Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Corpo incógnito

O corpo está imóvel na margem do rio,

tivera uma vida estúpida,

sonhando o amor,

no sono da alma.

A pele já fria ao entardecer que se alastra,

a tarde que chega sem pressa e

sem aviso algum.

Será mais um corpo jaz?

Uma sonhadora qualquer,

um belo vulto no fim de tarde

aos olhos de ninguém.

Um mérito morrer!

Quando a dor aflora, o mundo chora...

O corpo insípido cai no rio,

sob a noite que chegara depressa.

O ordinário correra mata adentro e

em sua companhia uma simples recusa

de uma manhã anterior.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse lado obscuro da poesia, trágica até, é interessante. Dizer sobre coisas tristes, funestas, expressar-se sobre a morte, devanear sobre as mazelas da vida, requer um refinado tato de poeta. Você consegue dar esse toque e quem lê a sua poesia percebe a diferença entre a dor dos versos e a obsessão doentia da depressão. Gosto das entrelinhas que causam rflexões.
Beijos!
Ra´pi

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