Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Carlos Drummond de Andrade * Reflexão


Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.


Nosso Lar

Nosso Lar é um dos livros psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier . Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. Nosso Lar obteve o primeiro lugar entre os dez melhores livros espíritas publicados no século XX. A novelista Ivani Ribeiro teve o livro Nosso lar entre suas bases para escrever a novela A viagem, que até agora teve produzidas duas versões, ambas com sucesso e impulsionando a venda de literatura relacionada ao tema. Baseado no livro, em 2010 é lançado o filme Nosso Lar , um filme de longa metragem brasileiro, dirigido e roteirizado por Wagner de Assis. O filme narra a vida de André Luiz que, ao despertar no Mundo Espiritual, se depara com criaturas assustadoras e sombrias vivendo, juntamente com ele, neste lugar escuro e sombrio. Além disso, ele também se assusta por perceber que apesar de ter "morrido" ele ainda continua vivo e ainda sente fome, sede, frio e outras sensações materiais. Após um longo período de sofrimento ele é recolhido dessa zona de sofrimento e purgação de falhas do passado por espíritos do bem e é levado para a Colônia Espiritual Nosso Lar, de onde surge o nome do filme. A partir desse momento ele começa a conhecer melhor a vida no além-túmulo e a aprender lições e adquirir conhecimentos que mudarão completamente o seu modo de enxergar a vida. Vale à pena conferir, independente de crença religiosa, o filme nos mostra que podemos ser mais, fazermos muito mais. A cena no umbral me assustou um pouco e desde então peço à Deus que eu consiga refletir, fazer preces para eu ser resgatada rapidamente, aquele tipo de inferno não gostaria de passar, já que neste aqui chamado “Brasil”, tenho conseguido pagar toda uma dívida acumulada de outras, já basta. Acho que o filme tem uma missão maravilhosa de resgatar corações, matar curiosidades. E fica minha reflexão “Por que fazemos o que fazemos?”. Muita gente diz que o filme é simples demais e fantasioso, acho que foi melhor assim, quando as pessoas irão entender que no espiritismo é passado apenas que caridade e amor andam juntos? Se o filme é somente um lindo conto, por que não seguirmos nesta linha, de se fazer o bem? Ou será que seremos suicidas em todas as encarnações? Você acha que a vida é só isso aqui? Não tenho religião e assistir um bom filme enriquece nossa história....

A Cabana

A Cabana é um livro escrito pelo canadense William P. Young, lançado originalmente em 2007, primeiro lugar dos mais vendidos do The New York Times e desde então já vendeu dois milhões de cópias, foi publicado em português pela primeira vez em 2008. O livro, que se tornou um best-seller desde seu primeiro lançamento não foi escrito para ser publicado, conta o autor.

A história havia sido criada como um presente que Young imprimiu para 15 amigos no natal de 2005. Young afirma que muito da história tem a ver com sua própria experiência de vida e que escreveu o livro em uma ocasião que "ele próprio precisava de consolo". "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você, tanto quanto ele.

Vivemos em um mundo cruel, temos marcas e tristezas de “coisas” que nos aconteceram no passado, este livro governa nossa leitura como uma oração e pode mudar nossa vida, como mudou completamente a de Mack.

“Quem não duvidaria ao ouvir um homem afirmar que passou um fim de semana com Deus e, ainda mais, em uma cabana?”. Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada.

Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia.

Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Até hoje me pergunto o que eu faria se recebesse um bilhete de Deus para um encontro, acharia primeiro não ser verdade, Deus não mandaria um simples bilhete... Como eu me comportaria diante de Deus, Jesus e o Espírito Santo? E você caro leitor, como reagiria? “Se formos como pássaro, cuja natureza é voar, mas se optássemos somente por andarmos e permanecermos no chão. Não deixamos de ser pássaro, mas isso altera significantemente nossa existência de vida”. Vida, morte, fé. “Este livro é sensivelmente transformador”

Por Sulla Mino...Balancê da Alma Faminta

Alma...
Doce senhora de mim,
da minha alegria, da lágrima,
do meu rosto manso, do fardo maldito.
Não se surpreenda se eu não mais chorar,
não sorrir,
não falar estas palavras repetidas.
Não sou mais amante dela e meu corpo
repousa no quarto falido.
Já não há tato,
apenas um grito no ritmo da orquestra
que toca no rádio, um pedido de socorro,
uma dor passageira, convulsões abstratas.
Serei eu mesma o mágico do meu disfarce,
para que ninguém perceba a
minha vontade de ir antes da morte.
A minha alma quer abrir a porta e
cultuar algum momento,
agradar a melancolia,
balançar no colorido que esconde a escuridão,
Balancê da alma faminta!
O que queres de mim se já tomou o meu corpo?
Se tens tudo que eu tinha...
O que sou agora?
Fugitiva de mim mesma,
um eu sem mim,
uma grande dor,
uma grande dor...

Crônica:“Amigo Oculto”

Acho que neste mundo ninguém procurou descrever o seu próprio cemitério. Paulo precisa fazer algo sobre isto, com todas as forças enquanto é tempo. Talvez uma simples carta endereçada ao seu pai, faria alguma diferença.

“Sinto muito”, seria o começo dela, seu último diálogo, confessaria nela, o que o pai nunca desconfiou. Teria de ser uma mensagem breve e um tanto clara e seguir rapidamente com suas palavras ao objetivo principal, “pai, conheci meu amigo oculto”.

É verdade, algo mata Paulo! Lentamente, brutalmente, na verdade, seu próprio “amigo”, assim o faz, sem piedade... E tudo começou no seu aniversário de 16 anos, na porta da escola.

Este amigo apareceu em sua vida, elegantemente vestido, palavras suaves e doces, mexendo com o brio de um adolescente carente, não era homem o suficiente para dizer um simples não.

No começo, apenas as tonturas eram visíveis, os enjoos breves e depois a mais repleta escuridão. Nada mais tem sentido.

Falta de ar, alucinações, e depois a euforia de uma “picada” maior.

O homem que aparecera na porta do colégio há três anos atrás, apresentou a mais um jovem, um amigo oculto, seu assassino.

Paulo acabara de chegar ao hospital, sem chances. Seu próprio cemitério.

Hoje seu aniversário de 19 anos.

Não houve tempo para a carta.

Contos que Conto ...Um desconhecido - Parte I

Hoje fui muito cedo ao salão de beleza, me preparar para hoje à noite, será um dia muito especial, uma festa surpresa na casa da Bety para seu namorado Toni, meu amigo de infância, e Beto estará lá, sim ele mesmo, meu amor platônico. Na verdade, ele é meu vizinho, eu nunca tive coragem de encará-lo, somente observá-lo da janela. É certo eu estar de prontidão nas sextas, ele sempre chega bem tarde da noite, misteriosamente, na calada. Sempre está muito bem acompanhado, mais eu não me importo com isso, depois que ele for meu, não deixarei mais acontecer, ele será somente meu e de mais ninguém. Hoje serei a mulher fatal, ensaiei um olhar paralisante, de felina, hoje estou pronta para o ataque.

Beto é o tipo de homem que toda mulher deseja, alto, forte, misterioso, tem um charme embutido, um ar de arrogante, um olhar penetrante. Ele é um jovem muito rico, herdeiro de uma ilustre família de Taubaté. Quase não sai, não fala com ninguém, um verdadeiro morcego, só dá as caras depois das dez da noite e sempre fim de semana.

O meu amor por ele já virou vício, uma paixão forte demais, um desejo avassalador, este homem lindo mexeu muito comigo e ele nem sabe que eu existo, esta festa será uma oportunidade de ouro.

Meus dias e noites eram só nele, naquele moço, naquele cara que dobra a esquina e meu coração já treme, é nele que meu pensamento está, o tempo todo e eu conto as horas para a festa começar. Eu sonho como toda jovem sonha, filhos, casa, passeios... E a primeira vez que eu o vi, me deliciei em lembranças tolas, um dia ele será meu, nada mais. Eu não tenho ciúmes das moças que ele leva para casa, na verdade eu tenho uma enorme curiosidade, saber qual o grande segredo dele. Toda semana uma jovem diferente estava lá, mas sinto nele um jovem um tanto carente, talvez estivesse buscando sua cara metade, por isto não tinha compromisso sério com ninguém.

Então ele chega do nada, de repente! Eu ali boba no canto da sala. Meu olhar foi nele imediatamente e ele correspondeu com uma piscadela. O homem da minha vida piscou pra mim. Tola estava tola fiquei, paralisei-me diante do meu príncipe. A festa foi rolando, os parabéns... Todos já estavam mais pra lá do que pra cá, resolvi aproximar de Beto e jogar minha sedução... Não foi preciso muito, ele me convidou para sair, aceitei sem pestanejar. O meu sonho estava se realizando. Não havia falado para ninguém sobre este meu amor, eu seria uma estúpida para as minhas amigas.

Ele me levou para seu apartamento, entrei meio desconcertada, meio sem graça, estava nervosa, ele me ofereceu um bom vinho, colocou uma música romântica...

Fui com passos tímidos ao banheiro, enquanto ele preparava um petisco qualquer, coloquei meu batom vermelho paixão, fortaleci meu perfume “chama marido”. Quando voltei ao ataque felino que tinha planejado, ele me pegou nos braços e me levou para um quarto. Pediu que eu fechasse os olhos e só abrisse quando ele dissesse já... Hum! Uma surpresa... Eu já imaginava o porquê daquelas belas jovens ao seu apartamento... Um homem romântico nos dias de hoje não é fácil, não encontramos na esquina.

Já! A voz dele praticamente sussurrava. Quando abri meus olhos, ele já estava me amordaçando. Nas paredes fotos daquelas jovens nuas, uma câmera ligada e nele uma máscara de festa. Um desconhecido.

(Continua...)

Por Sulla Mino...Náufragos

Estamos sem respostas
neste tempo que aqui não passa,
no submundo dos avessos,
no vazio velho e perdido.
O horizonte tão distante de nós,
não vemos velas ou iates,
temos o sol escaldante da manhã e
só podemos sentir no rosto o frio da noite,
esta vista fora da varanda.
Quanto tempo ainda nos resta?
Somente som de ondas, sem palavras, sem rimas.
Acendemos a fogueira a lembrar luzes de Las Vegas,
brindamos com água de coco,
sentindo o gosto de Black Label,
fitamos estrelas, mesmo com o rosto sujo de
lágrimas e ao amanhecer a diversão é
desenhar na areia SOS.
Somos náufragos de um
momento que não volta mais,
de um instante que se perdeu no meio do nada,
nada nos bolsos e paletós,
lembranças nas mentes e
muita vontade de voltar para casa.
O sabor salgado não sai da boca,
a pele já muito bronzeada,
os cabelos já estão grisalhos,
quanto tempo estamos assim?
Não sabemos se o mundo lá fora
é melhor agora,
no vai e vem de automóveis,
ruídos de máquinas modernas,
fome, guerra, traições e doenças.
Somos náufragos de tolices,
o melhor é ficarmos ilhados...
Sem modernidades?
O problema é não poder voltar,
agora nada, nada, nadar.

CAPRICHO DA IMAGINAÇÃO Por Mário Rezende










Tudo aquilo que não pode acontecer
por um motivo qualquer:
uma coisa banal;
um sentimento irreal;
os muros sociais;
as barreiras pessoais;
é motivo pra enredar
uma paixão sem igual.
A onipotência dos meus devaneios
permite, todavia, o ideal desenlace
ao sonhador contumaz
e, na realização onírica,
meu amor,
eu consigo te fazer minha mulher.


Monte Pascoal, primeiro monte avistado por Cabral em 1500.

O Parque tem uma fauna diversificada. Entre os mamíferos destacam-se: veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção. Ainda conta com alguns raros, como: ouriço preto, preguiça de coleira e o guariba. Com relação aos carnívoros pode-se citar a suçuarana e a tradicional onça. As aves ameaçadas de extinção: urubu-rei, macuco e mutum. A área do parque possui 22.500 hectares que é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós com 8.600 hectares. A região é coberta por Mata Atlântica e do topo do monte, têm-se a visão do mar de um lado e da Serra do Itamaraju do outro.


A trilha que leva até o topo do Monte Pascoal é uma das maiores atrações do parque. Apesar de ser um tanto difícil, vale a pena ir até o cume, pois a vista lá de cima é inesquecível.



O Monte Pascoal é um pequeno monte (586 metros de altura) localizado no estado da Bahia, a cerca de 62 quilômetros da cidade de Porto Seguro. Segundo os registros históricos, o Monte Pascoal teria sido a primeira porção de terra avistada por Pedro Álvares Cabral e sua tripulação no dia 22 de abril de 1500, data doDescobrimento do Brasil. O acidente geográfico recebeu este nome justamente porque o desembarque ocorreu na época da Páscoa do ano de 1500.

Em 29 de novembro de 1961 foi oficialmente criado o Parque Nacional do Monte Pascoal, com 22,5 mil hectares e 110 quilômetros de perímetro, no município de Porto Seguro. A melhor forma de se chegar ao monte Pascoal segundo o pesquisador e escritor da região Armando Azevedo é pela cidade de Itamaraju o acesso principal do parque. Esta Cidade é guardiã do "Sitio do descobrimento' Ou seja o Parque Nacional do Monte Pascoal. O parque está aberto a visitação com o consentimento dos índios pataxós que habitam a região.

Contato

http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Pascoal

Rodovia BR-498, Caixa Postal 24, Itamaraju (BA) - CEP 45830-000.

Telefone (73) 294-1110.

* Imagens: Sulla Mino (Arquivo Pessoal)

O Herói Jasão Por Sol Firmino

Jasão era filho de Esão, rei da Tessália, mas não ocupou logo o trono, pois havia sido tomado pelo irmão do rei, Pélias. Assim que Jasão nasceu, Pélias mandou matá-lo, mas ele foi salvo pelos pais, que o entregaram a Quíron. O centauro educou Jasão até os 20 anos, época em que Pélias organizou uma festa. Jasão resolveu aparecer na festa e, para chegar lá, atravessou a nado um rio e perdeu uma das sandálias, o que fez o tio se lembrar de uma profecia sobre um estrangeiro descalço que seria seu inimigo mortal.

Pélias reconheceu Jasão e, para evitar perder o trono, deu ao sobrinho uma tarefa considerada impossível: ele deveria capturar o Velocino de Ouro, só então seria rei. O Velocino pertencia ao carneiro que salvou os filhos de Átamas de serem sacrificados sob as ordens da madrasta. O carneiro voador foi enviado por Zeus e levou as crianças nas costas. Ao passar pelo canal que separa a Europa da Ásia, Hele caiu do carneiro, daí o nome do mar, Helesponto. Frixo continuou o voo e desceu na Cólquida, onde sacrificou o carneiro a Zeus e entregou o velo (a pele do carneiro) ao rei, que o consagrou ao deus Ares em um bosque com guardião.

(...)

Leia o texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagem: Jasão entrega o Tosão a Pélias. Museu do Louvre, artista desconhecido.

O DIA DE ADÉLIA

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