Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Senta Pua!









"Senta a Pua" num linguajar mais popular, é o equivalente ao "Desce o Porrete". Pua significa cocar de guerra, uma espécie de porrete que os nossos indígenas usavam para quebrar os ossos dos inimigos, inclusive os crânios. Uma ironia bem bolada dos militares brasileiros para provocar os nazistas, que assumiam o mesmo conceito, só que com um martelo. Foi uma gíria que surgiu no Nordeste do Brasil na década de 40.

A ligação com o 1º GAvCa é que Entre os voluntários selecionados havia muitos jovens de origem nordestina oriundos de bases na Bahia e no Recife e outros que estavam servindo nos Afonsos, Rio de Janeiro. É uma expressão com vários significados e pode ser entendida nesse contexto como não correr da luta, lançar-se sobre o inimigo com convicção e vontade de vencê-lo não importando o perigo e a adversidade. Este emblema extraordinário é o símbolo e grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, tendo suas origens na Segunda Guerra Mundial.

O símbolo foi criado pelo então Capitão Aviador, depois Major-Brigadeiro Fortunato Câmara de Oliveira, Comandante da Esquadrilha Azul, o que foi feito a bordo do navio USAT Colombie, que transportou a Unidade do Porto de Norfolk Virgínia-EUA, ao porto de Livorno. Apareceu, então, pela primeira vez, a figura atlética do Avestruz do 1º Grupo de Caça, que nunca escondeu a cabeça diante do perigo. Sou fascinada por histórias da guerra e este símbolo é o meu preferido.

Ao contrário, os que o levaram em suas missões de guerra, pintado na carenagem do motor dos Thunderbolts, foram condecorados por atos de bravura pelo Governo dos Estados Unidos, por proposta do Comandante da 12ª Força Aerotática da USAAF, a quem o 1º Grupo de Caça estava subordinado operacionalmente no Teatro de Operações do Mediterrâneo. O Avestruz Guerreiro do "Senta a Pua!" foi para a FAB o que representa o emblema "A Cobra Está Fumando" para o Exército, através das batalhas de Monte Castelo, Montese e outras, sustentadas e vencidas pelos heroicos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira.

A simbologia é magnífica, a faixa externa verde e amarela significa o Brasil, o Avestruz é a velocidade e maneabilidade do avião de caça e o estômago dos pilotos, que aguentava qualquer comida, alimentação que lhes era oferecida, que contrariava todos os hábitos alimentares a que tivessem se habituado: feijão com açúcar, ovos em pó, leite também, etc. O quepe do avestruz significa o piloto da Força Aérea.

O escudo é a robustez do P-47 e proteção ao piloto. O fundo azul e estrelas, lindamente é o céu do Brasil com o Cruzeiro do Sul. A pistola, o poder de fogo do Thunderbolt. A nuvem significa o espaço aéreo. A fumaça e estilhaços é a artilharia antiaérea ( FLAK) inimiga. O fundo vermelho é o sangue derramado pelos pilotos na guerra e a frase “Senta a Pua” excelentemente é o grito de guerra, que foi lembrado pelo então Ten. Rui Moreira Lima que o ouvia, constantemente, quando servia na Base Aérea de Salvador. Ouvira-o do então Capitão Aviador Firmino Alves de Araújo (falecido como Brigadeiro do Ar) que, com essa expressão - pronunciada de modo impulsivo - concitava os companheiros e subordinados ao cumprimento rápido das missões e ordens que dele recebiam. Nada melhor, portanto, que aplicá-lo ao combate, como já o tinham o "A la chasse!" dos franceses e o "Tally Ho!" dos ingleses e americanos.

O símbolo Senta a pua está exposto no National Museum of the U.S. Air Force. A história da aviação militar brasileira na 2ª Guerra Mundial, maior conflito da história da humanidade, um tremendo combate impressionante e admirável, é realmente extraordinária, meus parabéns e grandes vivas aos veteranos, aos nossos aviadores. O orgulho é imenso aos nossos heróis e de ser Brasileira. Continuemos “Sentando a Pua”.


* Imagem google.com

Contos que Conto ...Despedida

Hoje me despeço de ti, de mim. Sem acenos medíocres, nem beijo nas bochechas rosadas, as suas ou as minhas.

Adeus também não levará na sua memória, nem seu adeus a mim, nem o meu a mim mesma.

Prefiro esta metamorfose de delícias que sinto, que tenho, que fantasio e que poderei nunca esquecer. E hoje minha máscara me caiu bem, esta máscara que não é um mero adereço, ela disfarça minhas cicatrizes, minhas lágrimas escuras.

Não esquecerei de ti, nem você de mim. Esta transformação de um ser em outro, de mim em você, de você que carrego em meu balaio térmico, todos seus deleites estarão nele, e de alguma forma estarei em você, talvez presa numa caixa fosca de papelão, estarei nela mesmo assim, cintilada, etérea. Estarei num purpurinado colorido, com letras soltas, recitando poesias pra você, sim, de algum lugar ainda não definido. Estarei em ti, tenho esta certeza, de alguma forma miúda, estarei envolvida em teus braços, no meu desassossego, na minha inquietude perversa, nas minhas manias de só querer.

E esse amanhã que nunca chega, sim o dia da minha partida, da despedida nua e crua, sinto um monte de coisas, sinto uma foice me cortar a garganta, sinto o sangue quente descendo pelo pescoço. Hoje me despeço de ti, agora já é o amanhã que nunca almejei, sem fingimentos, sem delícias, deixo-te. Deixo-te, nossos elos se partem, deixo uma parte minha, uma parte invisível e você, fica um pouco em minhas poesias afiadas, as perversas que saem da minha boca. Minha boca que tanto mordestes.

Hoje me despeço de ti, na verdade não querendo ir, mais a parte de mim, a que me domina, esta outra parte, errante e indiscreta, que se apoderou do meu lado fraco, esta parte quer sair, fugir, ir. Estou indo querendo ficar. Aproveito este dia, que já é noite, celebrarei meu ritual, esta volúpia ardente e irei, irei por aí feito um avoante de asa partida, faltando-me penas.

O baile de máscaras continua, eu num ápice esfumaçado, parto. Parto “sem eiras e beiras”, estros, restos e fadigas. Sigo por um caminho que não se vê, não se pode ver e trilhas estreitas, um chão impregnado de cinzas, de ossos pontiagudos, de mortos. Sem beijo doce e quente na face ou nas mãos.

Hoje me despeço de ti, na verdade de mim, porque minha máscara de hoje não teve serventia, Ela me aguarda no final da festa, sua fantasia a mais bela da noite, Ela me ronda, me espera, me envolve no seu perfume barato, a morte.



* Imagem google.com

Poesia por Sulla Mino...Retorno

Retorno de tempo em tempo,

sem cor,

sem nexo,

bem traçada,

em

notas,

nas fotos,

nos lembretes,

miúdos prazeres,

momentos...

Assim,

sou quem sou,

um alguém somente,

perdido nas horas,

um pedaço desmontado de mim,

de um outro lado embaçado,

preso no espelho.

Estou sendo inventada

na cauda do descompasso,

aventureiro,

manso.

Retorno nesta cauda cintilada,

achando que acertei o tempo

para te amar.

Retorno de mim,

de vez em quando,

feito zumbi perdido na rua.

Retorno do pavio das lembranças e

me acorrento neste corpo que

apodrece no correr do relógio.



* Imagem goolge.com

O Dia Mundial das Crianças

Se engana quem acha que o Dia das Crianças é somente um momento de presentear. Este dia tão esperado é o dia em que podemos resgatar e reavivar a relação entre pais e filhos.

Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham que usar mais a criatividade. Usavam tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se divertiram por décadas. Com os avanços da modernidade, a tecnologia trouxe brinquedos que não exigem a criatividade das crianças, elas já encontram tudo pronto.

Uma boa sugestão para comemorar este dia, é a família fazer um levantamento das brincadeiras do tempo de seus pais e de seus avós, aproveitando para se distraírem com seus filhos, ensinando-os outras formas de diversão e as possibilidades de se criar jogos e brincadeiras. Podemos usar também um belo cardápio, ir a restaurantes e lanchonetes já está ficando fora de moda, sejamos criativos! O Dia Mundial da Criança é oficialmente 20 de novembro, data que a ONU reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança.

Porém, a data efetiva de comemoração varia de país para país. Em Portugal, o dia das crianças é festejado no dia 1 de junho, o mês de maio homenageia Maria, mãe de Jesus. O dia da criança foi comemorado, no mundo inteiro no dia 1 de junho de 1950. Logo depois, empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar suas vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para esta “comemoração comercial”, então Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o dia das crianças.

Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924. Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo e desde então o dia das Crianças é comemorada a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos no Brasil. Na Hungria se comemora no último domingo de maio, no Uruguai no segundo domingo de agosto e no Japão a comemoração possui algumas curiosidades, para os meninos a data se dá no dia 05 de maio, o Tango no Sekku (Dia dos Meninos).

Nessa data, as famílias exibem capacetes de guerra tradicionais, para que as crianças cresçam fortes e saudáveis. Come-se bolo de arroz recheado de feijões vermelhos e enrolado em folhas de carvalho e bolo de arroz enrolado com folhas de bambu. Já para as meninas, a comemoração é feita no dia 03 de março através das tradicionais festas das bonecas, conhecidas como "Hina Matsuri". As famílias com filhas organizam exposições de bonecas, que representam a antiga corte imperial. “A realidade do Brasil sempre foi de discriminação no que diz respeito aos direitos da criança e do adolescente. No século XIX somente iam para a escola crianças das classes mais abastadas, mas mesmo assim era muito difícil mantê-las estudando em razão das dificuldades da época, como distância e separação da família.

No século XX surgiram as primeiras escolas para os mais pobres, em face do progresso da indústria e da necessidade de mão de obra qualificada. Nessa época, as crianças eram submetidas a trabalhos pesados nas minas e fábricas, com uma carga horária tão pesada que chegava a treze horas por dia, como a dos adultos. Nessa época, o tempo de aprendizagem começou a ser valorizado em razão da industrialização, e a adolescência passou a ser considerada uma fase da vida. A criança passou a ser vista como um sujeito de direito.

Ao final do século XX, com a constituição de 1988, em seu artigo 227; o Governo Federal lançou o Estatuto da Criança e do Adolescente, um conjunto de leis com o objetivo de defender os direitos dos pequenos”. No Estatuto, podemos encontrar as obrigações que os mesmos devem cumprir, como: Obedecer aos pais, respeitar os mais velhos, conservar o meio em que vivem e estudar para ter um mundo melhor. Como já dizia Richard Dana “Mais vale sermos expulsos do convívio dos homens que detestados pelas crianças”.

Eu acho que o melhor presente para a sua criança é a brincadeira, não com brinquedos robóticos e sim nos envolvermos com elas em um momento mágico, este momento será sempre lembrado e renovado em suas vidas e por gerações, não há o perigo de se quebrar ou sair de linha, pense nisto.



* Imagens google.com

Por Sulla Mino...Não quero saber

Não,

não quero saber muito

de onde vim,

sei que era bom,

disto muito lembro.

Os campos eram vastos,

as flores bem perfumadas e

lembro de um sabor doce na boca.

Ah! O sol da manhã não era tão baixo em

minha cabeça e

as noites eram preenchidas

com lindas estrelas brilhantes e

a lua, ela sempre aparecia

redondamente linda,

realmente linda.

Não,

não quero perceber que já vou sair daqui,

que lentamente vou seguir no caminho

que não é meu.

Apenas quero vagar...

Chegar num lugar de chão quente

e céu azul,

e perceber que ainda me observam.

Quero poder correr e me deliciar numa

noite nublada.

Não,

não quero saber quem vai

me devorar desta vez.


* Imagem google.com

Por Mário Rezende...Plenitude


Agora eu compreendi.
A estrela não é você,
tampouco eu isoladamente.
Somos os dois.
Conjunção da mulher

e do homem
deitados no firmamento
em harmonioso pensamento.
Conspiração do amor

e desejo,
de licores e cheiros.
Uma constelação luzente,

assim de repente.
A constatação de que o prazer
é a complementação

do querer pelo receber.



* Imagem google.com

Lançamento do Livro do Bem em Natal. Out/2011















































* Imagens Sulla Mino

Letras e Imagens do Bem

Letras e Imagens do Bem

“Que todo dia é dia de fazer o bem, muita gente sabe, mas numa quarta-feira de setembro, foi especial. Uma noite que reuniu pessoas para mais que fazer o bem, celebrá-lo com a concretização de mais uma das inúmeras ações da ONG Casa do Bem, comandada pelo incansável Flávio Rezende, jornalista, escritor e presidente da entidade. Trata-se do lançamento do quinto volume do Livro Letras & Imagens do Bem, que aconteceu na livraria Siciliano, do Midway Mall em Natal-RN, com apresentações culturais e a presença de autores e fotógrafos participantes dessa edição do projeto”. O livro reúne textos com a temática do Bem de mais de 50 autores amigos e parceiros da Casa, além de fotos de Ricardo Junqueira, Canindé Soares e Marcelo Buainain, que assina a capa. Como nas outras edições, a organização é de Flávio Rezende e a renda é destinada para as ações humanitárias da entidade. Foi uma conquista primorosa no meu caminho poético. Sou grata pela minha participação, pude conhecer algumas crianças do Bem, fui muito abraçada, beijada e recebi muito carinho, incríveis palavras. Sempre os acompanho, através de fotos e notícias no Site e estar ali tão perto daquelas crianças, mostrando seus talentos, foi um conforto maravilhoso, um momento inesquecível. O Balé do Bem estava lindíssimo, o recital magnífico, a Dança do Ventre admirável e a Capoeira, nem tenho tamanhas palavras, sou Capoeirista, meu sangue ferveu de emoção na hora, deu vontade de entrar na roda também. Chorei de tão emocionada que fiquei. Cmte Pereira que mora em Natal com sua esposa Iolanda me fizeram companhia nesta minha jornada literária, recebi também uma amiga de Mossoró, Luanna Saraiva e seu namorado Juan Tatsukawa, eles fizeram uma longa viagem só para prestigiar o evento, para engrandecer o meu momento, pegar meu simples autógrafo, participaram de um instante tão especial na minha vida. É a primeira vez de participo de um livro, de um exemplar tão significativo, imensamente importante aos meus rascunhos diversos, na minha andança nas palavras. Pude também renovar minhas lembranças em Natal, curti um pouco da praia e fiz um passeio formidável pela cidade. Pena eu não ter ido à Mossoró, estou “morta” de saudade, o tempo realmente é curto minha gente, pelo menos reencontrei amigos literários de lá que estavam no evento, já é uma grande satisfação. Agradeço ao Flávio Rezende por me conduzir a este caminho delicioso, aos meus amigos, os escritores que reencontrei e aos outros que lá conheci. Agradeço por ser mais uma “alma” boa entre eles. Conhecer um pouco da Casa do Bem e contribuir com minhas singelas palavras, me fez um bem danado.


* Imagem Sulla Mino

Cerimônia de Investidura Sênior-74º GE Pedra Grande Atibaia-SP --> Chefe Guilherme


Procurei pensar nestes dias, palavras que descrevessem meus sentimentos, sensações que tive, num momento tão especial na vida de um Sênior, na verdade, na minha mesmo. Receber um convite para tal Cerimônia não é para qualquer um, tem de ter uma pitada de um quê, uma dosagem inédita de querer. Pena não poder detalhar aquele momento que tive. Na verdade, um momento tão especial na vida daqueles jovens, nesta transição para o amadurecimento, neste incrível ato de progredir, seguir. É uma mistura incrível, um refletir intenso no presente, passado e no futuro. Nossos jovens podem transpor em palavras maravilhosas, verdadeiras poesias, visões para um futuro. "Deixe o mundo um pouco melhor do que encontrou", como já dizia Baden Powell, esse melhor dentro de nós mesmos. Nossas mudanças...Queimar nossos erros e deixá-los para trás. A Cerimônia traz este ponto imensurável, você poder mudar o rumo das coisas. Errar é muito humano e deixar estes não mais entrar na sua vida, mais humano ainda. Reconhecer que foi fraco e a partir daí tomar partido em bênçãos, um caminho mais bem traçado, é o lema a ser seguido. O refletir é o ponto de partida para a nova jornada. Os jovens, nesta etapa da vida, esta idade chegando a maturidade, tem dúvidas, o famoso “Ser ou não ser”. Nas palavras de Pablo Neruda "Algum dia em qualquer parte, em qualquer lugar indefectivelmente te encontrarás a ti mesmo, e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga de tuas horas”. Há um ponto em nossa vida que devemos conhecer a nós mesmos e a partir de então, sermos diferentes ou fazer a diferença. Quando nos conhecemos, o aprendizado sempre fica mais fácil, o traçado mais simples e o entender das coisas mais claras. A Cerimônia em si é um ato de passagem, é um achar no meio da escuridão, poeticamente, um intervalo no tempo, um instante em que profundamente olhamos para dentro e dentro de nós existe um Ser que realmente vale à pena. Completando em palavras singelas de Cecília Meireles “Somos um ou dois? Às vezes nenhum. E em seguida tantos!”. No decorrer do nosso crescimento, um outro lado de nós se aflora, tudo vai depender de qual lado alimentamos mais e se for o melhor lado, nele podemos ser muitos. Alimentei minh’alma naquela noite, certamente saí de lá refletindo em minhas ações, nas frequências de mim mesma e poder continuar, fazendo uma nova base. As cerimônias fazem parte dos marcos simbólicos do Movimento Escoteiro, e têm características específicas, em cada Grupo e em cada ocasião, estas prestigiam o desenvolvimento do jovem e incentivam os demais. O poder deste momento é excêntrico, um momento maravilhador aos olhos e que contém um eleio formidável. Ali, perante tamanha reflexão, naqueles argumentos soberbos. A muralha de indecisões tinha se rompido, a minha e a daqueles jovens, aqueles corajosos jovens, cada com o seu destino. Aquele instante ali, em meio a tantas coisas, onde pudemos sentir o vento que nos tocava o rosto, trazendo um sentido pleno, um poema, podemos vencer esta guerra, dentro de nós e fragmentos? Não, não há suicídio de verdades, apenas decisões sagradas e eternas.


* Eleio: admiração, surpresa.

* Imagem Sulla Mino (Com autorização do Chefe Gulherme 74ºGEPG)

Mitologia por Sol Firmino --> Labirinto, caminho para o centro

Vários mitos utilizam o simbolismo do centro como Fonte da Vida, Realidade Absoluta, Verdade, Justiça, etc. O centro pode ser representado por montanha, pedra ou árvore. Na tradição taoísta, por exemplo, uma montanha guarda a fonte da vida eterna; na Grécia, o centro do mundo era o omphalós , “Umbigo da Terra”, rocha mítica situada em Delfos.

O caminho para o centro está na experiência de Teseu no labirinto de Creta; na busca do Velocino de ouro; nas peregrinações aos lugares santos, como Jerusalém e Meca; nas sinuosidades dos templos e nas adversidades do devoto em busca do caminho para o centro do ser. Esse caminho pode ser um labirinto tortuoso, além de estar em lugar de difícil acesso e guardado por monstros.

A superação do caminho é a metáfora da jornada espiritual, e permite desenvolver as virtudes guerreiras que o ser humano pode alcançar, se vencer o combate com o monstro que guarda seu labirinto interior.


(...)


* Leia o texto integral e um poema na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Resenha do Livro --> Uma Menina Curiosa

Uma Menina Curiosa-“Angelina mora na casa da avó com o tio e o irmão, ela tem sete anos, mas já é bem esperta e curiosa. Angelina foi para escola aprender que lagarta vira borboleta, girino vira sapo e pintinho vira galinha, mas não entendeu por quê. Quando chegou em casa, perguntou para a avó: - Por que lagarta vira borboleta e pintinho vira galinha? – Ah! Deixa de bobagem e vamos jantar, Angelina-disse a avó, colocando os pratos na mesa. Angelina, depois foi para a cama e ficou pensando na sua pergunta e acabou dormindo. Quando acordou já tinha outra pergunta: - Se lagarta vira borboleta, pintinho vira galinha e girino vira sapo, o que é que eu vou virar quando crescer? Um sapo? Uma borboleta ou uma galinha?” A história é de Gabriela Ayumi Ueda, uma linda jovem de 10 anos, muito encantadora. A Editora Adonis promoveu o lançamento deste um livro escrito por escritores-mirins “Letra Viva” 2011. O lançamento aconteceu em Americana-SP. O livro conta com cerca de 90 textos, individuas e coletivos, escritos por estudantes de 5 a 13 anos. O evento também contou com a participação especial da atriz-mirim Klara Castanho realizando sessão de autógrafos juntamente com os demais escritores. “Participaram deste lançamento cerca de 240 crianças, matriculadas em escolas públicas e privadas, das cidades de Americana, Atibaia, Campinas, Cosmópolis, Jundiaí, Leme, São Carlos, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. As criações literárias, que compõem a publicação, foram elaboradas a partir de um convite feito aos alunos visitantes do projeto “Como nasce um livro?”para que criassem suas próprias histórias depois de conhecerem o processo que envolve a produção dos e também terem contato com escritores da região e com os encantadores de histórias da Editora.” Como diz Marco Catalão “Assim o círculo se completa, mas não termina nunca, porque quem toma gosto pela leitura e pela escrita logo percebe que essas atividades, assim como as alegrias e surpresas que elas nos trazem, são virtualmente infinitas”. O livro é uma Coletânea Infanto-juvenil, onde as crianças decidiram por a mão na massa e escreveram suas próprias histórias. As crianças ainda tiveram a oportunidade de conhecer os estoques de papéis, os setores de cortes dos impressos e os acabamentos caprichados que deixam os produtos prontos para distribuição e venda. Pus-me a refletir ao ler o conteúdo formidável de tão simples palavras... Gabriela Ayumi me fez realçar expectativas do meu futuro. As fábulas existentes dentro de nós, estes personagens tão cheios de fantasias, este poeta que nos dedicamos incansavelmente, o que faremos? Este acervo imaginário dentro de nós, nossos contos, nossas histórias, nossas dúvidas. Você já se imaginou uma rã ou um pavão? O livro é encantador, os escritores mirins conseguem nos guiar em fascinantes histórias e em mim, a pergunta que ainda não quer calar. O que eu virarei quando envelhecer?




Resenha do Filme --> Medo da Verdade



Medo da Verdade é um thriller psicológico realizado por Ben Affleck, com base no romance de Dennis Lehane. O título resume bem todo o filme. Reflito se realmente estamos preparados para encarar a verdade. O filme aborda temas como drogas e violência doméstica de uma forma nua, colocando o público numa verdadeira encruzilhada. O filme foi lançado nos Estados Unidos em 2007. Primeiro filme na Direção de Ben Afleck, realmente brilhante e seu irmão Cassey Afleck atuando perfeitamente, Morgan Freeman como sempre, dispensa comentários. Recomendo. O filme é excelente, um tanto profundo, envolvente e com uma trama sensacional. Patrick Kenzie (Casey Affleck) e Angela Gennaro (Michelle Monaghan) são sócios em uma agência de detetives e também namorados. Um dia eles recebem a proposta de investigar o misterioso desaparecimento da pequena Amanda McCready (Madeline O'Brien), levada quando sua mãe, Helene (Amy Ryan), a deixou sozinha em casa. A polícia também investiga o caso, sendo liderada por Jack Doyle (Morgan Freeman). Patrick conhece bastante as pessoas do bairro em que Amanda vivia e passa a conversar com as pessoas. Logo descobre que a história que Helene contou à polícia não era verdadeira. Aos poucos ele percebe que há mais mentiras vindas dos envolvidos no caso. A investigação policial nada consegue descobrir. O caso vai revelando contornos mais complexos do que aparentava ao início: a indiferença da mãe de Amanda, um casal com um histórico de pedofilia e uma força policial com intenções muito duvidosas. Quando uma outra criança desaparece, Kenzie e Gennaro deparam-se com grandes dificuldades: uma imprensa preocupada em tornar o caso dos raptos num espetáculo sensacionalista, resistências por parte da polícia local e poderes ocultos que de tudo fazem para obstruir os seus esforços. Percebem que todos os que se aproximam da verdade não regressam com vida. O longa é complexo, uma verdadeira rede de mentiras.Lamentar atitude? Acho que nós fazemos isso todo o tempo, lamentavelmente, nem sempre a atitude correta é a melhor.



* Imagem google.com

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