Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Eu mesma em mim






Hoje sou Eu mesma aqui em mim,
numa vasta ganância por alegria,
por um sorriso largo e estampado no rosto.

Condecoro-me em minhas linhas,
em meus conceitos hostis e claros,
meus bla bla blas insanos, cruéis diria.

Aonde quer que eu vá,
eu descubro que um poeta
esteve lá antes de mim.

E me arrasto para o velho terreno abandonado,
onde não há rastros,
nem passos ou esconderijos.

Inspiro-me, conspiro-me e maltrato-me.
Lá no terreno abandonado,
eu mesma me cavo.

E no revirar das minhas ideias,
descubro que poetar já não é divertido.
Ajeito-me delicadamente ao solo frio.

Hoje sou Eu mesma aqui em mim,
neste perecer de minhas tolices.
Finda, linda...Tornando-me menos viva.


Arranco a alma que ofereci ao Diabo!

Se Eu morresse amanhã,
seria tarde demais.
Mas seria Eu mesma
De algum jeito tosca e fadada.

Doce! Doce! Doce!
Amarga-me na garganta cantar
estas palavras infantis...
Engulo o sapo da noite,
E descubro um Eu em mim cantarolando.

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