Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Máquina do amor...Contos que conto...Por Sulla Mino

Alício não se conformava em ser apaixonado por uma mulher bem mais jovem que ele. A família não permitiria o namoro, nunca.
Estamos no meado de 1770, Alício inventou a máquina do tempo, carinhosamente apelidou-a de “Máquina do Amor”.
Mesmo com pouco recurso, conseguiu criar uma máquina capaz de congelar o corpo humano por longo tempo.
Organizou tudo em um lugar secreto, avisou a família que iria ficar alguns anos fora para concluir uns estudos. Trancou-se no lugar e com sua habilidade de manusear equipamentos e ferramentas, tudo muito complicado de se entender e para a época, era capaz de ser considerado louco.
Então, se autocongelou, deixando tudo pronto para automaticamente se desligar daqui a cinco anos, seria o suficiente para começar um lindo romance. E nosso cientista louco, porém apaixonado idealizou sua façanha.
Estamos chegando no ano 1805. Algo deu errado, nosso cientista se descongela quase trinta anos depois.
Quase ninguém vivo de sua família, ele, já considerado desaparecido pelas autoridades...
Foi de encontro à sua amada... Não o deixaram entrar, achando que era um louco pedindo esmolas, também, com aqueles trajes de 1770.
Estava Dora, sua amada, na cama beirando a morte, no seu fim de vida, com uma doença maligna... Já não falava... Já não sorria...
Seus quatro filhos, seus sete netos, todos somente aguardando o momento...
Alício na calada da noite consegue chegar ao quarto de sua amada, às escondidas... Desesperado... Chorava.
Não se conformando com o que estava acontecendo... Colocou a amada nos braços e saiu com ela pela janela.
No seu esconderijo, coloca Dora, sua amada, na “Máquina do Amor” e programa sua geringonça mais uma vez...
Estamos em 2009, um grupo de investigações arqueológicas estão escavando o “Vale de Vecnu”, havia uma cidade neste lugar, não sobrou nada, desde uma tempestade de areia, há muitos anos trás.
Eles trabalham árduos, na procura de algo que pudéssemos entender o pensamento humano, em civilizações antigas.
Encontram na parte rochosa e soterrada da cidade, algo estranho, uma caixa grande, não conseguiam descrever direito o que era, algo muito antigo, de uns duzentos anos atrás, com uma ossada dentro, provavelmente de uma mulher.
Uma outra ossada debruçada sobre o objeto sinistro, provavelmente de um homem.

Um comentário:

Anônimo disse...

um conto que conta a ficção quase real dos que se apaixonam e, diante disso, realizam mil peripécias para poder estarem juntos. Intrigante o final. Pensei que ele conseguiria, assim como aconteceu num filme de Silvester Stalone. Muito bem contado. Acho que o sentido ou moral do conto é sobre o que não devemos fazer para mudar os rumos de nossas histórias. Parabéns!
Abraço,s
Raí

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