Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Por Sulla Mino ... Visita na Academia Paraibana de Letras

Minha visita pude matar minha saudade do Altimar Pimentel.
Bastante premiado por seus trabalhos, era natural seu ingresso como sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, o que ocorreu no dia 22 de novembro de 2002, quando passou a ocupar a cadeira n° 10, sucedendo ao historiador José Pedro Nicodemos, sendo saudado pelo consócio Guilherme Gomes da Silveira d’Avila Lins.
Além das publicações em revistas e jornais, lançou dezenas de livros.







Fui numa breve visita na APL, além das fotos e textos, das belas salas, do jardim dos acadêmicos, fui prestigiar uma visita espiritual ao meu grande ídolo "Augusto dos Anjos"...

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de 1884Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Mas muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno.

É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.


Curiosidades biográficas

  • Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe no Engenho Pau d'Arco.
  • Seu amigo Órris Soares conta que Augusto dos Anjos costumava compor "de cabeça", enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excêntrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
  • De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
  • Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.

É patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras, que teve como fundador o jurista e ensaísta José Flósculo da Nóbrega e como primeiro ocupante o seu biógrafo Humberto Nóbrega, sendo ocupada, atualmente, por José Neumanne Pinto.



Por Sulla Mino...Manoel Leite e sua troca

Era 1969, o sol da manhã estonteante já apontava na terra da gente, o dia começava comum, o cansaço abatido no corpo, mais à vontade de seguir era muita, afinal quem não tem sede? Quem não tem fome?Quem não tem pressa?

E seguir nas ruas velhas e gastas já era o plano de todo dia, uma sobrevivência pessoal, um ritual de pesar.

E assim seguia Manoel Leite de Sousa taxiando sua vida...

O destino às vezes nos reserva momentos inesperados, inutilmente não conseguimos mudar certos trechos ou paradoxos, merecemos tempo de existência ou funcionamento de certa coisa, de certa forma, de qualquer jeito.

É necessário se manter, mesmo sem estímulo algum, por amor à vida.

E o seu fusca naquele momento se tornou o tratado, se tornou sua melhor arte, que fosse um jeep, que fosse qualquer outro tipo, nada iria mudar, esta foi à artimanha de um artista, sua embriaguez mais perfeita e correta.

Uma simples bomba de gasolina em praça pública era agora seu taxiar, fora à troca mais extraordinária e admirável, não havia mais carros de praça, somente havia agora a praça...

O desejo de vender combustível era maior do que vaguear em ruas pequenas de uma cidade crescente e oportunidades estreitas perante o sol da manhã, esse prazer era tão imenso em sua vida, era tão farto feito prato de arroz com feijão.

Nada é fácil, mais o sonhar começou assim, de um homem carente, de um homem com poder nas mãos, com garras de coragem.

Pena que o despejo aconteceu, foi essencial para a peleja do caminhar, estar em terreno público era incômodo e um grande risco.

Manoel Leite havia perdido tudo, seu sonho escorria pelo chão feito chuva forte, queimava em seu peito feito sol escaldante em dia de verão, não tinha como apelar a Deus, era o destino traçado...

Ajoelhar-se era a prece perfeita e a melhor oração para um novo ajeitar. Nada de nada e juntar as migalhas do tempo era o pequeno sacrifício.

Nem com isto ou qualquer outro degrau quebrado abateu um espírito inovador, esta alma virtuosa, este ser bravo...

E o recomeço foi constante, dia-a-dia, fez o caráter crescer, fez a fé radiar por todo o corpo e abrangeu o pensamento, afinal não se pode parar no meio da estrada ainda não terminada, não se pode deixar talhos e brechas.

Manoel Leite adquiriu instalações precárias para seu novo passo, um terreno que fora parcelado, seria seu posto, desta vez não seria na praça.

O suor foi árduo, mais em nenhum momento o sono falou mais alto ou o desânimo tomou conta, assim era todo dia, com chuva ou sol.

Afinal quem não precisa viver?

Lágrimas foram muitas, muitas que derramaram junto ao suor do rosto, calos que doíam nas mãos, marcas de um tempo que já não se pode voltar e até para falar engasgam palavras na boca...

As bombas funcionavam como o palpitar do seu coração, enquanto o combustível rolava pela cidade, o sangue circulava em sua veia, forte como nunca, o comércio crescia por fora e Manoel Leite por dentro, tempos e tempos...

O passeio na cidade hoje é sempre bem vindo, caminhar na praça, no chão de um sonhador, de um sorriso largo, lembranças e lembranças, simplesmente de um homem comum...De Neuzo.

Mossoró...

Foi aqui mesmo onde tudo começou e até hoje continua o posto do Manoel Leite, deu origem também a outros negócios, nada mais e nada menos que se ter tudo em ordem, matar a sede e a fome agora sem muita pressa, ter momentos menos cruéis, poder apreciar cada manhã tranqüila, sem ter o sol na cabeça, sem precisar fazer trocas injustas, sem precisar percorrer ruas gastas e sozinho.

A pressa agora é viver...Correr para um novo tempo...

A melhor escolha foi à troca e o melhor de tudo é poder apreciar as lógicas e evidências desta história, de um trabalhador de punho firme, de tão perto poder se orgulhar de seu próprio trabalho em um belo nome, Olinda.

Por Sulla Mino...Deixe-me Morrer


















Deixe-me ser livre

nesse mundo de ilusão,

quero ser forte no mundo de fracos,

ser alguém,

mesmo que não exista,

quero ser o que ainda não pode,

o que não inventaram,

deixe-me vida, deixe-me...

Eu quero vagar no infinito curto,

no pequeno espaço,

no coração já partido,

no pequeno ser não digerido,

eu quero distância desta vida inútil,

deste meu ser tão imperfeito,

deixe-me andar na estrada não construída,

do mundo não descoberto,

ninguém até hoje sobreviveu,

estou neste mundo e ele não é meu,

deixe-me voltar de onde vim,

só passei para dizer adeus,

um até já,

ocupo a vida de outro,

deixe-me morrer então.


Por Sol Firmino...Ariadne: de Creta ao Olimpo


Filha do rei de Creta, Ariadne começou sua grande aventura quando se apaixonou por Teseu, filho de Egeu, rei de Atenas. Egeu, invejoso das vitórias do cretense Androgeu nos jogos de Atenas, enviou-o para combater o Touro de Maratona, onde o jovem morreu. Após um período de Guerra entre Atenas e Creta, uma peste assolou Atenas, pedido de Minos a Zeus. O rei de Creta concordou em se retirar de Atenas se fossem enviados de nove em nove anos sete rapazes e sete moças para o Minotauro, animal metade homem, metade touro, que vivia preso em um labirinto.

Meio-irmão de Ariadne, o Minotauro foi castigo de Poseidon a Minos, que pediu ao Senhor dos Mares um touro para provar seu poder aos adversários. Minos devia oferecer o animal ao deus, mas, admirado com a sua beleza, o rei o guardou em seu rebanho e sacrificou outro em seu lugar. Poseidon então pediu à deusa Afrodite que despertasse na esposa de Minos um desejo pelo touro. Pasífae pediu ao arquiteto Dédalo que construísse uma vaca oca de madeira para que ela consumasse seu desejo. Dessa união nasceu o Minotauro.

(...)

Solange Firmino



Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Imagem: Ariadne, de John Vanderlyn, 1820.

Por Elton das Neves ... A Chama da Paz Desejada

Ela continua lá fora, mas, por favor, não lhe bata na cara. A fogueira está acesa, e meu conselho é, não coloques nela, mais lenha. A violência nos assanha, mas nunca foi nossa amiga, e sim uma intrusa inimiga. Eu acredito que a canção pela paz, não esta perdida.



O tiro dado ainda arde no peito de Gandhi, e até hoje faz chorar o rio Ganges. A pólvora ainda queima o seio de Lennon, fazendo o Central Park cheio de gente, prantear envolvida em uma atmosfera deprimida, e em uma tristeza mal resolvida.


Os ecos das bombas de Hiroshima e Nagasaki, até hoje podem ser ouvidos, e isso atinge meu espírito humano, pela compaixão, condoído. Como alguém pode matar milhões de almas humanas, apertando simplesmente um botão?Essa é a vitória da loucura do homem sobre a razão.


O carrasco me espera lá fora, com júbilo em seu coração, pois traz o machado com o qual me matará, em uma de suas mãos. A lâmina do seu instrumento pode matar meu corpo, mas jamais irá aniquilar a chama da esperança que trago aqui no peito. Ela jamais se apagará, em nenhum momento se extinguirá, ela é o desejo refletido, por um dom tão querido, o da paz recebido.




eltondasneves.anjodasletras@hotmail.com

Por Ângela Rodrigues...AMOR FOI FEITO PARA SE VIVER

















Quando nos despedimos no portão

Meus olhos seguem você

Até onde não podem mais lhe ver...


Fico olhando a imensidão do nada

Em que tudo se transforma

Quando você fica longe de mim...


Fecho os olhos e sinto a força de seus braços

Como se quisesse manter-me, para sempre,

Unida ao seu corpo neste caloroso abraço...


Minha boca recorda o gosto do último beijo

E já sente saudades do próximo contato

Alimentado por nosso infinito desejo...


É assim, todas as manhãs, tarde ou noites,

Você precisa sair para viver e eu preciso ficar

Para construir nossos sonhos e lembrar:


Que amor foi feito para se viver...


amgel_rn@hotmail.com


Por ...Prof. Romero Cardoso...Caverna Calcária do Poço Feio na comunidade do Sítio Bonito, Município de Governador Dix-Sept Rosado-RN
















Campanha para preservação do Poço Feio

Contato: romero.cardoso@gmail.com

















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