Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

* * * Poesia por Sulla Mino

Entre solidão,

se aconchegue dentro deste peito

repleto de incertezas, de um fino desamor,

de argumentos miúdos,

de um bolor de ideias,

de palavras mal dormidas...

Entre solidão,

eternize-se neste ser descuidado e juvenil,

deste peito com afagos e mentiras,

de sentimentos poucos, de ânimo algum.

Solidão...

Entre e sinta o doce sabor destes vastos dramas

e perguntas incertas.

Entre e encontre a mulher em algum lugar,

em algum momento deste peito desordenado,

caduco e falido.

Ah solidão,

tens gosto bom em minha boca,

nos alicerces da minh’alma tens tempero cruel e amável.

Entre,

encontre-me,

catuca-me, revire a ferida ao avesso

e não me deixe morrer neste amor,

neste algo aqui que muito dói.


* Imagem Google.com

Um comentário:

Anônimo disse...

A solidão, às vezes, é a limpeza da alma. Que ela habite para criar o espaço necessário para que a alma consiga se purificar e produzir, depois, lindos versos de sofrer e melancolia. Triste daquele que não consegue ver a beleza de um verso triste ou de um desabafo de angústia.
Abraço,s
Raí

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