto tão acalentada, que nem preciso dos meus amigos irreais, os poucos reais me bastam! Remediada estou.


Solidão


A solidão ainda é fria, sinto esta velha amiga tão ardente dentro de mim. As paredes da casa vazias me envolvem, e abasteço-me de tragos do passado e singelos goles de lembranças, todas elas... E eu que achava que o amor fazia parte de mim, me enganei profundamente, novamente. Então embriago-me, mesmo sem vinho bom, apenas um teatro febril com a taça vazia na mão. 

Estou presa no calabouço das minhas delícias, dos pesadelos que sempre consumiram a minh’alma; e ela grita... Grita em tons agudos, atordoando-me. Ficarei presa no meu próprio conto de fada? Estou presa na história de princesa que um dia me deleitei, e não há príncipe e nem sapo. Palavras malditas estão presas na garganta, feto nó apertado... A solidão é capaz de coisas assim, estúpidas... Entra de mansinho e depois não quer ir embora. E quando vai, nem adeus ou um aceno bobo, somente deixa marcas, sofreguidão e desespero. 

Queria um basta! Desejo poder dormir tranquila, desejo olhar-me no espelho sem um olhar triste e amargo. Desejo não sentir este desamor que nutri minha agonia. Desejo não sentir este dessabor suave e gentil. O monstro sombrio que adormecia dentro de mim acordou e sente fome, sente sede. Sente raiva também! Tentei dobrar meus desejos, e redobrar meu amor, feito origami... Até tentei ajustes e prumos para salvar o que já havia se perdido, e papel quando amassado uma vez, nunca mais se torna igual. 

“A criação e a destruição são processos interdependentes, existe uma ausência de vida na escuridão da terra que recebe os mortos, mas também é a terra escura que abriga e promove o desabrochar das sementes, que renascem - assim como os mortos nela enterrados - para uma Nova Vida”. A minha solidão ainda é imatura, e aguardo tranquilamente que nos tornemos verdadeiras. E espero ansiosamente que ela me torne uma outra pessoa, que me torne artista, e com esta terapia tão lúcida entre nós, que eu me torne muito mais que meros rascunhos e rabiscos tolos. 

Quero ser guerreira e engajar com avidez no meu melhor combate, nesta deliciosa guerra que é o viver. Apesar de querer tanto lutar na guerra, queria mesmo, somente paz. Não paz de hastear uma bandeira... Queria não ter dentro de mim estas coisas todas que sinto agora. Este turbilhão de coisas inúteis em minha volta, estas gargalhadas falsas. 

Quero colo! “Sou uma gota d’água, sou um grão de areia”

Sonho de moça_Cordel Parte 1



Sou uma moça simples/Tenho um pouco de Pimentel/Nessa peleja quero rimar/Tão rápido feito um corcel. Sou poetisa afirmo/Mais não escrevo cordel. Vou tentar muito e caprichar /Jus a Francisco das Chagas Batista/Que era Editor e sabia inventar/Era nato e um verdadeiro artistaqDa xilogravura nem vou falar/Ele era o melhor Cordelista. /Esta história é muito nova/era o ano dois mil e seis/Já contaram a mesma história/É agora a minha vez/Já é tarde tá na hora/Escrevo assim: Era uma vez/Conheci um moço bom/Lá no Rio de Janeiro/Piloto de um bonito Baron/Mais tinha pouco dinheiro/Juntamos nossos trapos/E o nosso amor verdadeiro/Pra começar tudo do zero/Me convidou para outra cidade/Pra tentar tudo outra vez/Eu disse que eu não tinha idade/O rapaz outra vez pediu
Era pra nossa felicidade. /Deixei família e emprego/Amigos e toda cambada/O que seria de mim/Se eu não tivesse apaixonada?/O menino veio comigo/E deixei lá uma saudade danada. /O outro filho deixei com o pai/Só no começo foi isso/Doeu e sofri um bocado/Mais depois não pensei nisso/O filho vinha sempre me ver/Nas férias era o seu compromisso. Sou do Rio de Janeiro/E sei que lá não posso ficar/E toda vez que penso assim/Fico doida e vou chorar/Minha Terra é muito querida/Vou tentar a vida em outro lugar. Na mala do carro apenas/Poucas roupas e um celular/Poucas malas e lembranças/Os detalhes nem vou contar/Aquele Corsa vou valente/Disso vou sempre lembrar. Passamos por buracos no chão/Lombadas que vou te contar/As estradas muito esburacadas/Pro povo mesmo se lascar/Quase quebramos o carro/E o menino atrás só fazia chorar. Paramos para beber água/comprar milho e descansar/Será que Deus ouve a reza?/Perguntava o filho sem parar/A cidade é bem longe/Mais Deus está em todo lugar. Nem consegui fotografar/Todas s belezas que eu via/Nem vou parar para te agradar/O tal moço assim dizia/Tenho hora e dia pra chegar/Deixe isso pra outro dia. Fiquei com uma raiva danada/Um pouco triste e insatisfeita/Eu não mereço tudo isso/Queria uma viagem perfeita/Fotografar era minha sina/Queria estar satisfeita. A viagem era muito longa/E o cansaço mesmo de matar/E só o moço é que dirigia/Eu só sabia cantarolar/Mais a noite a gente parava/Para poder um pouco descansar. E não aguento nem lembrar/
daquela manhã do comprimido. Eita menino danado/Que pra tomar foi só no grito/Tive que dar uns safanões/Me arrependo admito. Depois de dias pela estrada/Chegamos em João Pessoa/Muita coisa pra se fazer/Não dá pra ficar a toa/Conheci toda família do moço/De gente fina a gente boa. A cidade é muito bonita/Mais aqui não vou ficar/Tem lindas e belas praias/É tudo de se encantar/Mais meu destino me aguarda/É lá em outro lugar. Ganhamos muitos Presentes/Jantar e um chá de panela
TV talheres e uns lençóis/Embrulhamos tudo com cautela/O caminhão ficou bem lotado/Esta ação sempre vou lembrar dela. E vamos nós outra vez /Pegar a estrada de novo/Ter muitas mudanças, talvez/Seguir nosso lance amoroso/Esquecer o passado ruim/E começar tudo com gosto. Dos lados apenas matos /Na frente apenas estrada/Céu limpo e nuvem rara/Estava ansiosa com a chegada/Conhecer esta Terra querida/Tão bem vista e bem falada. Pensei por um momento/Onde eu vou morar?/Parece o fim do mundo/Não vou me acostumar/Uma casa longe da outra/Aqui não é o meu lugar. A cidade que vos falo/Se chama Mossoró/Terra boa e querida/Vinda do índio Monxoró/Depois que a conheci/Virou pra sempre meu xodó. Terra de Santa Luzia/Do Petróleo e também do sal/Do Sol forte e de terra firmeqSua vista é colossal/Jamais esquecerei de ti/Minha segunda Terra Natal.

CONTINUA...




Sonho Acabado de Menina_Cordel Parte 2


A cidade é de muito linguajar/Coberta de muito esmero/muita cultura berço de cantadores /Grandes poetas assim espero/São tantos que não consigo listar/Assim minha tristeza supero. É lá que eu vou morarqnesta cidade porreta/Agora que eu vou mudar/Deixar de ser esta careta/Serei moça bem popularqVoar que nem borboleta. E chegando na cidade/Me assustei e foi um pavor/Não vi ninguém na rua/Nem menino nem doutor/Eu queria somente pedir/Uma informação por favor. Primeiro aluguei uma casa/Era pequena velha e vermelha/ Na calçada um velho bueiro /E muita brecha na telha/ Janela não se podia abrir/ Para não entrar abelha. Vendemos o nosso carrinho/ Foi uma grande decisão/ O moço me deu um anel/ E pediu a minha mão/ Prometeu que me dava carinho/ E todo amor do seu coração. Mudamos para outro bairro/ Muito melhor e casa boa/ Fiquei/ com isso muito feliz/ E dava risada a toa/ Eu e meu amor agora/ Pegamos uma nova proa. O bairro era o Bandeira Verde/ Próximo ao Menino Deus/ Johnny adorava o colégio/ E tinha o amigo Mateus/ Um ano moramos por ali/ E tivemos que dar adeus./ Mudamos de novo de bairro/ Era o Nova Betânia agora/ Um condomínio bem legalq Eu não queria ir embora/ Temos muitos amigos por lá. Mesmo o que ali sofri/ Enfrentando todo tormento/ Com todos aqueles mosquitos/ Já não tinha mais xingamento/ E os sapos e pererecas dali/Também não tinha argumento. E a bomba para puxar água/ Deste episódio preciso esquecer/ Era encaixes de tantos canos/ Não dava para compreender/ Como pode o povo brasileiro/ Passar tanta coisa e sofrer?. E chegou mais uma hora/Outra vez de casa mudar/ Arrumamos tudo que tinha/ Tudo que podia levar/ O caminhão era pequeno/ E nem tudo pude carregar. E as plantinhas do meu jardim/ Tive que dar para alguém/ Estas eu não pude levar/ O bairro era bem ..../ Pia o nome do lugar/ Se chamava era Dois vintém. E lá vivi mais um ano/ Numa casa amarela e pequenina/ Mais confesso eu gostava/ E era tudo o que eu tinha/ Sempre vou lembrar/ Era meu sonho de menina. A cidade é bem festeiraq Tudo se pode comemorar/ Tem São João verdadeiro/ E muito milho para assar/ E era assim o ano inteiro/ Eu ia sempre lá dançar/ Forró gostoso e baião/ Arrasta pé ritmo bom/ Típicas do povo de lá/ Você não fica a toa/ Qualquer coisa lá é boa/ Disso não podemos duvidar.

CONTINUA...



A MULHER DA MINHA VIDA By Mário Rezende



A mulher da minha vida

é aquela que guarda o seu amor para mim.

Que reluta em me dizer não

e diz que me ama para quem quiser ouvir.

Minha fêmea mesmo quando estou ausente

se oferece como meu preferido presente

e se entrega incondicionalmente.

A mulher que com muito orgulho

e prazer eu chamo de querida

porque é, entre todas,a mais bonita.

Não é somente o que me inspira,

é a própria poesia com harmonia construída.

A mulher bela que eu amo e desejo

pode ser recatada e tímida,

mas como eu gosto quando ela se despe da pudicícia,

me ama devassa, depravada, enlouquecida

e me consome na conjunção ensaiada,

realizada em perfeita comunhão

dentro de nós dois!

A mulher que eu amo me ofereceu a flor

que brotou e criou raiz,

 dela somos  gineceu e androceu,

e vai ficar, eternamente,

no meu corpo e na minha mente,

marcada como uma cicatriz.

Homens que Dançam


Quem disse que homem não dança?! “É ruim da cabeça ou doente do pé”. Quem disse que homem só pode Muay Thai, se engana profundamente. Homem pode dançar, e duvido quem nunca tentou pelo menos uns passinhos de Elvis Presley nas festinhas do colégio?!


A dança nasceu associada às práticas mágicas do homem, com o desenvolvimento da civilização. O homem dançava pela sobrevivência, dançava para a natureza em busca de mais alimentos, água e também em forma de agradecimento. A dança era quase um instinto e esses acontecimentos eram registrados nas paredes de cavernas em forma de desenhos. Homens dançam, por que não?! Desde tempos remotos o homem dança. 

O número de homens que buscam por aulas de dança cresceu e as mulheres agradecem. Segundo elas, eles ficam mais atraentes, a paquera é melhor... A dança embala o homem, muda o humor, se tornam charmosos, verdadeiros galãs, como os de Hollywood! Além de mudar o convívio com as pessoas, eleva a autoestima. O homem que dança já é um diferencial. Dançar é bom e faz bem. Arrisque um passo para cá e outro para lá...Assim vai sentir que pode ir mais além, um pouco mais em sua vida. A grande maioria dos homens tem vergonha em dançar... Nós mulheres, nos perguntamos o por quê disto. Vergonha faz parte de todos nós, é o início, quando se deixa abrir para novas oportunidades, as coisas tem uma grandeza incrível, você irá notar rapidamente as mudanças de dentro para fora e não vai mais querer parar, e incrivelmente nos tornamos melhores, capazes e apaixonados pela vida. Quando o homem perceber que dançar é um transporte para um tempo diferente, não vai querer parar e não entenderá porque tanto tempo deixou passar. 

Segundo o Professor de dança Diogo Couto, “homens que dançam, passam de um simples provedor para um de qualidade, onde aprende a conhecer o corpo e alma de uma mulher, podendo transformar uma simples dança em um divisor de águas do ser, do sentir e do realizar”. Traquejo é o que faz parte dos homens. Numa balada, por exemplo, um homem não precisa de bebida para tomar coragem e chegar em uma mulher, basta chamá-la para dançar que tudo se encaixa perfeitamente. Todos os povos, em todas as épocas e lugares dançaram. 

Dançaram para expressar revolta ou amor, reverenciar ou afastar deuses, mostrar força ou arrependimento, rezar, conquistar, distrair, enfim, viver.” Você se torna um homem de atitude! Não precisam ser um Fred Astaire na pista, basta se sentir livre. Um homem que dança nunca está só, se torna livre para o mundo lá fora e também nos braços acalentados de uma mulher. “Dançar é uma necessidade interior, muito mais próxima do campo espiritual que do físico, foi o que motivou o homem a dançar utilizando-se do movimento como um veículo para a liberação de sua vida interior”. “ Dançar provavelmente não é seu objetivo ao ir a uma festa, mas aprender a dançar bem é uma excelente arma de sedução”

“Mas não precisa ser forte ou algo assim. Pode ser baixinho, gordinho e com pouco talento em artes marciais. Mas precisa passar segurança ao entrelaçar os dedos nas nossas mãos, como se ali gritasse que tudo vai dar certo”
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