Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Resenha do Filme --> Comer Rezar Amar


Comer, Rezar, Amar é um filme de 2010 baseado no livro de memórias de 2006, escrito pela americana Elizabeth Gilbert. A autobiografia narra a viagem da autora ao redor do mundo depois do divórcio e o que descobriu durante suas viagens. Como muitas outras pessoas, ela estava perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida. Li intensamente o livro, aderindo minuciosamente todas as reflexões, todo o pesar da autora. No filme, fiz questão de dar atenção aos instantes com os amigos, que muitas vezes não damos o devido valor. A história autobiográfica fala sobre Liz que, apesar do sucesso profissional e pessoal, sente-se vazia. Para se preencher, a escritora decide reencontrar os seus prazeres perdidos, como o gosto pela boa comida. Ou o conforto de uma religião, principalmente uma exótica para os ocidentais. Quem nunca passou por momento assim? Acho que vivemos de tentativas vãs, um autoconhecimento é fundamental, e aderir aos novos caminhos sempre bem-vindos. Nossa vida é um verdadeiro caos e buscar um equilíbrio, auto-ajuda, mesmo que fora do país, é um largo e profundo passo. A oração faz parte da gente, desde crianças quando nos ajoelhamos frete a cama e tentamos conversar com Deus, não é porque crescemos que não precisamos disto, claro que sim, todos buscam Deus de alguma forma. Experimentar a gastronomia mundo afora não é nenhum pecado, quem nunca teve vontade de fazer isto? Se deliciar nos pratos típicos de todo o mundo...E amar? Este é um verbo que nos acompanha desde o nascimento. Mesmo com cicatrizes escondidas, marcas pelo corpo que nem o tempo apaga, mesmo com toda dor, buscamos amar, buscamos freneticamente amar a nós mesmo em primeiro lugar, mesmo difícil e árduo demais. O filme é confortador e vale a pena, não somente para mulheres, dizem que somos “sexo frágil”, se homens fizessem um busca ao equilíbrio interior e paz, seriam mais felizes e compreenderiam o sentido da vida, de um simples momento ou pelo menos agiriam com mais sensibilidades à famosa TPM feminina. O filme trás a tona possibilidades esquecidas lá no fundo da gente, é transformador, tece considerações importantes. Vale lembrar a belíssima trilha sonora, incluindo citações da música brasileira “Samba da benção” e prestigiar mais um trabalho da magnífica Julia Roberts, claro. Tem uma parte do filme que me fez chorar e refletir, uma bela caridade...Existem poucas pessoas assim, tirar do seu prazer, para o prazer de um desconhecido, confesso que estou a pensar até o momento, o que faço para transformar a vida de alguém? Não seria aí um começo para atravessarmos esta imensidão? Certamente conseguiríamos algumas respostas. O que nesta vida vale realmente a pena? Dinheiro, fama, carreira, família, amor? “É melhor ser alegre que ser triste”


* Imagem Google

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...