Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Modelo



Não venho abordar modelo, como aquela cervejaria mexicana ou documento de "gabarito", tampouco representação de parâmetros morais e virtuosos, muito menos do hipermercado em Portugal. Modelo: a pessoa que disponibiliza a sua imagem para ser registrada em fotografia, pintura, escultura ou desenho. 

Ainda hoje, em muitas faculdades de belas artes, em cursos, utilizam-se modelos nus em nudez artística. Manequim, do francês mannequin, é ainda o termo empregado em Portugal para designar o profissional que se veste ou usa roupas e acessórios de determinada marca ou estilista para desfilar. No Brasil nas décadas de 60 e 70, o termo caiu em desuso e na década de 80 deu lugar às denominações modelo de passarela ou modelo fashion. Surgiu também o fenômeno top model, um grupo de modelos destacados como Cindy Crawford, Christie Brinkley, Elle MacPherson, Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Linda Evangelista, entre outras que viraram celebridades em suas carreiras. Mais tarde, em meados nos anos 90, o termo supermodelo começou a ser mais empregado para se referir a esse tipo de profissional bem-sucedido. 

Em 2000 uma revista inglesa criou a terminologia Ubermodel para designar o sucesso atingido pela modelo brasileira Gisele Bündchen. Há na moda a categoria New Face, que são modelos recém-engajados. Perfil feminino ideal: Mínimo de 1,72 m de altura, quadril de no máximo 90 cm, ter entre 14 e 25, corpo delgado e pernas longilíneas, manequim 38. A lista é extensa das modelos nacionais e internacionais de fama das diversas passarelas no mundo. Adriana Lima, Alessandra Ambrósio, Raica Oliveira, Gisele Bündchen , Izabel Goulart entre outras, perfis globais, famosas em capas de grandes revistas, famosas marcas, filmes, comerciais. 

Não deve ser fácil ganhar 90 mil, 30 milhões! “O Brasil é uma fábrica de produzir e exportar modelos para outros países, até parece que assim como o futebol, a arte de desfilar pelo mundo é uma coisa que está no sangue”. De nove entre dez meninas, se você perguntar em casa ou na escola o que elas querem ser, a grande maioria vai responder: - Quero ser modelo! “Na antiguidade, os modelos eram utilizados pelos pintores para representar histórias religiosas ou bíblicas. 

Na renascença era comum a utilização de modelos vivos, muitas vezes mulheres de formas generosas, como a Mona lisa, de Leonardo da Vinci”. Antes de tudo procurar um bom Studio para fazer fotos e montar um lindo book para entregar na agência. Fotografar sem medo, soltar as amarras presas no peito, não deixar a timidez falar alto. Na nossa infância, costumamos brincar de desfile e posar para uma câmera, o sorriso sempre era farto no rosto e nosso sonho era somente um, ser modelo e poder desfilar nas passarelas do mundo fashion. 

De qualquer tipo, de passarela, de fotografia, de manequim, o lance era ser uma Top Model de sucesso. Por que desistimos? Eu desisti, porque descobri um outro caminho que já corria em minhas veias, uma amiga da terceira série, hoje é Veterinária, ama cuidar dos animais indefesos, uma outra é Professora, corria nela a arte de ensinar. 

É assim, a gente segue os instintos. “Você é do tamanho do seu sonho”. O esforço de uma modelo é não ter excessos, a alimentação é fundamental, postura, e exercícios. “Tenha em mente que a vida de modelo  não é tão fácil como você está acostumada a ver na TV, disciplina é a palavra certa que define a vida”, frase recomendada em todas as revistas de modas, por profissionais da área. Agência de modelos e manequins realiza fotos para Book fotográfico, fotos para banner´s, catálogos, revistas, eventos, propaganda e publicidade, e divulga...Isto é pura arte! 

E nas passarelas, sonhos se realizam, verdadeiras beldades esbanjam charme e beleza, este é o glamour.


Pulo da Gata




As frestas me caem bem. Amoleço o corpo para passar nas brechas mais apertadas. Vou à procura de muros altos, gostaria de conversar mais de perto com a lua. A lua brilha intensa para mim lá no céu. Saio à procura de “miaus”, de brincadeiras que me fazem cair nas latas de lixo da rua imunda. Dói estar só. 

E acordar todos os dias com gosto de solidão na boca, me corta. Corta-me em cacos pequenos. E sinto que entre meus afiados dentes, está a prova de que noite passada não me comportei bem. E o resto de sangue no canto da boa, me soa algo que realmente não gostaria de lembrar. Ainda me pertence às tentativas de pertencer algum lugar, talvez Roma me acalme. E receber moedas de esmolas ainda não faz parte de mim. 

Mesmo que eu cante ou dance feito macaco de circo, ainda assim não faria bem, continuaria tola. Mansa... Uma mansa e pequenina. E os ratos não me incomodam mais, mesmo que se vistam de soldados de guerra, ou mesmo que fumem um cigarro especial, ainda assim não seria suficiente para chamar minha atenção. Continuo a procura de “miaus” nas noites insanas para o meu prazer. E como se o mundo fosse acabar em minha volta, corro pelo quarteirão a procura de vagalumes. Luzes incandescentes que me confortam os olhos, gravetos que se prendem a mim...  E a dor se torna ainda maior. 

Como se amigos se espalhassem por aí em busca de comida velha, restos vindos dos restaurantes da redondeza. Ou apenas fogem de mim. Por isto o silêncio me cai bem. E vou me sentindo de tantas formais em minhas sete vidas. 

Ora vou um zumbi perdido no escuro, ora sou uma rosa nascendo entre as pedras polidas da calçada. E outros sons e vozes me chamam a atenção, parecem zumbidos na orelha. E a sensação de não estar mais dentro de mim tão viva assim, me eternizo na conversa informal com a noite que me abraça. E me sinto como se estivesse sendo punida. 

De alguma forma por ter derramado a soda quente no chão... No girar do pescoço da coruja que sonda noite adentro e em todas as outras noites. E as estrelas ecoam notas, uma letra sertaneja que fala de amor. Sou negra de olhos grandes e verdes. E todo este turbilhão de coisas, este saltitar por aí nos telhados da vida, seria mais um sonho estranho nos meus cochilos da tarde? 

A felina que se esconde em mim? Esta gatuna que me fere na “maldição do seu azar”, que me envenena com espinhas velhas de peixe?  

Ou seu.... Cio que me entorpece? Ou seria apenas mais um pulo da gata?

Tarobá e Naipi - Lenda das Cataratas.





No Paraná existem muitas lendas e tiveram início com os diversos povos que formaram o Estado. São comuns as lendas e contos de origem indígena, relacionadas aos escravos, padres jesuítas ou ao movimento do Tropeirismo. 

Lendas também de santos, de lobisomens, demônios e muitos monstros. Maldições, pragas e assombrações, curas; sobre heróis, bandidos e até de tesouro encantado. Mas, história de amor proibido realmente é o que  encanta o mundo afora. Cataratas de Foz não é somente  um conjunto 275 quedas de água no Rio Iguaçu. O sistema consiste de 275 cachoeiras ao longo de 2,7 km do rio. Algumas das quedas individuais têm até 82 metros de altura, embora a maioria tenha cerca de 64 metros. 

A Garganta do Diabo, em espanhol: Garganta del Diablo, uma queda em forma de U, tem 82 metros de altura, 150 metros de largura e 700 metros de comprimento, é a mais impressionante de todas as cataratas e marca a fronteira entre a Argentina e o Brasil. “ Conta-se que os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava. 

Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M'Boy, passando a viver somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou. No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza. 

Quando M'Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata. Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas. Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. 

Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas”. Lindo não é? Estes índios, os caingangues ocupam cerca de trinta áreas reduzidas, distribuídas sobre seu antigo território, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil. Sua população é aproximadamente de 3000 pessoas.  

Os caingangues estão entre os cinco povos indígenas mais numerosos no Brasil atualmente. Turistas podem fotografar tanto a vista maravilhosa das Cataratas e também se fotografar com as imagens de Naipi e Tarrobá pintadas numa linda tela gigante que tem por lá, Selfie bem legal para o álbum do passeio. 

As Cataratas, ainda um ponto turístico muitíssimo frequentado até hoje, pudera... Com a exuberante vista que tem...

Meu Samba



“É melhor ser alegre que ser triste, Alegria é a melhor coisa que existe É assim como a luz no coração”. Como o poeta Vinícius já dizia.  

A alegria realmente é a melhor coisa que existe. Alegria em acordar e cumprimentar o dia e deixá-lo entrar mansinho pela janela do quarto. E hoje eu deixei a manhã entrar, ensolarada e rosa pela janela da minha casa, e acordei com vontade de fazer um samba. “Mas pra fazer um samba com beleza, É preciso um bocado de tristeza, É preciso um bocado de tristeza, Senão, não se faz um samba não”. 

E meu samba tem beleza, uma beleza vinda da flor que desabrocha lá na varanda, e tem um rebolado maduro, feito o da mulata do morro. Meu é samba sincero e quero falar de uma mulher bonita, linda por fora e por dentro, uma mulher... Quero falar de amor, de muito amor a letra tem de ser. 

Mais o poeta me ensinou que uma mulher não pode ser só linda, e que não se pode ter só amor. “Senão é como amar uma mulher só linda, E daí? Uma mulher tem que ter, Qualquer coisa além de beleza, Qualquer coisa de triste, Qualquer coisa que chora Qualquer coisa que sente saudade”. 

A mulher do meu singelo pensar, tem de ter um quê de especial... Um molejo de amor machucado, Uma beleza que vem da tristeza, De se saber mulher, Feita apenas para amar, Para sofrer pelo seu amor, E pra ser só perdão”.  A mulher do meu samba é triste e perdoa quem fez sua lágrima cair. O meu samba é alegre de uma mulher triste. Triste e bela. Este conjunto simétrico! 

A letra revela bla blás e incertezas, lamentos poucos e um tantão de delícias. “ Fazer samba não é contar piada, E quem faz samba assim não é de nada, O bom samba é uma forma de oração”. E falando em oração...Eu oro para meus anjos, e fico feliz, acobertando esta minha tristeza rebelde e malandra. Mais um dia não serei assim, nem eu e nem esta mulher que canto reflexões de amor. “Porque o samba é a tristeza que balança, E a tristeza tem sempre uma esperança, A tristeza tem sempre uma esperança, De um dia não ser mais triste não”. 

E nesta manhã de muita felicidade, de lembrar da mulher dos meus sonhos...Esta manhã me fez esquecer que apenas sinto uma falta, uma falta da mulher que faz brilhar melhor a lua no céu, e me deu esperança de encontra-la por aí...Na passarela do meu samba triste. “ A vida não é brincadeira, amigo, A vida é arte do encontro, Embora haja tanto desencontro pela vida, Há sempre uma mulher à sua espera, Com os olhos cheios de carinho, E as mãos cheias de perdão”. 

E ei de encontra-la! Um dia, quem sabe na rua do amor, ou na esquina da minha grande tristeza. E vou vivendo enquanto espero, sambando, acordando com minhas manhãs rosas e amarelas...E quem sabe não me mudo pra Bahia?! Dizem que a poesia é melhor cantada por lá... E se Vinícius pela bênção a Caymmi e Cartola para continuar o samba, peço a benção a Safo, Augusto dos Anjos...Pra eu conseguir melhor viajar nas palavras de sofreguidão, da morte que se equaliza em meus versos, nas minhas rimas toscas...Hoje o papel está ainda branco, a poesia matuta em mim não apareceu...Ainda tenho o coração negro, ainda não tenho o seu perdão. 

E quem há de me amar mais? A mulher das minhas insônias ou a Poesia que não gosta do meu samba? Freneticamente soa o meu pandeiro, e notas soltas percorrem do meu Samba, do meu bem.


Ser Humano_Parte 3



Ser Humano_Parte 3

Ainda falando sobre as reflexões em torno da série de Tv Being Human (Ser Humano), temos muito que falar, na verdade, temos muito que pensar,  principalmente no que temer. Ser Humano. Temos muitas coisas para falar desta espécie. Coisas boas e coisas ruins. Penso nos mortos, penso nos vivos... O que realmente herdaremos? Ponho-me a refletir no que vem depois. Se realmente houver este depois. Procuro palavras para me acalmar, para preencher esta lacuna cheias de dúvidas em minha vida. Morte. 

Ela faz parte de nós, no começo, meio? No fim. “Toda cultura tem sua própria forma de se despedir. Confortar nos rituais que preparam os vivos para a morte. Facilitam a jornada para o vem depois. Mas ao fim, a morte é uma jornada que você trilha sozinho. Para alguns de nós, tal jornada leva a um atalho secreto, através de uma floresta sombria, onde ao contrário de respostas, só encontramos uma nova série de perguntas”. Somos todos monstros ou realmente humanos? Se formos tão humanos assim, o que nos tornam diferentes? E será que há uma mudança? “Uma das maiores habilidades humanas é o poder de mentir. Se por bem ou mal, benefício ou sobrevivência. Nós distorcemos a verdade. É uma habilidade que adquirimos cedo e aprimoramos com o tempo. Encobrimos os olhos dos nossos pais, professores ou chefes, até mesmo os nossos. 

Dizemos a nós mesmos que perderemos o peso, pararemos de fumar, e que, ao fim do dia, seremos boas pessoas. O que acontece quando não conseguimos nos convencer que, lá no fundo, não somos material de pesadelos?” Realmente somos o que somos, fazemos o que fazemos e ao final não sobrará muito que perdoar. “A única constante na vida é a mudança. Pessoas, como uma espécie, estão em metamorfose contínua. Quando nos acostumamos a engatinhar, ficamos de pé. Nosso instinto é resistir à mudança, temê-la. Então, embrulhamos com uma palavra bonita, como “evolução”, e esperamos que torne a pílula...Mais fácil de engolir. A questão é...A mudança não liga se você a ama ou odeia. A mudança é indiferente. Difícil de lidar. 

E ela nunca será negada”. Então podemos mudar de alguma forma, isso é muito bom, para todos nós. Estamos tão preocupados com muitas outras coisas, que esquecemos que sempre existe uma parte boa, algo bom que sempre acontece. Não podemos ficar esperando somente. Temos de percorrer os caminhos, mesmo estando cheios de espinhos. Será realmente que não estamos todos já mortos? Bem lá no fundo, sei que pensamos nisto, por isto lutamos tanto em viver? Sentimos poucas vezes uma calmaria no ar, uma quietude. Mas sentimos quando uma tempestade está para se formar em nossa vida. “Quando se sabe que terá uma morte violenta, quando é a única forma possível de morrer... É tudo uma questão de esperar pela última tempestade. 

Se a espera não te matar primeiro”. E vamos vivendo...Adquirindo novos modos de sobreviver. Somos todos únicos e com muitos motivos para querer subir sempre degraus mais altos, e não temos um tempo certo para ir embora. E sempre deixaremos uma marca, uma importância especial. Somos humanos, e isso funciona não é? E só o que nos destrói é um segredo. Tudo pode dar errado, ter um efeito contrário do que planejamos. “É feito cólera... Sombria, corrosiva. É uma longa história, a maior parte inacreditável. Mas está fora de você saber a verdade. Agora que não tenho mais nada a perder. 

Quando eu for embora, quero que ao menos saiba o que eu era. E o que você é pra mim. Nada mais importa. Não mais”. Então  não podemos deixar para o fim, a transparência do que somos agora. Tudo faz parte de um plano maior que nós. Incrivelmente estamos nesta existência para um bem maior e sei que podemos ser humanos de verdade. Deixar embutido este fantasma que nos rodeia, este vampiro que nos consome e este lobo que nos atormenta. 

Somos mais fortes que estes personagens em nossa mente, este tipo de monstro cruel que nos ataca insanamente, constantemente. E este ser cruel que nos mantém, ainda sem rosto ou nome, podemos torna-lo invisível ou até mesmo arrebatá-lo de nossa vida, sei que existe uma forma amável de sermos somente um ser. Podemos ser...Humanos.

Cinquenta Tons de Cinza


Cinquenta Tons de Cinza

Peguei emprestado o livro “50 tons de cinza” com uma amiga de São Paulo. Não gosto de pegar nada emprestado, muito menos de emprestar, mas este foi um momento diferente na minha vida. E fiz uma escolha errada (rs). 

Estava no Hospital, fiquei de acompanhante do meu esposo, que tinha feito uma cirurgia. No hospital e ler um livro erótico? Só eu mesma. Apesar de ser um gênero que não gosto, fiquei  intrigada e com muita vontade de conhecer Sr. Grey, o tal homem do livro, atraente e incrivelmente bonito, assim diziam minhas amigas que já tinham lido o exemplar. “A chama da vela é muito quente. Bruxuleia e dança na brisa abafada, uma brisa que não traz alívio ao calor. 

Delicadas asas transparentes se agitam por todos os lados no escuro, pulverizando o círculo de luz com uma poeira de escamas. Tento resistir, mas sou arrastada. É uma luz muito forte, e estou voando muito perto do sol, ofuscada pela claridade, fritando e derretendo com o calor. O calor...é sufocante, opressor, e me acorda” Cap. 17. 

O livro é de tema erótico, versão adulta de Crepúsculo e se tornou um sucesso absoluto de vendas no Brasil. Sucesso? Até agora estou tentando entender este lance. Li em um dia e meio. O romance é bom. Embora eu ainda ache que simplesmente se encaixa em um tipo de diário, onde a paixonite toma conta de uma jovem, e que simplesmente a paixão é pessoa mais estranha do mundo, digamos assim. Se submeter a ser rebaixada de tantas formas? Será que realmente é assim mundo afora? Sim Sulla, o mundo é dominador, homens são dominadores, não pensam no amor e sexo de forma “fofa”, o prazer diferente, de formas estranhas atrai uma porcentagem bem alta dos homens por aí. Como o livro é considerado por aí como o "pornô das mamães", resolvi lê-lo. “Faço o que ele pede, e ele amarra meus pulsos com a gravata, apertando bem. (...) Ele puxa o nó. Está firme. 

Deve ter sido escoteiro para ter aprendido este nó. E agora? Minha pulsação está lá nas alturas, meu coração palpitando num ritmo frenético...” Pág 127. O livro é da escritora Erika Leonard James conhecida pelo pseudônimo E.L. James,  é uma escritora britânica. Em 2012 foi considerada pela revista Time umas das 100 pessoas mais influentes do mundo. A sinopse é mais ou menos assim: Anastasia Steele é uma jovem estudante universitária completamente inocente e inexperiente. Nunca teve um namorado sério e, de fato, não tem a mínima pressa de mudar essa situação. 

Quando ela entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja - mas em seu próprios termos... Grey, um jovem rico e Bonito, perfeitamente brilhante, muito sedutor, altamente controlador, possessivo e que trata amor como um negócio...Profundamente problemático. “O que realmente me preocupou foi como me senti depois. 

E isso é mais difícil de expressar. Fiquei satisfeita por tê-lo deixado feliz. (...) E, depois, deitada em seus braços, senti-me saciada...” cap. 16. Encarar uma vida de ser uma escrava sexual, se entregando ao masoquismo... Até onde você iria por amor? 

Até onde você iria para satisfazer suas taras sexuais? Nota 7,0.

Shuffleboard



Shuffleboard

Esporte! Como falar nele e praticá-lo também. Temos de torná-lo um hábito e também uma incrível diversão, incluindo também toda a  toda a família. E temos como diversão garantida o Shuffleboard. E quem acha que o Shuffleboard é só para aposentados se engana profundamente. Pode ser praticado por pessoas de todas as idades para se divertir, se exercitar, competir e interagir socialmente, enquanto estão engajados em um excelente esporte. Pode ser praticado ao ar livre, em praças públicas, quadras e em Clubes Familiares. 

O Shuffleboard foi criado no século XV, na Inglaterra, onde foi bastante praticado pela aristocracia. Foram os soldados de Henrique VIII que popularizaram o esporte. No século XIX, também ficou muito popular como jogo sobre decks de navios de cruzeiro, como entretenimento para os passageiros, onde era jogado com tacos e discos de madeira. O jogo, semelhante à bocha e ao curling, transcorre sobre o tampo, com 6 metros de comprimento. A dinâmica do jogo consiste em empurrar, alternadamente por cada competidor, usando tacos especiais cuja ponta é em forma de "U". Vence o jogador que fizer o maior número de pontos, após dezesseis jogadas de 4 discos para cada jogador. Podem ser jogadas duas partidas individuais ou uma partida de duplas ao mesmo tempo em uma quadra. Os primórdios desse esporte, na Inglaterra, quando começou a ser chamado de "Shove-groat", pois inicialmente era jogado com moedas. É também uma importante ferramenta para a promoção de integração, interação e inclusão social, uma vez que não exige competências físicas e equipamentos caros para jogar. 

Como o Shuffleboard é um jogo competitivo, o praticante é convidado a desenvolver suas habilidades estratégicas na criação de boas jogadas. Estas características tornam o jogo emocionante, por isso, as pessoas de todo o mundo que tiveram a oportunidade de jogá-lo. O esporte foi introduzido no Brasil, em 1996, e as equipes brasileiras, masculina e feminina, têm participado dos Campeonatos Mundiais. Em 2005, o Brasil foi sede do 24º Campeonato Mundial de Shuffleboard, realizado na cidade de Niterói, na Associação Atlética Banco do Brasil. Em breve, sediaremos outro Campeonato Mundial, provavelmente no Nordeste. 

Atualmente, o maior número de praticantes de Shuffleboard está nos Estados Unidos e Canadá. Em 2005, foi reintroduzido na Europa, nos seguintes países: Alemanha, Noruega, Espanha, Holanda, Bélgica Rússia e Inglaterra. É praticado também, entre outros países, na Austrália e no Japão. E o Shuffleboard por ser muito legal, os jovens estão aderindo esta ideia maravilhosa, montando seus times com amigos... Entre neste pique também. E minha dica é: No Mezanino do Hooters, na Vila Olímpia em São Paulo, por exemplo, encontra-se uma mesa, única no Brasil. A partida não sai cara, e  participam quatro pessoas. 

O que acha que reunir uns amigos para uma boa partida?!

Pássaro Negro



Pássaro Negro

Um grito apenas basta dentro de mim. Um grito bobo e infantil. Feito uma donzela jogando as pétalas fora. Grito compulsivamente, na tentativa de mais beijos, de mais gestos suaves que deslizem no meu corpo. E sinto que minha vida se encontra embaraçada, que os fios das minhas delícias estão soltos no vento que percorre no lado de fora. Fora de mim. Estou pronta para guerrear, acender o pavio de desencontros e de goles de vinhos baratos. 

Grito! Um grito torto e agudo dentro do peito. Conseguirei derrubar máquinas estranhas e tanques de guerra? E nos instantes em que acho que estou livre, fecho meus olhos para não encarar os arqueiros... Entre eles pode haver um cupido e não estou pronta para morrer de amor. Sigo ao breu. Sigo no chão cortante, sujando meu vestido branco. E sangrando no coração... Sigo cuspindo fogo nas farpas, e cortando cabeças de zumbis perdidos na própria insônia. 

Ou seria meu pesadelo afinal? Grito. Na esperança de acordar desta ronda que me cerca, desta luta que não é minha, neste mundo em que não nasci. E me sufoco no meu grito de socorro! Feito cócegas na barriga, feito cheiro de tinta fresca nas narinas. Não quero gritos fadigados e mentirosos, quero a loucura que me torna mulher, quero nadar no rio de água doce e acariciar um homem nu. Prometo a partir daí silêncio. Um silêncio imutável! 

Não mais abraçarei guerras que não me pertencem, bocas que não posso beijar.  Nem cantarei louvores de adeus, nem tampouco uma piscadela ao caçador. Esquecerei poesias e serei fera. Serei vento perdido no labirinto do deserto, serei gota inflamada na dor. 

Desespero e mata fechada. Tornar-me-ei pássaro negro e  voarei por aí!

... Formas


Thunderbolt P-47


Thunderbolt P-47


Se me perguntassem qual “pássaro” eu gostaria de ter sido, certamente eu responderia que gostaria de ter sido um Thunderbolt P-47, o Grande Caça da 2ª Guerra, também conhecido como "Jug" que quer dizer Jarro. Foi o maior, mais caro e mais pesado caça na história da aviação a ser motorizado por um único motor de combustão interna. Foi um dos principais caças da Força Aérea dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, sendo utilizado também por outras forças aliadas durante o conflito, incluindo a Força Expedicionária Brasileira. 
O P-47 era eficiente em combates aéreos, mas provou-se especialmente hábil como caça-bombardeiro. Era equipado com oito metralhadoras calibre “Ponto 50”, quatro por asa. Carregado com carga total, seu peso podia chegar a oito toneladas. Foi o primeiro modelo de avião dotado de borrachas de autovedamento no tanque de gasolina, o que permitia levar tiros diretamente no tanque, e a gasolina não vazar e foi o primeiro a ter a capacidade de carregar bombas de 277kg. Tendo sido, como caça escolta, ele e outros modelos de caça aliados substituídos em 1944 pelo P-51 Mustang, que tinha autonomia para acompanhar os bombardeiros na ida e volta de seus objetivos. Assim a partir de 1944, passou a caça-padrão de ataque ao solo, sendo assim utilizado por outras forças aéreas aliadas durante o restante da Segunda Guerra Mundial, como a força aérea vermelha da então União Soviética, a real britânica, em especial pelos indianos na frente birmanesa, pelo 1º Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira na campanha da Itália e pelo Esquadrão 201 da Força Aérea Mexicana na campanha de retomada das Filipinas. Há casos de P-47 voltarem com apenas uma das asas inteira e, ainda assim pousar, taxiar e parar suavemente na pista. Lendo o texto de Nicholas Mastrangelo- Chefe do Dept. de Publicações Técnicas, Republic Aviation Corp., podemos ter uma ideia desta incrível máquina. 
O Thunderbolt foi projetado com um aileron de forma arredondada, capota ejetável, controles de superfície todo em metal e foi o primeiro avião a reduzir a carga sobre o pedal do leme através do uso de compensador. Durante sua a criação e concepção, seu projetista explorou todas as vantagens conhecidas e, primeiramente, adotou a eficiência de um monomotor, single-fuselage com a menor envergadura possível. Seu sistema de superalimentação, o qual ocupava um volume considerável na fuselagem, projetado para fornecer uma pressão 52" Hg até níveis estratosféricos para seu motor de 2800 pol³. Uma vez que a hélice convencional de três pás não era adequada ou até mesmo capaz de aproveitar toda a potência do motor, uma de quatro pás foi instalada, por coincidência, o P-47 serviu como primeira plataforma de testes para aquele tipo de hélice. 
Desenvolvimento da expansão interna da capacidade de combustível do P-47, pode se dizer, tem maior alcance de combate que qualquer caça. Dentre os warbirds remanescentes da Segunda Guerra, certamente o Thunderbolt é um dos mais numerosos. Foi o caça americano em maior número durante a guerra - também criou uma legião de admiradores que talvez só perca para a do Mustang, outro clássico de sucesso. Amplamente empregado por nações ao redor do mundo, principalmente após a Segunda Guerra, o P-47 pode ser encontrado em museus de quase todos os países em que operou. Além disso, há também os que ainda voam, normalmente se apresentando em shows aéreos como o de Oshkosh e a CAF Airshow. Nesse caso, são Thunderbolts com esquemas de pintura reproduzindo aviões famosos pilotados por ases e que são conhecidos pelos seus apelidos como "Tarheel Hal" ou "Cheek Baby". Sem dúvida, saber o cadastro de todos os Thunderbolts espalhados pelo mundo, com informações sobre seu estado de conservação é uma tarefa complicada. 
Warbirds Resource Group, uma organização dedicada a preservar a memória das antigas aeronaves de combate, se encarregou de acompanhar o destino não só dos Thunderbolts, mas de todos os aviões que sobreviveram até os dias atuais. 
Ao todo, eles contaram 73 P-47s espalhados ao redor do mundo. As histórias são tantas em torno desta máquina, seus conflitos, modelos, restrições, suas ações incríveis, fases, aeronaves muito equipadas, , rivais, missões, marcas e lembranças...E se eu realmente tivesse sido este tipo de “pássaro”, com todas estas belas especificações, estaria voando até hoje, preenchida deste incrível céu, em dias maravilhosos de brigadeiro...
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