Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

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Ausência é como uma lâmina





Ausência é como uma lâmina

Que corta a alma e a carne da gente

E deixa sangrar dolorida e lentamente

A ferida dissecada, dilacerada.



A dor que é grande e pungente

É invisível aos olhos da gente

Mas fica cravada no peito

Feito espada de corte perfeito.



Ausência é uma presença sentida

De alguém que partiu, mas deixou-se ficar

Uma presença angustiante, sofrida

De quem quer esquecer e não amar.



Esta lâmina afiada marca sem deixar cortes,

De gume fino e aguçado lacera o peito

Fazendo escorrer lágrimas de um amor desfeito,

Líquido fino e mortal que derruba até os mais fortes.









Ângela Rodrigues de Oliveira

Mossoró – RN

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