Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Poesia por Sulla Mino...Retorno

Retorno de tempo em tempo,

sem cor,

sem nexo,

bem traçada,

em

notas,

nas fotos,

nos lembretes,

miúdos prazeres,

momentos...

Assim,

sou quem sou,

um alguém somente,

perdido nas horas,

um pedaço desmontado de mim,

de um outro lado embaçado,

preso no espelho.

Estou sendo inventada

na cauda do descompasso,

aventureiro,

manso.

Retorno nesta cauda cintilada,

achando que acertei o tempo

para te amar.

Retorno de mim,

de vez em quando,

feito zumbi perdido na rua.

Retorno do pavio das lembranças e

me acorrento neste corpo que

apodrece no correr do relógio.



* Imagem goolge.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Retornar sempre causa turbolência. Às vezes, fica o sabor; outras, o desejo. Algumas vezes, a demora é pouca, a ansiedade é desviada para outros olhares e a química não produz seus efeitos. Enfim, retornar é ver-se, novamente, em máscaras que deixam transparecer os códigos, mas que desaparem após se refazer os caminhos.
Abraço,s
Raí

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